Capítulo 15

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Talibã 🤬

Fui pro alto do morro, me sentei e fiquei jogando umas pedras, pensando na vida.

Só desgraça, cria!

Quando eu fico com a mente vazia, eu lembro de tudo. E principalmente, daquela filha da puta.

Ela faz falta, faz falta ficar com ela. Ficar agarrado com ela, fumando minha maconha e apertando aquela bunda dela.

Comecei a surtar e uma vontade de ir onde ela. Mas eu não vou. Não vou! A maluca quer tirar minha cria.

Escutei passos e me virei rápido, vendo a garota feia que tinha me dado noite passada.

Talibã : Qual foi, cria? - Cocei a cabeça, sem paciência.

Mirele : Calma aí. - Sentou do meu lado. - Só quero te dizer que eu não contei nada pra ninguém. - Me olhou. - Meu pai não pode ficar sabendo.

Talibã : Teu pai é meu cria. Foi um erro do caralho o que a gente fez. - Ela assentiu. - Não espalha mais nada, papo pa tu. - Falei calmo. - Agora vai embora! Quando eu te chamar, tu aparece.

Ela levantou e beijou minha cabeça.

Maluca!

Espero ela se distanciar mais e saio pra boca.

Vou caminhando até lá e vejo o Teteu com a boca inchada.

Talibã : Qual é? Um beijo desse jeito? Foi violento. - Gastei e o Ls riu.

Teteu : O filha da puta do teu filho fez isso comigo, porra. - Eu ri, acendendo o cigarro.

Talibã : Problema de vocês. - Soltei a fumaça. - Só não quero ninguém se matando na minha quebra. - Deixa ninguém entrar aqui não. Quero só minha paz! - Ls assentiu.

Fiquei na salinha, sentei e puxei a gaveta que tinha minhas paradas.

Fiquei fumando meu cigarro e contando as paradas da boca.

Vi drogas, carregamentos, armas, propina. Tudo isso dá dinheiro, mané.

Tenho minha aliança com os faixas, mas nada na favela é de graça.

Tudo tem seu preço, ta ligado?

Fico de cabeça baixa, quando vejo a porta se abrir e a Clara entrar feito um furacão.

Talibã. | Part. 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora