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Dante Portinari


Dante se encontrava totalmente vidrado em Arthur Cervero.

Nos últimos dias, parece que todo o esforço acadêmico que ele tinha em Hogwarts, sua dedicação nos estudos e a sua função de amigo calmo e paciente do seu grupo social foi para o ralo. Ele não conseguia fazer as lições de adivinhação que ele gostava tanto pois acabava desviando sua atenção do pergaminho para seus pensamentos, e muitas vezes esses pensamentos eram sobre o moreno.

Como na terça-feira, onde a Lufa-Lufa fazia aulas de adivinhação com a Corvinal, e Arthur pediu justamente para Dante ajudá-lo com a tarefa do dia: ler o futuro em folhas de chá. Dante ainda consegue se lembrar de ter encostado sua mão na de Cervero, um choque elétrico percorrer todo o seu corpo, e no fim da aula, ele sorriu para Portinari, e se ele pudesse, gravaria esse sorriso para sempre na sua mente.

- A gente não tá namorando, galera, relaxa - Dante acordou de seu transe e olhou para Beatrice, sua irmã estava frequentemente se encontrando com Tristan Monteiro.

- O Joui disse que você beijou ele, Beatrice, ele me disse ontem quando eu tava saindo da quadra de quadribol - Erin disse, com um livro de poções em mãos.

- Beijar não significa namorar, Erin, a gente tá se conhecendo, ele é muito convencido - ela se recostou na poltrona da biblioteca, onde o grupo de amigos se encontrava frequentemente para fazer as tarefas, Dante ajeitou os óculos.

- Não vou contar pros pais, Beatrice, pode falar.

- Você gosta dele, afinal? Não faz sentido beijar alguém que você não gosta - Fernando encostou a cabeça no ombro de Luciano, e Dante percebeu o corpo deste começar a tremer.

- Claro que eu gosto, mas a gente se conhece faz duas semanas! Ah, vamos voltar pra essa lição logo.

O silêncio confortável que eles estavam acostumados irrompeu pela sala, Orpheu de vez em quando batendo as asas, cada um fazendo suas próprias tarefas, a mente de Dante atravessando entre a lição e o rosto de Arthur. Ele nunca havia gostado de alguém antes, e se ele não sentisse o mesmo? E se isso não fosse normal? E se...

Sua linha de raciocínio foi interrompida quando a porta da biblioteca se escancarou, Elizabeth, Daniel e Alex entraram correndo por ela, até a mesa onde ele e seus amigos estavam.

- Vocês não sabem o que descobrimos! - Alex foi logo puxando uma cadeira, Liz e Daniel se posicionaram ao lado do amigo.

- Existe um jeito de quebrar o feitiço da mansão Hartmann, o diretor Veríssimo conseguiu uma permissão do Ministério da Magia para desfazer o feitiço, e ele quer que a gente vá para lá - Liz deu alguns pulinhos de alegria.

- A gente tipo, todo mundo da Ordem Veríssimo? - Luciano levantou o olhar.

- Sim, durante as férias de inverno, ou se for algo muito urgente, o Ministério permitiu que a gente seja liberado das aulas por um período de quatro dias! - Alex sorriu

- Que irado! E se a mansão for assombrada? Tiver fantasmas? Vai ser muito daora! - Erin abriu um largo sorriso.

- Eu... adorei a ideia de não ter aula por quatro dias, mas eu acho que a gente deve focar no Nathanael e no que ele pode estar tramando, a mansão pode ficar para depois - Dante arriscou dizer.

- Ele está certo, a gente tem que bolar um plano pra ver o que o Nathanael tá planejando, aquele menino é maluco - Daniel disse, encostado em uma das estantes.

- A gente pode seguir ele, ué, ele sempre sai no mesmo horário todo dia, e ninguém sabe o que acontece com ele - Luciano ajustou a postura, e Fernando tirou a cabeça de seu ombro.

Ordem Veríssimo (Ordem Paranormal AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora