Capítulo 37

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Guxta 🐊

Depois que eu saí da casa da Sofia, encontrei a Julia. Ela tá estranha comigo, desde aquele dia.

Peguei no braço dela e arrastei pro canto.

Guxta : Qual é? Tu é a melhor pessoa que eu conheci aqui. Eu já disse que nem lembro da parada que aconteceu. Fica assim comigo não! - Ela bufou.

Julia : Eu não consigo esquecer, cria. - Me olhou.

Guxta : Dá um jeito aí, na moral. - Ela riu.

Julia : Eu tô gostando de tu, mané. - Eu ri e ela fechou a cara. - Tô falando sério.

Guxta : Bora acabar com isso aí, em. Pai não gosta de ninguém não! - Cheguei perto dela. - A gente pode se pegar às vezes, mas não vem com isso que gosta de mim não, na moral. - Ela cruzou os braços, me olhando. - A gente tem uma relação maneira, não fode com isso! - Sentei na calçada, fumando um cigarro. - Quer? - Ela assentiu e eu passei pra ela.

Julia : Eu não sou uma pessoa que tu se apaixonaria? - Revirei os olhos.

Guxta : Não, cara! Não é essa a questão, entende? - Ela concordou. - Passar a visão pra tu.. tu é uma mina firmeza, ta ligado? Maneirinha, faz um bagulho bom, tu é legal e essas paradas tudo. Mas eu que não quero, eu que tô afim da minha paz. E pô, a gente é primo. - Fiquei articulando com as mãos e ela assentiu.

Julia : Tu quer todas, é isso? - Assenti, com o cigarro na boca. - Típico de vocês! 

Guxta : Gosto de me prender não. Mas tu é firmeza, pô! - Fechei os olhos, soltando a fumaça.

Julia : Preciso ir! Tenho que ir ver meu pai. - Ela levantou e eu fiquei olhando ela andar.

Parada maluca!

Aí, não posso dar mole por aqui. Meu pai me avisou, passou a visão de tudo. Mas eu não tenho medo do cria, bato de frente. Mas meu pai falou que era pra mim ficar distante disso.

Só obedeço!

Talibã. | Part. 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora