|| Ryan ||
- Satisfeito?!
Jason me olhava de cima a baixo. Acho que agora fui uma peça fundamental para ele.
Nesse seu joguinho, ele achará que me manipularia como seu peão.
No momento certo irei me revelar, por enquanto preciso me manter neutro e acatar a suas ordens.
Mas o que me custou?
- Não até que tudo seja passado para nosso nome. Você sabe muito bem o que você ainda precisa fazer.
- Sim, eu sei. - disse
Eu precisaria me casar com a bruxa da Roxanne, mas não estava disposto à isso. Mas, para meu querido pai, o que eu quero não vale de nada.
Sempre são questões de conexão, de poder. Muito poder, dinheiro e mais dinheiro.
Mas no mundo no qual estou inserido, o poder é mais importante que o dinheiro. As conexões são essências, tão essências para pessoas igual à mim, igual à minha família, no que nos estamos envolvidos. O que nós somos.
Os segredos são guardados a sete chaves. Provavelmente, uma seita, uma organização na qual protegemos uns aos outros. A porra do dinheiro encoberta as merdas que fazemos.
- Os papéis que você a deu para ela assinar. Onde eles estão? - me perguntou.
- Eles estão no cofre.
Estava olhando para a entrada da mansão, queria ver se eu a via. Eu a pedi pra ficar em seu apartamento. Não queria que ela presenciasse nenhuma merda.
Já fazem algumas horas que os ratos foram embora. Ratazanas traiçoeiras, curiosos.
- Lembre-se, não faça nenhuma merda. - Jason falou antes de sair.
Ele fez merda a vida inteira.
Me encontrei sozinho analisando os últimos acontecimentos. Na verdade, eu estava com minha cabeça com um milhão de pensamentos.
Porra, eu já não aguentava mais os meus tormentos. Queria extravasar, queria poder esquecer, queria ela comigo, aqui e agora.
Peguei a droga dentro do meu paletó e já estava começando a organizar perfeitas fileiras do pó na tela do meu celular. Liguei o visor e marcava as 4 horas da manhã quando alguém bateu com a mão forte no meu ombro.
- Fudeu pra você, camarada.
Carmine parou bem ao meu lado. Eu já ia perguntar que porra que aconteceu quando uma mulher entrou correndo até a varanda.
A porra da festa já acabara fazia tempo. Então porque será que eles não iam embora? Não me deixavam em paz?
- Ryan, a Jill. Eu não a encontro. Já fazem horas que Mia e eu a perdemos de vista.
Queria poder dizer que eu não me importava e, que eu não dava a mínima. Mas era mentira, uma completa mentira.
Estava meio zonzo por conta das taças de bebidas que tomei. Entretanto, meu cérebro assimilou tudo. Se ela esta sumida é porque ela estava aqui, e se ela estava aqui é porque ela presenciou tudo. E porra, eu comecei a ficar desesperado.
Óbvio que acontecimentos como a porra de um noivado, do meu noivado iria ser de conhecimento público. Mas eu imaginava que eu pudesse retardar que a notícia chegasse até ela. Eu poderia amenizar, explicar.
- Ryan, pelo amor de Deus. Eu a vi quando ela saiu daqui correndo. - uma das garotas estava chorando.
Obviamente elas trabalhavam aqui, mas nunca me importei com elas.
- Calma, mi carino. - Carmine afagava a cabeça de uma das garotas.
Sem saber ao certo o que fazer corri até o quarto de Jill na esperança que eu a encontrasse sentada na cama lendo um dos seus vários livros.
No exato momento em que cheguei no quarto o seu cheiro preencheu minhas narinas. O silêncio, e a escuridão do cômodo preencheu minha alma.
Ela não estava mais aqui. Seus pertences sim, mas ela não.
Fui até a garagem.
Acelerei minha Ferrari até o apartamento em que eu a dei. Frustrado, não a encontrei.
Imobilzei praticamente todos os seguranças da mansão para encontra-la . Estava procurando pelas ruas caóticas de Chicago, o dia já estava amanhecendo e mesmo assim era uma turbulência.
Eu não queria admitir, porra.
Eu a perdi?!
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INTENSO DOMÍNIO
RomancePLÁGIO É CRIME!!! A cidade de Chicago é deles. Os Millers dominam a tudo e a todos. Jill tinha apenas 19 anos quando foi designada para trabalhar na casa dos Miller. Órfã desde o nascimento, um desejo ardente de amar e ser amada se tornou o vazio...