Capítulo 08 - Você é fraco!

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Olívia Mikaelson

Após o banquete resolvo voltar ao meu quarto, mesmo com tudo que aconteceu eu sinto muita falta da minha família.

Ao chegar no quarto, coloco tudo que estava na minha na mala em seu devido lugar. Esse quarto tem sido meu há tanto tempo que nem consigo me lembrar da primeira vez que entrei aqui.

Quando finalizo a organização, corro até o meu armário e pego um pote de sal grosso e com ele desenho um círculo no chão.

Eu me sento com as pernas cruzadas dentro do círculo e recito o feitiço que eu mesma criei de projeção astral.

Projeção astral

Quando abro os meus olhos e me levanto vejo que estou no quarto do meu pai e pelo barulho ele com certeza não está sozinho.

Com os olhos semi abertos viro para encará-lo e vejo uma mulher loira o beijando, provavelmente Camille, já ouvi falar dela.

- Eca!!!! Você poderia sair de cima do meu pai? - peço fechando os olhos rapidamente com nojo e vergonha.

- E quem é você? - ela pergunta cobrindo o corpo rapidamente,

- Adivinha só... eu pedi para você sair de cima do meu PAI, então. Você não é muito esperta, não é? - respondo de forma irônica.

A loira revira os olhos.

Meu pai me encara tentando aliviar a tensão.

- Ela é minha filha caçula, Olívia. - ele nos apresenta.

- A Hope é mais educada. - responde me encarando feio.

- A ex namorada era mais bonita, mas você não me ouviu reclamando, não é? - pergunto sarcasticamente.

- Você pode ir agora, Camille. - resmunga meu pai cortando a conversa e a mandando embora.

Ela me encara com raiva e sai andando pelada pelo quarto.

ECA!

Eu rapidamente me viro para aguardar meu pai se vestir, e ele como o ótimo pai que é se veste em segundos. Ótimo, eu não precisava de mais traumas por hoje.

- Vamos sair desse quarto, ok? - ele ri passando seu braço pelo meu pescoço e dando uma risada constrangida.

Eu sabia que ele ia rir.

- A Hope está aqui? - pergunto caminhando com ele até o pátio.

- Está. Hope!! Sua irmã chegou. - ele grita a chamando.

Escuto de longe o barulho dela calçando os sapatos e saindo do seu quarto. Na velocidade que ela está vindo, ela me encontrará em cerca de seis minutos.

- Obrigada papai. Eu não quero vê-la. - solto um pequeno suspiro de derrota.

- Você não está sendo justa com ela, Liv. A Hope teve uma vida conturbada e acabou de perder a mãe... pega leve com ela. - meu pai pede.

- Ela não foi a única que perdeu a mãe... mas é claro, eu pego leve com ela. - resmungo vendo ela se aproximar.

Quanto mais perto ela chega, vejo ela abrir os braços para me abraçar. Meu pai me encarou curioso para saber como vou reagir.

Ela é minha irmã e eu a amo, é claro, mas ela fez muita burrada e essas burradas custaram vidas de pessoas que eram importantes para mim.

Eu vou perdoá-la com o tempo, mas ela precisa entender que as drogas das ações dela tem consequências.

Quando ela se aproxima seu abraço apertado me envolve, por apenas alguns segundos eu deixo a minha raiva de lado e retribuo seu gesto de carinho.

- Liv, eu sinto sua falta... a casa fica muito silenciosa sem você aqui. - ela resmunga me liberando de seu abraço.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora