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Amenade estava sobre seu alazão preto de tamanho proporcional ao corpo dela, Tito ficou na frente de seu corpo, os braços longos da mulher belíssima, o protegiam de cair diretamente no chão, caso o animal mando resolvesse testar a força da ossada dele. Nad puxou as rédeas do cavalo, Tito assustou-se, saindo da hipnose do olhar nas coxas expostas que eram beijadas pelo vento refrescante, trazendo o perfume sensacional e único da rainha.
Adentrando a estrada de ladrilhos cinza-escuros, os dois foram envolvidos por sombras esquisitas, um covil seguia à frente, findando o céu colorido e vivo, e trazendo à tona a escuridão. Acima, havia uma imensa rocha, a montanha e o desfiladeiro que a seguia dali.
Entrando naquele covil de paredes rochosas com estalactites e muita poeira, Tito entrou em estado de choque, quase gritando ao ver corpos em decomposição pregados às paredes, aquilo era ainda mais medonho que a cidade dos tormentos. Cheiro de mofo e enxofre invadiu o nariz fino dele. O príncipe sentiu calafrios por toda coluna, o estômago embrulhou tanto, que quase ele vomitou as goiabas e outras guloseimas consumidas no café da manhã na morada de Nad.
— Por que você tem mania de trazer-me para esses lugares mal-cheirosos e horrendos, Nad? — Tito não quis ser reclamão, porém, aquilo era nojento de suportar, engolidos pela escuridão, Nad iluminou o caminho com uma pequena fração da magia dela, contida na mão direita livre. A titã de botas encouraçadas, soltou um sorrisinho divertido, achando engraçado.
— Prometo que será rápido. — Informou com a voz graciosa, sendo carinhosa.
Tito ainda iria acostumar-se com aquilo, conforme o tempo passasse. Faria um esforço por sua amada companheira.
A coroa dourada e arredondada dele, contendo rubis chamativos, pesava e ficava escorregando devido à maciez dos cachinhos, Nad achava tão fofa, a tentativa dele de mantê-la em sua cabeça.
Ela estava passando de corte em corte, para verificar se tudo andava conforme os planos que havia colocado em execução, para que tudo saísse perfeitamente, Amenade precisava vistoriar se as ordens que dera, estavam sendo cumpridas à risca. Porém, parecia incomodada com algo, movendo o olhar de maneira estranha, talvez ansiosa, aflita. Tito ignorou, pensando ser devido aos diversos afazeres de rainha dela.
A próxima seria a corte de fauna e flora, depois a corte das almas, e a cidade dos tormentos, e etc.
Espinhos pontudos começaram a fazer parte daquele túnel escuro do covil. Tito sentia cada vez mais, que uma hora ou outra, iria acabar se acidentando, atrapalhando e azarado como era, não demoraria muito para isso acontecer.
Uma hora e meia depois.
Ierra e Denala pegaram o bico de pena usado para escrever, que a irmã delas havia utilizado para escrever com a caligrafia perfeita, um pedido de reposição dos suprimentos alimentícios, vindos da aldeia de Tito. Também solicitou ao alfaiate, a confecção de roupas e sapatos para o habitantes das montanhas dos horrores.
Encarando o príncipe tímido ao lado da rainha, com aquele jeito atrapalhado dele, as duas assustadoras irmãs negras, sorriram divertindo-se com a timidez dele.
— Então, agora acredito que partiremos. — Amenade suspirou, preguiçosamente.
A mulher esguia dos cabelos repicados e curva dos olhos remetentes às de um felino, acariciou a pele do próprio cotovelo descoberto, aguardando a partida da irmã.
— Agora, eu e Tito temos assuntos particulares para tratar. — Nad esboçou um sorrisinho banhado em luxúria e despindo o humano de conjunto preto de veludo ao lado dela, todo avermelhado pela vergonha, ele entendeu a mensagem subliminar e esbanjou um sorrisinho safado ao imaginar coisas indecentes.
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𝗔 𝗧𝗶𝘁𝗮̃. [Finalizada]
NezařaditelnéUm reino distante da terra onde vivem os mortais dividido por uma muralha. Um humano que foi obrigado a ir construir tratado de paz. Para que os titãs deem melhores condições de vida para os escravizados mortais a qual só restaram miséria e restos...