Capítulo 32

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Escutei o carro dela estacionando e desliguei a TV. Tentei levantar, mas não dava. Meu joelho tava doendo muito.

Gio : Caralho! Foi feião. Como tu conseguiu vir pra casa? - Apareceu na porta, vindo me ajudar.

Apoiei o braço nela, e forcei a perna. Gritei de dor e ela foi me ajudando. Aí, parada insuportável!

Fui conversando com ela, até chegar no carro. Ela me ajudou a entrar e eu apoiei o pé direito.

Ela entrou e a gente foi saindo. Passamos em frente a casa do Guxta e eu vi ele saindo. Sempre do mermo jeito. Camisa no ombro, peça na cintura, havaianas e o cigarro na orelha.

Fiquei pensando, na noite em que ele me trouxe. Me fiz de bêbada, pra ver o que ele fazia. Mas aí, o moleque me respeitou. Me deu a cama dele e dormiu no chão. Me ajudou a banhar e cuidou do meu pé. Depois tenho que agradecer por isso.

Problema é que a prima dele vive grudada nele.

Gio : Tá me ouvindo, porra? - Sai dos meus pensamentos, olhando pra ela.

Sofia : Não, quê.. ? - Ela bufou, falando tudo de novo.

Gio : Tu dormiu com o Guxta? - Neguei. - Poxa, achava que sim.

Sofia : Não, sai dessas cria! Ele só me ajudou.

Gio : Poderia pegar ele. Tá na cara que ele curte tu. - Ri.

Sofia : Ele é traficante, não! - Ela me olhou, mas depois voltou a atenção pro volante.

Gio : Teu pai é o quê? Teu irmão? Tua mãe? - Fingiu tosse. - Ah,  Pensei que eram empresários. - Eu ri.

Sofia : Meu pai é empresário. Tem uma empresa de drogas. - Ela riu. - Mas aí, brincadeira. Eu não curto não. Não quero! Sei lá, não é pra mim. Ele é meio grosso e parece ser bem arrogante.

Gio : Ah, sacanagem!

A gente foi indo pro hospital, até chegar lá.

Eu entrei e depois de algumas horas, eu fui atendida. Ele fez umas paradas lá no meu pé e passou algumas recomendações e remédios.

Passei na farmácia e comprei tudo que precisava.

Voltamos pra casa, escutando uns funks.

Agradeci ela, que me deixou na minha casa.

Entrei na mesma, e ouvi a voz do Guxta atrás de mim. Virei pra ele rapidamente e dei uma risadinha de canto.

Guxta : Quê que deu? - Encostou na parede, acendendo um cigarro.

Sofia : Tá tudo bem. Só tá bastante machucado. - Ele assentiu, virando o rosto pro lado, soprando a fumaça. - Obrigado por ter me ajudado, pô!

Guxta : Que nada, mané!, Tá tudo mec. - Riu fraco.

Aí, que puta sorriso!

Sofia : Teu sorriso é bonito. - Ele riu.

Guxta : Qual é? Tá me dando mole? Eu pego, em. - Foi saíndo, dando risada.

Garoto se acha, ala!

Talibã. | Part. 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora