capítulo 25

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Josephine L.

— Hora de acordar dorminhoca — Blair entra gritando no quarto.

— Aí não, não — falo me enrolando no cobertor.

— Só estão esperando você pra tomar café e temos coisas pra fazer, vamos! Vai, vai — ela bate palmas na tentativa que eu levante.

— Minha cabeça parece que vai explodir e não, não é por conta do acidente.

— Eu posso imaginar. O nome disso é ressaca, precisa agradecer por não ter ficado doente.

— Ressaca? — vou me levantando — Impossível, eu nem bebi tanto.

— Aham — Blair ri.

...

— Bom dia senhorita Langford — Jenny fala enquanto eu entrava na cozinha.

— Bom dia, argh, pode por favor me dá um remédio de dor de cabeça? — digo me sentando na mesa.

— Ei, lembra a gente de nunca mais deixarmos você beber demais — Cole diz me fazendo olhar confusa pra ele.

— Como eu disse a Blair, eu nem bebi tanto assim — minha fala faz com que eles soltem risadas — O que foi?

— Você não lembra? — Chuck pergunta.

— E eu tenho algo que preciso lembrar?

— Tá, ok — Cole tenta conter o riso — Primeiro você dançou todas as músicas que tocou naquela boate e depois queria fazer um streep tease. Quando Hero te tirou de lá, falando que a levaria para casa, você disse que ele tinha cheiro de morango — meu olhar encontra o de Hero, que me olha rápido e baixa a cabeça voltando a comer.

— Eu não lembro de absolutamente nada disso, que vergonha — encosto minha cabeça no ombro de Cole.

— Agora eu e o Chuck precisamos ir até a Waldorf ver como as coisas estão — Blair se levanta — Passa lá depois? — faço que sim com a cabeça e todos aproveitam pra sair.

Durante todo esse tempo, Hero não disse uma palavra sequer, então antes dele sair, seguro o seu braço, o puxando pro canto da cozinha.

— Eu disse que não lembrava de nada, porém eu lembro de uma coisa — falo e ele me encara — Lembro do exato momento em que disse que o amava, e não, eu não falei isso por estar bêbada, falei porque é verdade.

— Eu não vou conversar isso com você aqui — Hero diz friamente.

— Podemos ir até meu quarto, podemos conversar lá — digo fazendo ele me puxar pelo braço, indo em direção ao local.

...

— E então? — Hero diz irritado.

— E então? Você é maluco? Já disse, eu te amo.

— Eu disse pra não se apaixonar por mim.

Suas palavras formam um gelo enorme no meu coração, porém eu sei, eu sei como é difícil ele demostrar algum tipo de sentimento, principalmente quando colocado na parede, então, eu preciso lutar até onde der, ou melhor... até onde eu aguentar.

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