Epílogo

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3 anos depois 

Há uma joaninha andando no vaso de planta em minha janela. Ela tem toda a minha atenção, me levanto da cadeira e a observa  fazer curvas e mais curvas pelas folhas, ate que a pego em meus dedos e, fascinada vejo ela abrir suas asas tão pequenininhas, tão linda, tão delicada. 

- Vá, volte para a natureza - falo e, em seguida coloco-a de volta na planta. 

Olho ao redor e observo Andréa correr em minha direção, sim, a gente se reencontrou novamente, perdemos contanto por um bom tempo, mas eu estava triste, deprimida, e ela entrou em minha vida no momento em que eu mais precisava. No momento em que achava que eu iria sucumbir, mas graças à deus, eu dei tudo de mim, até a última gota, até mesmo quando achei que não conseguiria suportar. Eu me mante forte, por ele, por nós. Passo a mão em minha barriga, o que estou protegendo.

Foram tempos de trevas, ate hoje consigo me lembrar em como eu quase sucumbi, depois da morte do meu irmão, eu só vaguei por esse mundo, sem sentindo, o que me manteve viva e respirando foi  a esperança de cumprir os meus objetivos, e o meu amor, meu amor por ele, sorrio lembrando dos vários momentos, das lembranças que passa em minha mente como se fosse um deja vú. 

Eu  realizei a minha vingança, mas a que preço tudo isso me custou? Pensar no passado me faz sentir dor, mas ao mesmo tempo me da forças, por que, de certa forma, faz parte de mim, parte do meu ser, é quem eu sou. E não importa, se sou Jill ou Elizabeth, eu sou eu, sou o que foi feito de mim, o que eu decidi fazer de mim. A vida não foi fácil para mim, mas eu até pensei em desistir, mas a minha força e a minha perseverança era maior. 

- Você poderia falar para eles pararem de brigar, eu já não aguento mais. - Andréa disse. 

Carmine e Boss a seguiram logo atrás, ambos carrancudos. No início  me doía olhar para Carmine, porque ele me fazia lembrar do passado, do que eu quase perdi.  Mas eu mesmo tempo eu fiquei feliz, porque eu pude me lembrar, lembrar dele.

- Um peixão. - carmine ergueu  um vaso na altura do corpo mostrando o quão forte ele era. 

- Sim. Eu sou forte! - Carmine se exibia a todo momento. 

Eu ria do seu jeito de ser, eles eram um bálsamo nos momentos mais complicados. 

Depois do enterro, da tragédia eu me senti vagando por esse mundo. Eu vivi um dos piores momentos da minha vida, eu queria morrer. Há momentos em que eu estava só respirando, não via a hora do meu último suspiro ser exatamente o último. Eu não desejo isso para ninguém, a tristeza te corrói por dentro, você não encontra motivos para seguir em frente. 

Mas eu encontrei motivos para seguir em frente. 

Há 2 anos um dos milagres pulsou dentro de mim. Quando eu descobri eu chorei, eu gritei de alegria. Posteriormente quando escutei o seu coraçãozinho meu coração voltou a vida. 

Eu estava grávida. Eu iria ser mãe. 

Um misto de emoções passou por mim. Eu ainda lembro daquele  momento, a insegurança de não conseguir, a alegria. 

- Olha, mamãe, eu posso pegar a boleta.  - Maddy grita enquanto corre descalça pelos gramados correndo atrás da borboleta.  

Uma garotinha linda, ela se parece tanto com o seu pai, com o amor da minha vida. Ela tem os olhos de Ryan. Obrigada, Deus, por me presentear com algo tão belo, gerado por mim e pelo amor da minha vida.

- Cuidado filha! - alerto quando Maddy cai e se levanta entusiasmada correndo atrás da borboleta.

- È leleta... mamãe - diz aos gritinhos e soluços, correndo de um lado para o outro. 

INTENSO DOMÍNIOOnde histórias criam vida. Descubra agora