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Joui Jouki


Toda a equipe da Ordem Veríssimo se encontrava parada em frente à Mansão Hartmann.

Joui não podia negar, estava ansioso, mal havia dormido aquela noite, e tinha passado os últimos dias perturbando seus amigos em relação ao evento, dizendo o quanto estava ansioso e fazendo planos, até mesmo se oferecendo a ajudar na limpeza da casa. Mas agora que tudo era muito real, ele estava com medo.

O professor Arnaldo era o responsável por acompanhá-los, e agora os sinais do inverno já eram mais claros: todas as folhas das árvores já haviam caído e os primeiros flocos de neve caiam nos casacos dos estudantes, Daniel estava na frente, e Joui também nunca havia visto o ruivo tão nervoso, a ponto de nem conseguir ser o ranzinza sarcástico de sempre.

- Eu vou abrir a porta, estejam com as varinhas empunhadas.

Todos obedeceram, Joui e os demais tiraram suas varinhas do bolso e as apontaram para a entrada da casa, Daniel colocou a chave na porta e a virou, ouvindo um som rangido de que ela havia sido destrancada. Todos se encararam, algumas respirações ofegantes, o garoto girou levemente a maçaneta e... nada.

Não havia nenhum dementador ou monstro esperando por eles, pelo menos na entrada, era apenas a entrada de uma casa velha, e que estava suja, Daniel deu espaço para que os demais alunos pudessem entrar, e Arnaldo foi na frente, se certificando de que não havia nenhuma ameaça em seu alcance. Agatha entrou logo em seguida, animada:

- Baratas mortas! Elas dão umas poções iradas.

- Que nojo - Beatrice usava luvas, para se proteger do frio ou provavelmente da sujeira.

A casa não era tão suja assim na visão de Joui, provavelmente porque as janelas e portas ficaram fechadas por anos, e pouca poeira conseguiu entrar, mas estava tudo velho, a comida no armário estragada, mas nada que alguns dias de limpeza em equipe não resolvesse. Ele decidiu subir para o segundo andar, e uma fileira de quartos diferentes veio para sua vista, ele se animou:

- César! Vem escolher nosso quarto!

Ele ouviu os passos apressados do cabeludo subirem as escadas, Joui havia prometido para Arthur que deixaria ele dividir um quarto com Dante, e como já previa que Tristan e Thiago dividiriam outro quarto, ele não se incomodava nem um pouco de dormir com César, que havia se mostrado uma companhia engraçada e divertida ao longo do semestre. O garoto subiu e foi abrindo as portas dos quartos.

- Ei, esse aqui parece ser legal! - Cohen sinalizou para Joui em um dos quartos, e o oriental o seguiu.

Era um quarto que provavelmente havia pertencido a dois adolescentes, as paredes azuis escuras e duas camas de solteiro bastante confortáveis, os lençóis empoleirados, nas paredes também haviam antigos posters de times de quadribol. Haviam duas escrivaninhas, e Joui não perdeu tempo em vasculhar as gavetas, e logo se deparou com um bilhete:

"Ele fica entrando no meu quarto no meio da noite, só para se certificar de que estamos dormindo. Estou com medo, mas minha tia insiste que devemos obedecê-lo, eu não entendo a obsessão dela com ele. "

Um arrepio percorreu por sua espinha, César olhou para o amigo:

- Achou alguma coisa aí?

- Olha esse bilhete, César! Isso tá começando a ficar assustador.

Joui observou que os olhos do amigo se arregalaram conforme ele lia o bilhete, nesse momento, Beatrice e Erin se aproximaram, também curiosas pelo conteúdo do pequeno pedaço de papel. Os alunos foram subindo e também se reunindo em volta do achado, Thiago disse:

Ordem Veríssimo (Ordem Paranormal AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora