As duas guerreiras do reino de Amenade se encontravam vestindo as armaduras para ir vigiar a muralha, a fim de certificar que nenhuma ameaça viria a perturbar os titãs.
— Aquele humano patético está de volta ao palácio. — Murmuro Iduna, enquanto apertava as botas pesadas.
— Por que odeia tanto ele? É só um... Humano indefeso. — Ierra replicou, sem entender enquanto colocava as luvas.
— Não é motivo suficiente o tanto que ele fala e sua intromissão audaciosa? Sinceramente, não sei como sua irmã o suporta. — Implicou já irritada.
— Existem pessoas muito mais insuportáveis do que ele. — O tom foi sugestivo, Iduna segurava a adaga feita de ossos e madeira quando dirigiu o olhar em meio ao jardim à Ierra.
— É... também tem as pessoas hipócritas e vulgares. — Lançou um olhar cortante à féerica.
Ierra gargalhou provocativa.
— Não tenha ciúmes Iduna, minha irmã sempre será sua amiga e a lealdade dela não tem limites... Poderia matar até quem ousasse pensar em matar você. — Num flash rápido, Iduna foi para cima da companheira de vigia e colocou a adaga sob o pescoço dela.
— Cuidado com o que supõe. — A fúria imediata dela fuzilou os olhos azulados da mulher negra grudada a si, tão próxima que sentiam a respiração uma da outra.
— E você tome cuidado com a língua coisinha furiosa. — Ierra provocou, dirigindo o olhar escuro para os lábios rosados da sentinela.
Iduna suspirou cheia de ódio e abaixou a adaga do pescoço da outra, ainda sentindo o coração acelerado.
Não era mentira que as duas criaturas prepotentes tinham algo além da união rotineira pela segurança do palácio e o zelar pelas cortes espalhadas por Sportarend, contudo não se suportavam em 99% do dia.
Trocas de xingamentos, e até agressões eram comuns entre elas.
Amenade separava na maioria das vezes antes que arrancassem os olhos uma da outra feito duas crianças birrentas.
— Com quem vai estar no festival. — Perguntou Ierra afastando os cabelos crespos brancos para trás.
— Qual seu objetivo com esta pergunta. — Replicou Iduna, amarrando linhas no meio da trança que fazia.
Ierra se aproximou com um sorrisinho imoral nos lábios grossos e contornou o nobulo da orelha de Iduna.
— Porque talvez eu possa dar uma escapada das oferendas e te aquecer debaixo dos lençóis. — Muito mais próxima ao corpo da morena, Ierra desceu a mão esquerda pela extensão do quadril até a virilha coberta pelo metal da armadura.
Iduna conteve o fôlego e ficou rígida diante da atitude.
— Acredita que sou sua meretriz ou o que. — Murmurou tentando lutar contra o desejo ardente por mais toques como aquele.
Ierra sorriu perversa enquanto roçava o nariz na lateral da mandíbula de Iduna.
— Pode-se considerar minha amante ou... Minha fêmea. — Debochou puxando a cintura da titã com a mão direita para colidir levemente contra a sua atrás.
— Vá para o inferno. — Xingou Iduna, afastando-se da guerreira.
— Que hostil. — Lamentou a mulher mais velha fazendo biquinho, debochando da reação, obviamente.
Iduna quis enfiar a adaga na garganta daquela mulher em sua frente, mas conteve a vontade —, com o corpo ainda tomado por tanto calor que parecia derreter sua pele, ela disparou para fora do jardim furiosa.
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𝗔 𝗧𝗶𝘁𝗮̃. [Finalizada]
De TodoUm reino distante da terra onde vivem os mortais dividido por uma muralha. Um humano que foi obrigado a ir construir tratado de paz. Para que os titãs deem melhores condições de vida para os escravizados mortais a qual só restaram miséria e restos...