Fones de ouvido são uma ótima opção para não ficar traumatizado com os gritos da sua mãe no quarto ao lado.
— JESUS CRISTO, DEUS AMADO, AH! NÃO PARA, OH, NÃO, NÃO, NÃO, ASSIM VOCÊ VAI ME MATAR LEE!
— Tá rezando mulher? Deus não se agrada dessa putaria não, principalmente com um pastor, os vizinhos vão chamar a polícia por causa desse escândalo. — gritei alto o suficiente para que ela possa ouvir, e em resposta?
Isso mesmo, mais gritos!
As vezes tenho a impressão que deveria ficar de boca fechada, ou abrir só para falar que vou ficar rico.
Cerca de cinco minutos após a minha fala, a porta da minha casa foi ao chão.
— Que porra é essa?
Desci mais rápido que pude, escorregando pela escada, acabando por cair no último degrau de bunda no chão.
— Puta merda, droga de carpete! — lamentei alisando a minha bunda. — Essa não doeu não, quebrou o ossinho da minha beirada, e por que diabos tem um policial botando a minha porta chão abaixo?
COM UM CHUTE!
— Faz Crossfit, por acaso? — perguntei, encarando o policial ainda sentado de bunda no chão.
— Desculpa senhor, recebemos denúncias de que estava havendo gritos e pedidos de socorro dessa residência, algo do tipo "Oh não, oh não, assim você vai me matar", e como havíamos batido na porta e ninguém havia atendido, decidimos por a porta abaixo e não, eu não faço crossfit. — o policial explicou gentilmente.
— É a minha mãe, ela está no seu momento de acasalamento pós-separação, sabe como é né? Poluição sonora para os vizinhos. — revelei com o rosto vermelho pela vergonha que minha mãe me faz passar. — Peço perdão pelo transtorno, obrigado pela porta despedaçada, agora se me der licença, mas antes de ir, vem cá... tem certeza que não faz crossfit? Porque deveria, faz bem pra saúde.
— Por favor, peça que ela faça menos barulho, senhor...? — olhou pra mim prendendo o riso — Está confortável? Se quiser pode levantar agora.
Levantei do chão que eu nem lembrava de estar sentado.
— É que eu estava apenas descansando o ossinho da bunda, e aí eu estava alongando minha perna, porque eu faço crossfit, aí dói tudo. — falhei miseravelmente em explicar a situação.
— Bom, tenha um resto de noite tranquila. — se despediu e me dando as costas.
— Só veio até aqui arrombar a minha porta? Sério mesmo? — perguntei incrédulo, recebendo um belo silêncio como resposta. — Responder não ia te matar seu zé Ruela, filhotinho de pomba de praça, Zé destruidor!
[...]
— Bom dia! levou tanta surra de piroca ontem a noite que ficou surda? Não ouviu a nossa porta ser nocauteada? — falei apontando para a porta com um buraco em formato de bota.
— Eu ainda sou sua mãe, sabia? Me deve respeito — me olhou de cima abaixo — Perdeu a noção? Onde pensa que vai vestido assim? Parece uma luz de led. — debochou.
— Infelizmente lhe devo respeito mas você também deve aos vizinhos e desculpas também, agora todos sabem do nome do seu amante, "Oh, Lee Hyung Jo! você faz isso tão bem" — relembrei o seu gemido escandaloso de ontem a noite.
— Amante não, namorado, seu pai não existe mais na minha vida, você não acha estranho? Ele sumiu e não ligou nem mandou uma mísera mensagem. — falou roubando uma das minhas torradas.
— Eu não sei não, parece que ele está aprontando alguma, sinto que ele está nos vigiando de longe, e você — apontei para sua linda face — Está lascada, o franguinho vai aparecer sem pau e sem a língua, aguarde e verá, é melhor tirá-lo daqui enquanto é cedo, esconda o seu amante dos vizinhos.
Rodei os dedos, indicando a vizinhança fofoqueira.
— Bom dia Jimin, como está? — franguinho se referiu a mim — O que temos para comer? Estou morto de fome. — roubou a última torrada do meu prato.
— Vá a merda! faça sua própria torrada, caralho. Se me dêem licença, tenho coisas importantes pra fazer. — peguei a minha mochila e saí em direção a porta, dando de cara com quem não esperava encontrar tão cedo.
Quem vocês acham que é? Deixem os seus palpites.
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A APOSTA || Jikook
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Park Jimin! A criança que com seus 8 anos podia descobrir tudo sobre a vida de qualquer pessoa só de olhar fixamente para os seus olhos! Ele jurou a si mesmo que não iria contar a ninguém! Desde muito novo carregava a responsabilid...