Você já parou parou para pensar
que só estamos na espera de algo novo.
Algo fodidamente novo.
O novo.
As pessoas não me suportam. Eu não sou a melhor pessoa, ou a preferida delas. E, sinceramente eu nem tento ser.
Há uma enorme diferença entre gostar e me tolerar. Elas não gostam de mim, acho que elas até me odeiam, mas me toleram por causa do meu bom santo nome. Mas, eu sei que quando dou as costas, palavras inofensivas são disparadas que nem flechas contra mim.
Eu não dou a mínima.
Hipócritas.
Sempre fazendo ou pelo menos, tentando fazer, se passar por coisas que elas não são, tentando agradar os outros. Diferente delas, eu sou eu mesmo, faço aquilo que eu desejo e que esta encravado em minha carne, no meu sangue.
É tão chato passar uma vida inteira sendo meros fantoches. Coadjuvantes da própria vida.
- Na minha casa esta noite ? - Roxanne me pergunta do meu lado enquanto o professor muda o slide da lousa no quadro.
- Farei o que der... - falo no modo automaático e confiro a minha caixa de mensagens em meu celular.
- Ryan... você esta bem ?
Essa é uma boa pergunta , nunca parei para pensar na minha real situação. Tirando todos esses alunos chatos e a falação do resto da sala, do professor tentando conter a falação ou Roxanne me encarando do meu lado, eu me concentro em mim.
Eu não tenho a resposta real para responder essa pergunta, por isso ela vem distorcida, superficial.
- Sim, eu estou bem.
- Poderíamos ir naquele restaurante amanhã - ela puxa uma mecha dos seus grandes cabelos castanhos claros para atrás da orelha.
Olhos distantes, um pouco inquieta.
- Meus pais querem um jantar com nós dois - ela diz por fim.
Fico sem reação. Esse não era o trato.
Não mesmo.
- Esse não era o acordo, porra!
Eu posso ter falado alto demais e ter chamado a atenção de todos. De uma hora para outra a sala ficou em total silêncio. Olhares foram direcionados para minha mesa. Não dou a mínima.
Enquanto Roxanne me olhava com espanto eu estava tentando controlar a fumaça que estava saindo em minhas narinas.
Olhei pro relógio no criado mudo marcando uma hora da manhã. Geralmente quando acordo no meio da noite eu penso em estar em um outro lugar. De fato, eu estou sim.
Achei que estava na casa da Roxanne.
Um braço envolve meu peito e cabelos macios deslizam suavemente pelo meu ombro enquanto eu me mexo para sair do abraço que a mulher envolve sobre mim.
Não é Roxanne, essa não é a casa dela. É a casa da Lisa.
Me levanto meio grogue e vejo algumas fileiras de cocaína espalhadas em cima do criado. Eu agacho e cheiro mas uma carreirada de pó.
Inspiro meu nariz e ando pelo breu do quarto tentando achar a minha cueca box perdida entre roupas no chão, elas estão misturadas com as da garota deitada dormindo profundamente em cima da cama.
É a segunda vez que trepamos. Lisa e eu ate que nos damos bem, mas é só isso. Nada sério. Na faculdade fingimos que nem nos conhecemos.
É sempre a mesma coisa. Quase todos os dias, quase todas as noites. Nada muda, nada de anormal e interessante.
Encontro minha cueca jogada no chão juntamente com as minhas outras roupas.
Depois de vestido, ligo meu telefone encontrando uma mensagem de Roxanne.
Precisamos conversar
Esse é um dos meus últimos desejos por agora. Ignoro as mensagens e as ligações perdidas do meu pai.
Há mais mensagem não lidas que eu pretendo ler depois. Mas o que chama a minha atenção é uma foto que Carmine me enviou da empregada gostosa que trabalha lá em casa. A garota esta toda compenetrada limpando um dos móveis do meu quarto, principalmente um móvel em específico, na cômoda e na gaveta na qual guardo alguns brinquedinhos meus. É claro que a gaveta esta trancada.
Na foto vejo com total visão o seu lindo traseiro e só de olhar por essa foto o meu pau já entra em modo alerta. Um tesão do caralho passa por mim. Eu estou fodidamente ligado.
Mas perai...
O que esse puto do Carmine estava fazendo em minha casa? No meu quarto? E ainda tirando foto da garota?
Esse devasso quer morrer.
Pensando bem, só agora cai na real que eu mandei ele ir até meu quarto pegar algumas paradas para mim.
...
Já são quase duas da manhã e eu estou correndo com meu conversível pelas ruas de Chicago. Dou voltas atrás de voltas. O meu velocímetro chega a mais de 100km/h. Algumas viaturas podem estar atrás de mim, mas eu estou chapadão de mais para ter ideia.
Hoje eu trepei, briguei, bebi e cheirei. Nada de anormal ate aí. É tudo normal no meu fodido mundo.
Entediante demais.
As vezes eu só estou na espera de algo novo.
Algo fodidamente novo. Algo que me faça esquecer das minhas merdas, que me faça sentir o que estou cansado de sentir.
Uma pessoa vem em minha mente, um flash.
Uma buzina grave ecoa insistentemente, eu olhei pro lado e uma luz me cega.
Uma imagem passou em minha cabeça, um anjo de cabelos loiros . Foi a última imagem que passou pela minha cabeça antes de tudo acontecer.
Foi tudo rápido demais, veio a luz para depois vim a escuridão.
......
Hey... galera
Essa semana vamos ter maratona. Oi?
Vc não leu errado, isso mesmo, capitulos quase todos os dias.
beijossssss
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INTENSO DOMÍNIO
RomancePLÁGIO É CRIME!!! A cidade de Chicago é deles. Os Millers dominam a tudo e a todos. Jill tinha apenas 19 anos quando foi designada para trabalhar na casa dos Miller. Órfã desde o nascimento, um desejo ardente de amar e ser amada se tornou o vazio...