Bloodline (livro um)

Capítulo 04 - A seleção (parte I)

Olívia Mikaelson

A minha felicidade por estar indo estudar nessa escola é indescritível. Papai me disse que começarei meus estudos de imediato.

Meu pai está nervoso e preocupado com essa mudança, eu sinto, mas também sei que ele só quer o que for melhor para mim.

Eu prometi a ele que teria cuidado e que o visitaria todos os finais de semana que eu conseguisse, jamais negaria a ele um pedido desses.

Achei a vinda de toda a família até aqui um grande exagero, mas eu nunca poderia julgá-los, não depois do que passaram. Meus pais passaram por um inferno quando Hope era criança e agora fazem o possível para que a história não se repita comigo. Eu respeito isso.

Minha família sobreviveu a muitas batalhas ao longo dos séculos, mas a batalha mais feroz que enfrentaram foi a de manter a Hope viva.

Nessa nova escola terei a oportunidade de concentrar toda a minha magia numa fonte, a varinha, isso com certeza vai facilitar demais para que as pessoas não descubram meu segredo.

Meus pais pediram ao diretor para que eu pudesse ter um quarto privativo, assim sempre que eu quiser, poderei usar a minha magia sem ser vista por ninguém.

Estou ansiosa para conhecer as pessoas daqui... eu nunca tive muitos amigos devido a minha família "levemente" paranoica, mas espero que isso mude em breve.

Minha família me acompanha de volta ao castelo e deixam as minhas malas junto com as malas dos demais alunos que estão chegando aqui. Minha mãe comprou uma belíssima gatinha branca de olhos azuis para mim.

- Filha, sabe que quando quiser é só me chamar que eu venho te buscar no mesmo minuto e te levar para casa, não sabe? - papai pergunta com um olhar de preocupação.

- Eu sei, papai. Não precisa se preocupar comigo, eu vou ficar bem. - o conforto.

- A casa vai ficar tão silenciosa sem você lá. - Hope brinca com um sorriso.

-Eu também vou sentir sua falta, Hope. - respondo a abraçando.

Sei que esse é o jeitinho dela de expressar que vai sentir minha falta.

- Não se esqueça de dar um nome para a sua gata, Liv. - resmunga minha mãe me dando um último beijo antes de se juntar aos outros, me deixando somente com o meu pai.

-Papai? - o chamo.

- Sim, meu amor. - responde.

- Eu te amo! Obrigada por me deixar ficar. - o abraço mais uma vez antes que ele vá.

Klaus Mikaelson

Eu a abraço com força e deixo um longo beijo em seus cabelos loiros. Ela é muito nova, só tem onze anos... eu não sei o que faria sem ela na minha vida.

Eu já não sei mais como eu viverei sem as minhas filhas, já que cada uma optou ir para uma escola diferente e ambas longe de mim... mas de uma coisa eu tenho certeza, se para elas ficarem seguras é necessário que nos afastemos por um tempo, é exatamente o que faremos.

- Vá, filha, você precisa se juntar aos outros alunos para as apresentações. Vá vestir seu uniforme e cuide-se.

-Papai... - por um minuto percebo que ela falha.

- O medo do novo é normal, amor. Você é a bruxa mais talentosa que eu já conheci, não há nada nesse mundo que você não possa fazer. - ela corre para me abraçar uma última vez.

- Eu te amo, Olívia. Te amo mais que todos os dias e noites, mais profundo que os oceanos e os céus.

- Cuide-se, querida! - exclama Rebekah se aproximando.

Nós ficamos em silêncio assistindo ela partir e em seguida vamos embora.

Olívia Mikaelson

Esse castelo é imenso! Cada detalhe dele é surpreendentemente maravilhoso.

Preciso colocar o meu uniforme antes de me encontrar com os outros alunos. Rapidamente corro até o banheiro mais próximo para trocar de roupa.

A saia do uniforme é um tom de cinza horrível, porém com um tênis branco acredito que o meu visual ficou razoavelmente melhor.

Antes de sair dou uma ajeitada no meu cabelo e vou ao encontro dos outros estudantes que estão parados na escada em frente a professora Minerva.

Enquanto caminho para a multidão, consigo apreciar cada detalhe desse lugar. As paredes com textura de cimento não muito bem alisado, o chão levemente empoeirado e toda essa vista pela frente me fazem ficar cada vez mais com vontade de ficar. Aqui parece a minha casa.

- Atenção, por favor. - pede a professora.

- Aqui em Hogwarts vocês serão selecionados e separados por casas. Cada uma das casas tem suas características e valores próprios. A casa da Grifinória, fundada por Godric Gryffindor, é a casa que valoriza feitos de coragem e superação pessoal. Seus estudantes tendem a ser bastante aventureiros, mas se destacam, sobretudo, pela lealdade. A casa de Lufa - lufa, fundada por Helga Hufflepuff, é a casa que valoriza a honestidade, dedicação e acima de tudo, a amizade. Os alunos dessa casa são pessoas admiráveis e leais. A casa de Corvinal, fundada por Rowena Ravenclaw, é a casa que se destaca por sua inteligência. Os bruxos pertencentes à corvinal se destacam por sua sabedoria, criatividade e personalidade única. Por último mas não menos importante, temos a casa de Sonserina, que foi fundada por Salazar Slytherin, essa casa valoriza muito a ambição e a grandeza. Seus alunos tende a serem sempre determinados em buscar a grandeza. Bom, agora que vocês já conhecem as casas, vamos de fato descobrir para que casas estão destinados. Por favor, sigam-me.

Após o seu discurso, todos seguimos a professora para um grande salão no qual tem vários alunos sentados aplaudindo a nossa entrada. São quatro grandes mesas, e lá na frente os professores sentam-se numa mesa degraus mais alta que o restante do salão.

De longe consigo ver treze professores sentados à mesa e duas cadeiras vazias. Minha visão detecta um homem extremamente grande e cabeludo como eu nunca havia visto antes, o que me faz soltar um riso baixo.

Volto a minha atenção para a longa caminhada com todos nos observando. Todos nós, os alunos novos, ficamos parados de frente para um banco até a professora Minerva tomar a palavra.

- Atenção, por favor! - pede abrindo um pergaminho.

- Vou chamar cada aluno novato aqui presente, assim que ouvir seu nome, por favor, venha ao meu lado, sente-se na cadeira e o chapéu o selecionará para sua casa. Vamos começar. - explica.

Todos ficam parados à espera de seu chamado. A ansiedade só aumenta a cada nome que ela chama.