Ordem Veríssimo (Ordem Paranormal AU)

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César Cohen

César limpava os inúmeros livros, inspecionando um por um, em busca de alguma informação valiosa.

Pode parecer uma tarefa ruim, mas quando César estava na companhia de Joui Jouki, nada era muito tedioso, eles se divertiam bastante, fazendo piadas, brincadeiras e azarações, era um jeito divertido de se passar o tempo. Ele tentava não pensar muito no grifinório, mas era difícil, sua paixonite por Joui crescia todos os dias, e já sabia que ele gostava de meninos, então por que diabos ele estava com medo?

Porque Joui gostar de meninos não significava especificamente que gostaria dele, de fato, quem gostaria de um garoto como César? Que passa o dia jogando xadrez, não sabe jogar quadribol e passa mais tempo na biblioteca do que ao ar livre? Era bastante embaraçoso pensar que um dia, Joui olharia para ele daquele jeito. Nesse momento, os dois estavam sentados encostados em uma das estantes, vasculhando livros e olhando de relance para Arthur e Dante, que faziam sua própria pesquisa por perto.

- Olha ali, César! As mãos deles se encostaram - Joui aponta para o exato momento em que Dante entrega um livro para Cervero, as mãos da dupla levemente se tocando.

- Tô vendo! Tô vendo!

Ele pega um livro vermelho e começa a folheá-lo, as páginas velhas, ele presume que não vai achar nada, até um papel cair em seu colo. Ele abre, a letra é trêmula e estranha:

"Falta pouco, muito, muito pouco, Virgílio, logo teremos nossa vingança, você vai ser como eu, como eles, e vamos espalhar nosso caos. Não abaixe sua cabeça ou deixe se abalar, logo, tudo estará completo, e o caos se espalhará,

Gal."

- Joui... - César estava tremendo, ele mostra o bilhete para Joui, que lê de forma apreensiva.

- César... isso é... horripilante.

- A gente deveria mostrar isso pros outros, não acha?

- Com a mais absoluta certeza.

A dupla corre até a mesa onde Liz, Daniel e Alex se encontram debruçados em outros documentos, César atirou o bilhete na mesa e diz:

- É do Gal.

- Nem fu-

- Olha o palavrão, Alex! - Liz repreende o colega, e apanha o bilhete rapidamente.

Os três pares de olhos correm o olhar pelo papel, espantados, Daniel diz:

- Quem diabos é Virgílio?

- Nossa vingança? Que tipo de vingança?

- Talvez contra os Hartmann, Liz, os caras usavam pessoas como servos ao invés de elfos domésticos, usavam abortos, nascidos trouxas, óbvio que o Gal iria querer se vingar deles! - Alex retrucou.

- Mas então porque eles se aliaram ao Gal? E por que o Gal caça nascidos trouxas?

- Isso é algo difícil de saber - César disse, espiando os demais documentos na mesa.

E o dia correu assim, todos só pararam para comer quando Arnaldo trouxe alguns sanduíches para a turma, que comia e vasculhava os livros ao mesmo tempo, milagrosamente, nenhuma folha de papel foi sujada. César frequentemente via Agatha passar por ele com algum inseto ou animal morto, ou via Orpheu sobrevoar a biblioteca, em algum momento, o tédio se tornou inevitável, e César, juntamente com Joui e Thiago decidiram "brincar" de arremessar os livros na direção das estantes em que estavam.

- Você me deve cinco galeões - Thiago disse vitoriosamente, após acertar um livro na prateleira.

- Eu não apostei dinheiro nenhum - César respondeu, atirando o livro e atingindo acidentalmente Joui - Por Merlin, Joui, desculpa!