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-- Bom dia querido, dormiu bem? - Perguntei assim que vi o meu marido entrar na cozinha.

-- Já tive noites melhores... - Respondeu friamente. -- Aonde está o Jimin? Ele vai chegar atrasado na escola. - Coloquei o café quente em sua xícara.

-- Ela ficou acordado até tarde ontem, deve estar cansado. - Me apoiei no balcão da cozinha encarando as torradas meio queimadas. -- Cuidado! O café está quente, eu vou acordar o Jimin. - Dei as costas e segui até o quarto do meu pequeno mas antes de entrar no quarto eu ouvi o meu marido reclamar.

-- Café quente da desgraça, minha nossa senhora. - Meu marido resmungou atrás de mim.

-- Eu avisei. - Sussurrei prendendo o riso, entrei no quarto do Jimin e ele estava em uma posição que com toda certeza teria dor na coluna assim que despertasse. -- Acorda porrinha. - Cutuquei a testa do mais novo que apenas resmungou um "me deixa dormir mais um pouquinho mamãe".
-- Você está muito cansado? Podemos ligar e dizer que está doente. - Cutuquei mais uma vez e o mesmo Choramingou em resposta.

Desci até a cozinha e o meu marido ainda estava tentando esfriar o seu café, ele é tão idiota.

-- Eu irei levar ele, pode ir trabalhar querido. - Sorri sinica, ele odiava que o Jimin faltasse a escola.

-- Certeza? Aquele moleque está sendo um mimado, ele deveria ir de ônibus igual a todos os colegas. - Toda manhã ele sempre resmunga e fala as mesmas ladainhas.

-- Ele não é todo mundo, e é por isso que eu comprei carros, para que o meu filho não precise pegar ônibus para ir a escola. - Reclamei e o mesmo apenas fechou a cara. -- Falando nisso hoje você vai de ônibus, passa a chave do carro para cá. - Estendi a mão e o mesmo fez cara de falsa tristeza, ele não podia abrir a boca para falar nada já que os carros são meus, assim como toda a fortuna do meu pai.
-- Acho melhor você correr se quiser chegar no trabalho a tempo. - Olhei em meu relógio e o mesmo saiu batendo os pés. -- Vai a pé pra largar de ser trouxa.

-- Bom dia mamãe, eu não quero ir a escola hoje... - Jimin apareceu na cozinha com os olhinhos inchados e com um biquinho em seus lábios.

-- Você estava chorando? - Perguntei assim que olhei o meu pequeno brotinho com os olhos ainda mais inchados que o normal.

-- Não me sinto bem para ir a escola hoje, sinto que algo vai acontecer. - Falou se aproximando de mim.

-- Que tal compras? iremos comprar algo cortante que faça bastante estrago. - Sugeri e o mais novo apenas sorriu.

-- Qualquer coisa que não me deixe longe de você está ótimo. - Me abraçou pela cintura se prendendo a mim.

-- Vou grudar em você igualzinho a carrapato, a gente pode cozinhar juntos, a sua sobremesa favorita. - Fiz carinho em seus cabelos e sai andando com dificuldade por ele está grudado em mim até o quarto para que ele possa se trocar. -- Vai pacotinho, troque de roupas e escove os dentes para que possamos começar o dia.

-- Sim senhora! - Sorriu mostrando seus belos dentinhos tortos que iluminam a minha vida.

Quando o Jimin sente algo, realmente acontece, eu costumava descobrir o passado das pessoas apenas olhando em seus olhos mas depois que eu tive o Jimin esse "poder" sumiu, acredito que tenha passado para ele, mas por enquanto ele só costuma sentir que algo ruim ou bom vai acontecer mas ele não sabe dizer, com quem ou o que vai acontecer.

Minha mãe disse que a primeira vez que eu descobrir algo apenas olhando no fundo dos olhos de alguém foi com 16 anos o Jimin ainda tem 7, espero que ele desenvolva isso bem, não quero que usem o meu filho para saber se vai morrer amanhã ou algo do tipo.

A APOSTA  || Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora