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- Quando eu era pequena costumava criar cenas antes de dormir, queria terminar o colégio, fazer faculdade, ter uma ótima vida, criar uma família, mas hoje eu percebi que eu estou apenas vivendo no automático. Como se eu não soubesse o que estou fazendo viva. Todas as noites eu chegava do trabalho tarde da noite, tomava banho, raramente eu comia, eu não sentia fome só sentia um imenso vazio dentro de mim, não me dava tão bem com os meus colegas de trabalho, sempre tentavam me fazer de palhaça, "Anastácia, faz isso" "Hoje essa função é sua" "Não adiantar se inscrever em tal vaga, você não tem capacidade" isso me deixava ainda mais esgotada, eu trabalhava tanto e não tinha um real em meu bolso, até que eu o conheci, Park Hyun Bin.

- No começo eu realmente era apaixonada por ele, ele me tratava bem, saiamos para jantares românticos, eu sempre fui o tipo de mulher que enjoava de homens muito rápido, eu não sabia o quão bem de vida ele era, ele sempre demonstrou ser um cara bem simples, pagava as contas com o "único dinheiro" que tinha na carteira, a menos era o que eu via.

- Um dia nós saímos para caminhar em um parque cheio de flores de cerejeiras e ele me pediu em casamento, antes que o "não" saísse da minha boca, era óbvio que eu não iria casar com um pé rapado, minha vida já era ruim o suficiente para casar com um cara que não tinha nem aonde cair morto, ele soltou as palavras que me fizeram mudar de ideia de imediato.

Eu te farei a mulher mais feliz desse mundo, te darei uma enorme casa, caros do ano e tudo que você merece nessa vida, eu não te contei antes mas, a minha família é extremamente rica e meus pais me proibiram de todos os meus luxos até que eu encontrasse alguém por quem eu realmente me apaixonasse, e você Anastácia... você é a mulher na qual eu me apaixonei perdidamente, demonstrou a mim que não quer luxos e nem carros, mas eu te darei tudo e muito mais. - Hyun Bin falou tão sério que eu tive que me fazer de sonsa, é óbvio.

— Eu nunca liguei para isso Hyun, é óbvio que eu aceito. - Que patético, se estivéssemos em um desenho animado podia jurar que apareceria cifrões em meus olhos.

- Casamos após dois meses do pedido oficial, eu amava todo o dinheiro que eu recebia semanalmente, eu saia, compras joias e roupas de grife, eu amava passear pelas ruas da cidade exibindo minhas sacolas cheias de coisas caras para os "trabalhadores" que voltavam cansado após um turno de 8 horas em seu trabalho irritante.

- Caminhando até o meu carro estacionado no final da rua acabei esbarrando em um rapaz e caindo com tudo de bunda no chão.

Dios mio, estás ciego? Hijo de puta, tienes un ojo en el culo? me hiciste romper mi zapato de diseñador, idiota, cornudo, oh, lo odio. - Falei em espanhol por impulso, afinal sou latina o que é irônico já que eu moro na Coreia.

— Lo siento señorita, debe mirar hacia adelante, no, no estoy mirando ningún trasero, después de todo era la señora que estaba mirando el teléfono
- O rapaz me repreendeu também em espanhol me fazendo olhar para si imediatamente.

- Ele era um jovem com cerca de 27 anos por aí, ele era bem bonito, não era asiático, tinha uma pele bronzeada, tatuagens em seu pescoço e mãos, percebi assim que estendeu as mãos para me ajudar.
Cuales tu nombre? - Perguntei  fixada em seus olhos castanhos claros.

— André, podemos dejar de hablar español? - Perguntou sorrindo falsamente.

— Desculpe, eu geralmente falo na minha língua nativa quando estou com raiva, me chamo Anastácia. - Falei levantando apoiando a mão sem aliança, afinal ele era um baita homem lindo.

— Não adianta esconder, eu vi a aliança. - Sorriu sínico. — Não se preocupe eu gosto do perigo.

— Estamos em crise, preciso fazer compras para continuar com esse casamento ruim. - Falei sínica.

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⏰ Última atualização: Dec 08, 2023 ⏰

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