Park Hae-jin
Apostas e mais apostas...
Já estou ficando entediado.
Poderia voltar para casa, mas a minha vida faz mais sentido aqui. Dinheiro, casas, mulheres, menos o mais importante, bebida.
Sempre fui bastante apegado ao meu filho, sempre o apoiei e lhe dei de tudo, mas aprendi que quanto mais eles crescem, mais teimosos ficam.
Então...
Aposto tudo que tenho na mesa e o meu filho, Park Jimin.
Esse foi meu lance.
- Se eu ganhar, levo tudo e ainda quero essa boate como um brinde da sorte.
A sorte nunca me abandona.
Jeon Jungkook decidiu jogar com a pessoa errada.
- Tem certeza Park Hae-Jin? A sorte é a minha melhor amiga, se eu fosse você não abriria a boca antes da hora. - Jeon se encostou na cadeira de maneira largada, sorrindo de lado.
- Certeza absoluta, ande logo, eu não tenho a noite inteira, ainda tenho que bater um papinho com algumas das suas garotas - Eu estou confiante Jungkook.
Essa aposta já está ganha.
- Se você ganhar - apontou em minha direção, fazendo sinal de negação - Eu te entrego a minha boate, os meus capangas e principalmente todo o meu patrimônio. Mas se você perder, eu vou pegar o seu filho e entregarei a sua cabeça em uma bandeja para os meus cachorros.
Tremi.
Mas não foi de medo, talvez um pouco, Jeon não me assusta.
- Isso não me assusta Jeon, tente outra vez - tentei ser firme - Vamos criança, eu sou o mais velho.
Cartas foram postas na mesa, estou com a pontuação mais alta, falta apenas um número.
- Vamos lá, vamos lá, não decepcione o papai.
Jeon me olhava com o seu sorriso de canto do outro lado da mesa, ao seu lado havia seus dois melhores amigos, Jung Hoseok e Min Yoongi, os dois olhavam atentamente para a mesa de jogos eu já estava começando a soar frio, minha respiração estava ficando mais pesada a cada segundo até que:
- Olha só, parece que você é o novo vencedor Jungkook! - a voz de Hoseok soou alta mas a risada do Jeon soou mais alta ainda, chamando a atenção de quase todos ao redor.
- M-mas c-como assim? E-eu n-nunca perco, você é um trapaceiro Jeon, você roubou, eu nunca perdi 'pra nenhum palerma daqui! - afirmei apontando para seu rosto, olhando ao redor.
- Está me chamando de palerma? Meça as suas palavras pra se dirigir a mim Park, agora vamos ao meu escritório - inclinou levemente a cabeça em direção a grande porta de madeira branca - Temos assuntos para tratar.
- Merda! eu perdi a minha cabeça? Inferno, o Jimin também, mas a minha cabeça... céus eu vou morrer, minha cabeça vai ser jogada para os cachorros endiabrados do JK. - falava baixinho com a esperança de ninguém escutar, mas Jungkook escutou e riu em resposta.
Assim que entramos na sala, tomei um baita susto avistando um homem malhado segurando uma espécie de espada, eu diria que é uma boa lâmina se não fosse para arrancar a minha cabeça fora.
- É uma Beatrix Kiddo. Bonita não? Corta que é uma beleza - surgiu atrás de mim em um piscar de olhos - Quer testar? Eu posso cortar a sua perna - ele riu da minha cara de medo, eu estava a ponto de desmaiar ali mesmo. - Ele vai desmaiar a qualquer momento! - gargalhou olhando para Jeon.
- Pare com isso Namjoon, deixe-o, ele tem que assinar alguns papéis antes de encontrar tio Lu. Venha, sente-se - apontou para uma das cadeiras em frente à sua mesa - Creio que seu filho seja meu agora.
Balancei a cabeça em negação.
- Eu estava brincando! Sabe que eu não daria meu filho para uma aposta. - continuei negando mais uma vez.
- Deveria ter pensando nisso antes de apostar o pobre coitado, ele vai odiar você. Assine os papéis em cima da mesa, te darei três dias para falar ao Jimin que ele me pertence.
- E depois que eu assinar? Vai me matar? Vou perder a minha preciosa cabeça? - falei imaginando a cena.
Deus me livre, ser pobre já é uma morte.
- Eu irei pensar o que vou fazer com você, agora vá, preciso arrumar o quarto do meu novo garoto. - me expulsou da sala sem nem esperar a minha resposta.
[...]
Segui o caminho em direção a minha casa, não possuo dinheiro nem para um táxi, vida de pobre é difícil.
Não lembrava que o caminho para casa era tão longe, quase me perco nesses buracos que chamam de rua.
- Caralho, finalmente cheguei! - antes mesmo bater na porta, ela é aberta por alguém.
Jimin.
- Olá filho - dou o meu melhor sorriso - Sentiu saudades do papai?
- Não. - responde curto e grosso - Tenho que ir, boa sorte franguinho! Você vai precisar. - Gritou.
- Quem diabos é franguinho? Onde vai, posso saber? - perguntei olhando o mesmo se afastar.
- Não, não pode. Franguinho é o pastor Lee, amante da mamãe, fui. - saiu correndo e sumindo da minha visão.
Espero que gostem. Deixem a estrelinha 💜
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A APOSTA || Jikook
Fanfiction[EM ANDAMENTO] Park Jimin! A criança que com seus 8 anos podia descobrir tudo sobre a vida de qualquer pessoa só de olhar fixamente para os seus olhos! Ele jurou a si mesmo que não iria contar a ninguém! Desde muito novo carregava a responsabilid...