Ordem Veríssimo (Ordem Paranormal AU)

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Joui Jouki

Era terça-feira, e Joui estava sozinho, de novo.

Tristan conseguiu passar um tempinho com Beatrice, levando ela para, nas palavras dele "olhar umas plantas", Portinari era muito fã de herbologia e Tristan faria qualquer programação para passar tempo com ela. E Thiago estava na biblioteca com Elizabeth Webber, tentando conseguir alguma ajuda na matéria de Estudo dos Trouxas, mas Joui sabia que era só uma desculpa para que ele passasse mais tempo com ela.

Quando ele ficou sozinho, no sábado do jogo de quadribol, Arthur havia sido extremamente gentil em passar tempo com ele, e Joui se divertiu bastante jogando xadrez com ele e com César, o melhor amigo do lufano, mas Arthur estava em sua aula de adivinhação, que ocorria em seu horário livre, então Joui estava sozinho.

Ou... não. Ele se lembrou de César, ele não tinha aula agora e tinha sido muito gentil com Joui! O oriental saiu da porta da biblioteca onde estava tentando ouvir ao máximo a conversa de Thiago e Liz, que até o momento era apenas ela explicando como funcionava o sistema de aquecimento dos trouxas, e seguiu até o pátio, onde encontrou César pela primeira vez, embaixo da árvore.

E lá estava ele, César Cohen, embaixo da árvore, parecendo estar desenhando algo em seu caderno, sentado e às vezes desviando o olhar para observar a torre de adivinhação, provavelmente para observar como Arthur estava, mesmo que a torre fosse muito longe, alta e tudo que era possível ver eram silhuetas de alunos e cores vibrantes que iluminavam a sala. Joui percebeu que César não notou sua chegada e decidiu se aproximar:

- Ei... César, oi - ele acenou para o cabeludo, que ergueu o olhar do caderno para ele e levou um susto.

- Opa, Joui! E aí, como vai? - César sorriu, fechando o caderno e o colocando de lado rapidamente - seus amigos tão estudando de novo? O Arthur tá na aula de adivinhação.

- Estudar é a última coisa que eles estão fazendo agora, tenho certeza - ele riu, e Cohen riu também, ele se afastou para o lado para que Joui pudesse se sentar - fica a vontade aí.

Joui finalmente se acomodou ao lado do colega e se encostou na árvore, os dois se entreolharam: Jouki percebeu que os olhos de César eram tão negros quanto seus cabelos, e que tinha um pouco de pelo facial em seu queixo. Cohen, por sua vez, apenas suspirou fundo e disse:

- O Daniel me disse que ele e os amigos estão investigando o Nathanael, e o Gal também ao mesmo tempo, ficou sabendo?

- Não, eles... descobriram alguma coisa?

- Sim, aparentemente, eu e o Daniel percebemos que toda noite por volta das onze horas o Nathanael sai da comunal para "tomar um ar" mas a gente não tem coragem de seguir ele ainda. E sobre o Gal, o pai do Daniel não conseguiu entrar na casa pois a vó dele lançou um feitiço que não permitia que ele e a mãe dele entrassem na casa, mas eles não conseguiram achar nenhum registro de algum aluno chamado "Gal".

- Ora, talvez Gal não seja o nome real dele, César, talvez seja uma sigla, uma identidade que ele mesmo assumiu

- É a hipótese que eles estão trabalhando, mas a gente não sabe nem a idade dele, vai ser difícil achar alguma informação sem ter acesso à mansão dos Hartmann - alguns momentos de silêncio depois, Joui prosseguiu:

- Sobre o Nathanael, se vocês quiserem, posso seguir ele com vocês também, se quiser, eu vou ficar muito feliz em ajudar - ele sorriu, e César sorriu de volta, e disse:

- Toda ajuda é bem vinda, falando nisso, patrono legal o seu.

- Eu nunca vi um panda na minha vida, mas achei legal, é bonito, não acredito que aquele animal grande e fofo espanta dementadores.