By: JennyTer a Trix morando na minha casa, está sendo umas das melhores, e piores experiências da minha vida, todo o drama e brigas faz eu me sentir em uma novela mexicana. Minha vida em casa sempre foi calma e tranquila, e era o que eu mais gostava nela, por conviver muito com a Trix e sua família, pra mim chegar em casa e ver minha mãe, que sempre foi meu tudo, me esperando com um sorriso e nenhuma crítica, era o sonho de qualquer garota ou ao menos o meu. E agora, com ela na minha casa, é uma eterna festa do pijama, o que é ótimo, amo minha amiga e faria tudo por ela. Mas ver minha mãe, brigando com a tia Elena, foi um grande choque pra mim.
Mas tirando as brigas e o entra e sai de homens, já que quando não é o Brendon é o Jeremy que está lá, tudo está bem. Também não posso jogar encima da Trix, todos os motivos pra eu estar sentada sozinha na pracinha do meu bairro, chorando feito uma maluca. A culpa não é nem de longe dela e do seu drama familiar, pelo contrário, queria eu ter um pai pra poder brigar, ou pra socar a cara do babaca que machucasse meu coração, ou no meu caso, me machucou fisicamente e está me perseguindo agora.
Esse sim é o verdadeiro motivo pra mim estar aqui, sentada sozinha aos prantos, escondida atrás de uma árvore da pracinha.
Eu, uma menina que sempre levantei a bandeira da independência, da força feminina, do poder da mulher, estou chorando feito uma criança, por um macho escroto que não só me feriu o coração, mas também meu corpo. Macho esse que está me perseguindo, pra que eu volte com ele. Mas como posso voltar sendo que ele me feriu tanto? Mesmo o amando, como posso fazer isso comigo mesma? Com a minha mãe, que me criou sozinha e é minha rainha? Não dá. Mas também por outro lado, eu amo ele, ou acho que amo, e está doendo tanto não estar com ele, mas doía muito estar também.
Reler nossas mensagens e ver as fotos, só me desespera mais, ver como éramos lindos juntos, mas o medo está me enlouquecendo e me faz chorar cada vez mais. Pois não tenho nem com quem falar no momento, minha melhor amiga está de repouso absoluto pra não perder meu afilhado, se eu falar ou mostrar as mensagens que ele me mandou, ela pode se alterar e perder o bebê. Com quem posso contar? Meu coração pula um compasso sempre que meu celular vibra, mas respiro fundo, é só a Trix.- Oi?
- Você acha que vai demorar? O Jeremy ta me deixando doida aqui querendo saber onde você está... (Não quero saber onde ela está, só não quero te deixar sozinha...)_ O escuto ao findo_ Viu...
- Já estou indo, estou pertinho... Virando a esquina.
- Aconteceu alguma coisa? Sua voz está estranha. Tava chorando?
- Devo estar pegando um resfriado, já chego ai.
Depois de verificar meu rosto vermelho mais de três vezes, chego a conclusão que não vai ter jeito, não tem como esconder. Caminho calmamente pela rua, observando tudo, estou realmente ficando paranóica.
Paro no meu portão e puxo as chaves do bolso, mas uma mão segura meu pulso, e minha alma gela.- O que?... Lucas?
- Você não retorna minhas ligações, nem responde minhas mensagens. Então achei que poderíamos conversar um pouco pessoalmente.
- Não é uma boa hora...
- Nunca é. Já te pedi perdão... Eu perdi o controle ok. Não vai voltar a acontecer Jenny. Juro que vou tentar controlar meu gênio. Eu te amo pequena.
- Você sempre diz isso Lucas, e sempre faz a mesma coisa. Você me machucou, e muito.
- Você me obrigou a fazer aquilo... Você estava de papinho com aquele carinha... Não vem dar uma de vítima Jennifer, não sou o mostro aqui.
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Militar Cilada
RandomSerá que duas pessoas que cresceram juntas, podem esquecer as circunstâncias, perdoar e se amar? E se suas famílias tivessem algo a ver com esse envolvimento? Será que algo forçado pode acabar bem? Mas e se no começo fosse verdadeiro? ...