» 1.5

1.3K 160 86
                                    




Arthur Cervero


A mulher se virou para olhá-los, e Arthur sentiu um arrepio percorrer por toda a sua espinha.

De todas as fotos que já tinha visto da matriarca da família Hartmann, ela parecia totalmente esgotada, e estranhamente se parecia com Daniel, parecia até demais, e o ruivo não vacilou os passos conforme ela se aproximava, sua face era inexpressiva.

- Você se parece com seu avô - sua voz era profunda, exaustiva.

- Uma pena, né? Parecer com algum de vocês, mas infelizmente eu consigo ser mais bonito, vai responder algumas perguntas ou vai me chutar igual fez com meu pai e minha mãe? - Arthur pensava que Daniel era realmente bom em ser sádico até nos piores momentos.

- Eu não devo resposta nenhuma pra você, pirralho - a mulher mostrou os dentes.

- Bom, eu não estou em Azkaban, quem está aqui fadada a continuar vivendo de maneira miserável até o dementador fazer seu trabalho e arrancar toda a sua força de vontade é você, e o futuro proprietário da Mansão Hartmann sou eu, então é você quem me deve respostas, vózinha.

A mulher não respondeu, e Daniel não cessou a fala:

- Gal é uma pessoa ou uma entidade muito maior?

Silêncio, e surpreendentemente, a mulher respondeu:

- Só uma pessoa, mas muito poderoso.

- Qual é o nome real dele?

- Ele não tem nome real, apenas o chamam de Gal.

- Por que ele é tão poderoso? Qual o segredo?

A senhora Hartmann ficou em silêncio por alguns segundos, então respondeu, o corpo trêmulo:

- Kian.

- Quem diabos é Kian? - O tom de voz surpreso, Arthur também nunca tinha ouvido falar dele.

- A arma dele.

Daniel deu uma leve virada para trás, arregalando os olhos para os companheiros, depois se voltou novamente.

- Eu vou achar algo de útil naquela casa?

- Não encoste um dedo nas minhas coisas seu... maldito! - A mulher expressou em um tom de ira.

- Uma pena, essas coisas não pertencem mais à você.

A mulher avançou para as grades, como se fosse atacar Daniel, mas ele se afastou, empunhando sua varinha.

- Você já me deu as respostas que eu queria, basta. Adeus vovó, vou esperar seu suéter no natal - Daniel foi andando para o fim do corredor novamente, e todos o acompanharam.

Quando desciam as escadas na direção da cela de Bruno, Arthur não se conteve e perguntou:

- Você tá bem, Daniel?

- Eles são ligados à mim biologicamente, Arthur, mas a minha família são meus pais, que me deram amor e me criaram muito bem, e minha família também está aqui - ele olhou para Liz e Alex.

- Daniel sendo emocional? O mundo deve estar acabando e ninguém nos avisou - Alex riu e recebeu um tapa na cabeça do amigo, mas Arthur sabia que era a forma dele expressar carinho.

Descendo mais alguns lances de escada, Arthur decidiu ir para o lado de César, a última parada do dia seria na cela de Bruno, que seu amigo estava tão aflito para visitar, ele segurou o ombro de Cohen, que estava visivelmente nervoso e suava ainda mais a cada lance de escada que desciam. Arthur sorriu para ele, como se quisesse dizer "Estou aqui com você, fique tranquilo".

Ordem Veríssimo (Ordem Paranormal AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora