Capítulo 2

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|| Ryan Miller||

- Escute, seu filho da puta - desfiro um soco no rosto do desgraçado que esta aos meus pés, seu nariz jorra sangue sujando a minha jaqueta e eu fico mais puto ainda.

Ele vai perdendo a consciência, mas eu pego uma garrafa de água que Carmine coloca em minhas mãos e lanço toda a água dentro dela em sua cara. Ele abre os olhos e me encara.

Ótimo. Eu quero que ele veja toda a minha fúria, todo o meu poder.

- Da próxima vez que você tentar tomar o meu território ou se quer pensar em fazer isso, eu juro, seu desgraçado, que eu mato todos que você ama em sua frente e você por último - desfiro mais dois golpes em sua cara, escuto o barulho da sua mandíbula se quebrar. - eu domino a porra dessa cidade e tudo que habita nela. Não tente me passar a perna outra vez, Lewis, você não gostara das consequências.

Me ergo e limpo com um paninho branco o sangue em minha jaqueta de couro.

- Miller, não sei se isso vai funcionar, cara. - Carmine fala apreensivo atrás de mim.

- Como não, Caralho ?! - rugo furioso.

- Teu pai esta do lado deles, eles fizeram um acordo.

- E que se foda todos eles, esse filho da puta e os outros da gangue dele me ameaçaram, me intimidaram. Eu sou, Ryan Miller, porra. Ninguém mexe comigo e fica por isso mesmo.

- Vai da merda, cara - ele exita e começa a olhar pro lado. - seu pai não pode saber.

Isso me irrita.

- Carmine, cala essa boca antes que faço isso por você. - ele se retrai no mesmo momento.

Meu telefone vibra no meu bolso. Pego ele imediatamente, é o meu pai.

É só falar no diabo que ele aparece.

- Oi. - falo.

- Ryan, onde você esta ? - pergunta com a voz grave.

- Oi pra você também, pai.

- Para de palhaçada, filho. Onde você esta, que merda você esta fazendo?

- Cuidando de uns assuntos.

- Ryan.. - ele sibila.

Escuto sua respiração por alguns momentos ate ele voltar a falar.

- Volte para casa, filho. Preciso resolver alguns assuntos com você . - me ordena e já desliga o telefone.

Caminho de volta para o meu porsche e Carmine me intercepta.

- Espera, o que vamos fazer com ele? - Carmine aponta para Lewis desmaiado no chão perto da grade do campo de futebol. Alguns garotos estão entrando dentro do campo, por isso me apresso.

- Nada. Alguém irá encontrar esse lixo aí.

[...]

Faz mais de seis horas que recebi a ligação do meu pai e só agora que estou voltando para casa. A minha intenção não é irritá-lo ( só um pouquinho ), mas tive que resolver assuntos mais urgentes - como provar pra sua namorada que você NÃO estava transando com a melhor amiga dela. Bom, Tracey e eu não somos um casal, digamos, formal, classifico amigos que se fodem em troca de diversão.

Bom, não vou mentir que eu não fodo Roxanne, melhor amiga de Tracey. Porque eu faço sim. Concerteza. Tracey acha que sou ingênuo por achar que ela não abre as pernas para o seu motorista particular, bem como um dos meu parceiros na faculdade ou a metade inteira do campus. Ela é foda rápida, alívio rápido, nem me importo para as suas fodas ocasionais, ela não é minha para eu dominar. Mas, eu sou um maldito filho da puta, porque não importa se ela é minha ou não, eu preciso provar que eu estou no domínio sempre. SEMPRE. E, se eu quiser que certas coisas aconteçam nessa porra de cidade, elas acontecerão.

Aproximo meu carro ate a guarida da mansão; vulgo fortaleza. Passo pela entrada e estaciono de qualquer jeito.

- Ryan... - quando passo pela porta minha mãe já esta esperando por mim e me abraça abruptamente - senti saudades, filho.

Eu não passo muito tempo aqui, só o mínimo, o essencial.

- Bem... - me desvencilho do seu abraço e sinto a presença de Jason Miller a meros 2 metros de distância de mim.

Se tem uma pessoa que mede forças comigo e, que eu sempre fico mais fraco é ele; Jason Miller, o poderoso Rei de Chicago. A mãe sabe o que passa nessa casa, ou o que o seu marido é e as coisas que faz. Ela finge demência. O Jason, o que é a maioria não sabe é que ele é frio, distante, calculista e vingativo.

Ele me analisa de cima abaixo. Com as feições duras e o olhar frio e, é aí que eu sei que ele tem algo a me dizer e, também sei que não vai ser coisa boa.

- Já era hora, Ryan - fala com calma com as duas mãos dentro da calça.

Mas eu não me engano, essa calma toda que ele esconde é para disfarçar a fúria que se esconde em seu interior. Ele é como um iceberb, só mostra a ponta.

Você que ir pra essa lado, pai ? Tudo bem. Eu sei jogar as joguinhos dele.

- Te esperei para o almoço, mas agora já esta tarde. Bom que você chegou para a próxima refeição - ele caminha ate a esposa e pega suas mãos levando ela ate a imensa mesa ao lado da cozinha.

Que incenacao.

Mamãe caminha junto com ele e para, virando-se para trás e me lançando um olhar confortante sobre suas íris azuis.

Ela não precisa fingir. Não mais.

Nos sentamos todos na mesa e alguns empregados nos servem a comida. Olhando para nós e, nos vendo todos reunidos, da para imaginar que somos uma família fodidamente normal e todas essas baboseiras. Só que não. Tenho que admitir.

- A propósito, seu primo Simon ligou - o pai fala com sua voz calma.

Maldito filho da puta!

Simon é um do seu braço direito e, se Simon ligou é para informar notícias dos trâmites, Jason já sabe sobre o meu desentendimento.

Que ótimo.

- Saudades de Simon, vou ligar para ele mais tarde pai, aposto que ele veio informar sobre a próxima temporada de golfe que iremos competir. - falo com naturalidade e calma.

Jason me observa como um predador, um olhar ferino. Ele me encara profundamente, ele é capaz de fazer qualquer um ter medo dele só pelo olhar, mas comigo isso não funciona. Comigo não. Eu o encaro de volta, sustento seu olhar ate que uma coisa distrai sua atenção, ou melhor, uma pessoa.

Opa, opa, opa.

Uma mulher loira, na verdade uma garota.

Ela esta inquietante, mas anda olhando para baixo trazendo consigo o próximo prato.

Ela custa a se equilibrar. Mais um passo, só mais um pouco e...

Ela estava tão inquieta que deixa o que esta segurando nas mão cair no chão causando, assim, um enorme barulho, ate ela escorregar na sopa que tava dentro da panela e cair no chão.

Jason se levanta imediatamente para ajudá-la, mas quando este o toca ela se retrai.

Caralho!

Ela levanta o olhar ate se fixarem com os meus. Seus olhos azuis estão com medo. Muito medo.

É claro que ela esta com medo. De todos os lugares ela veio parar aqui, nessa mansão.

Destino errado, querida.

[...]

INTENSO DOMÍNIOOnde histórias criam vida. Descubra agora