Capítulo 15

208 18 2
                                    

Eu estava em choque.

Como manter a calma em uma situação dessas? Ryan me pedia para ficar calma a cada segundo em que percorremos ate o local em que ele estava me levando. No entanto, o próprio estava mais nervoso que tudo. Eu não o culpo!

A situação piorou a partir do momento em que saímos do hall de entrada da mansão, nos afastamos das janelas, mas os barulhos de tiros não cessavam. Eles aumentavam.

Estava insuportável.

 Insuportável reviver a imagem daquele segurança estirado no chão morto, com olhos bem abertos, sem vida...

Ryan me levou ate uma sala secreta. Sim, uma sala secreta! Parecia coisa de filme, perdoe o meu senso de humor. Entretanto,  quando fico nervosa começo a pensar em coisas distintas para afugentar os meus tormentos, caso contrário a minha sanidade mental estará arruinada. Mas de volta ao assunto, eu  não me surpreendi com isso. Era uma mansão, havia cômodos até para uma sala de cinema equipada, então porque não teria uma sala secreta?!

- Cuidado com os fios, vá devagar ... - ele me orientou assim que abriu uma porta com uma passagem atras do vidro da biblioteca e fios estavam espalhados pelo chão e um túnel escuro, mal iluminado tomou a minha visão.

Andréia estava ao meu lado, se agarrando forte em mim como se eu fosse seu bote salva vidas. Verônica e as outras nos acompanharam, tentei não lidar com os barulhos que elas estavam fazendo, principalmente Verônica que a todo momento berrava e clamava por Deus.

Apertei as mãos de Ryan. Ele parou e nos seus olhos eu vi o pânico que ele estava tentando reprimir, controlar a todo custo, não surtia efeito porque estava nítido.

- Porque isso esta acontecendo? - sussurrei em seu ouvido.

Ele suspirou e voltou a me encarar. Andréia  soltou meu braço e foi abraçar uma outra menina. Já com meus braços livres eu agarrei os dois pulsos de Ryan, almejando por respostas em meio esse caos.

- Essa não é a primeira vez que isso acontece - despeja ele.

- Não? - eu posso ter falado alto demais, atraindo os olhares dos outros dentro da sala.

- Eles tentaram invadir a casa alguns anos atrás. Reforçamos a segurança, mas pelo visto não foi suficiente. Eu não posso perder alguém de novo, não depois de tudo, Jill...

Eu não estava segurando mais forte nele. Agora era a vez dele segurar forte em mim, na minha cintura, não me deixando ir. Um olhar tão triste passou pelos seus olhos que, meu deus ... me quebrou. E como de relance, Ryan afastou esse olhar para bem longe.

Eu quero tanto descobrir sobre esse homem, saber dos seus segredos, entender as suas faces. Se eu tinha segredos que me envolvia e eu não sabia, Ryan também escondia segredos também, ele os atormentava.

- Não fique nervosa, eu sei que em uma situações dessa é difícil de pedir para não ficar. O Nervosismo aqui só irá atrapalhar. - diz ele pegando seu telefone e mandando mensagens para alguém.

Discando ferozmente e ligando ao mesmo tempo.

- Carmine? - Ryan gritava no telefone.

Alguns minutos se passaram enquanto nos acomodamos dentro do cômodo.

Eu me encostei perto de um sofá e desabei em cima dele. 

Os barulhos ficaram abafados. Mas eu ainda podiam escutar e, dessa vez viaturas da polícia se sobressaíram. Senti alívio por saber que iria acabar. Entretanto, o pensamento de que isso não vai acabar por agora assolou a minha mente.

INTENSO DOMÍNIOOnde histórias criam vida. Descubra agora