Capítulo 11

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Clara 🌷

Subi o morro, com o coração apertado. Me encostei no beco e respirei um pouco.

Esse filha da puta vai foder minha vida mais ainda!

Vi o Guxta vindo e uma paz imensa, invade meu coração.

Guxta : Ta maluca de ficar aí parada? - Riu pegando as sacolas.

Clara : Respirando um pouco. - Ri fraca.

Guxta : Vem, vamo pra casa. - Segurei no braço dele.

O moleque da dois de mim.

Fui caminhando com ele até a casa que o Talibã tinha arrumado pra ele.

Clara : Bonitinha até. - Olhei tudo em volta. - Pelo menos isso o Talibã soube fazer que preste. - Ri fraca.

Guxta : Dá pra mim trazer uma nega maneira pra cá, acha não? - Olhei com cara de nojo pra ele, que deu risada.

Clara : Me respeita, garoto! - Bati no ombro dele.

Abri as sacolas e fui colocando as coisas que eu trouxe pra ele.

Eu tinha um emprego muito bom na Bolívia. Foram 19 anos trabalhando lá e não gastei em muita coisa pra mim. Só arcava com as minhas despesas, comprava umas roupas e essas coisas que são necessárias.

Clara : Tu não quer largar essa vida e ir morar comigo? - Ele revirou os olhos.

Guxta : Não, mãe. Eu tô bem, de verdade! - Falou seco.

Clara : Essa vida de bandido não é pra tu. Eu não quero isso pro meu filho.

Guxta : Não tá no teu querer, tá no meu. - Percebi ele ficando bravo.

Clara : Vem morar comigo. O Talibã vai entender. - Ele levantou bravo.

Guxta : Caralho! Vai foder com a nossa relação que não tem? Já disse que não quero, quero ficar aqui com meu pai. - Falou alto e eu assenti.

Clara : Tá tudo bem. - Me levantei. - Teu pai tá conseguindo fazer contigo, o que ele fez comigo. Só que nessa brincadeira, eu saio ganhando. - Beijei o rosto dele e sai.

Talibã. | Part. 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora