Bloodline (livro um)

Capítulo 38 - Fazendo tudo por amor

Billy Maximoff

— Sinto muito que você teve que quebrar o pescoço dela. — exclamo.

— Tudo bem, contanto que você já tenha bolado algum plano. — responde.

— O que aconteceu com ela? — Riddle pergunta. Na mente dela, eu vi coisas, e eu preciso que ele seja sincero.

— Você sabe que ela não é uma simples bruxa, certo? — pergunto e ele afirma com a cabeça.

— Eu preciso que você me deixe entrar na sua mente. Eu vou te mostrar algo que vi na mente dela, e com base na sua reação, saberei se podemos contar com a sua ajuda. — sussurro e ele apenas concorda.

— Ok. — resmunga.

Eu ascendo meus olhos novamente e entro em sua mente, lá deixando que ele veja fragmentos das memórias dela.

Mente de Olívia

Eu estou quebrada, estou lutando para não sentir nada mas Malfoy me destruiu por dentro e me sinto ainda pior por saber que eu estava namorando um enquanto gostava de outro, será que isso é recíproco? Eu não quero mais sentir, não posso mais sentir, e isso dói tanto.Eu não vou mais sentir. Não vou mais me machucar. Eu passei a minha vida toda cuidando dos outros. Cuidando para que eles não se machucassem. Passei a minha vida toda tentando deixá-los a salvo. Seguros.

Mas agora isso acabou, Olivia Mikaelson, a bruxa boa está morta. De hoje em diante ninguém vem acima de mim. Ninguém importa mais do que eu. Eu sou uma rainha sem coroa e me recuso a sentir algo novamente.

E se alguém ficar no meu caminho. Eu o matarei. Agora eu sou o que eles devem temer.

Mattheo Riddle

Eu fecho os meus olhos e vejo os fragmentos de pensamento dela como se fosse um vídeo passando na minha cabeça. Fico chocado ao saber que ela gosta de mim, provavelmente tanto quanto eu gosto dela. Como não percebi os sinais? Como não percebi os sinais dela ou mesmo os meus?

— O que você sente por ela? — o seu irmão pergunta.

— O mesmo que ela. — sussurro envergonhado.

— Ótimo, você não pode sair de perto dela. Finja que é namorado dela, mostre o que sente por ela. — ordena.

— E como isso vai ajudar? — pergunto.

— Se ela ver que além dos irmãos alguém se importa com ela, talvez ela ligue a humanidade novamente. Você é a nossa melhor chance, Riddle. — um dos irmãos comenta.

— Como será o humor dela com a humanidade desligada? — pergunto a fim de saber com o que terei que lidar.

— Basicamente, uma vadia, sarcástica, cruel que não liga para ninguém além dela mesma. — responde Tommy rindo.

— Nós conversamos com Dumbledore mais cedo, ele nos informou que foi aprovada a nova regra de que os quartos podem ser mistos e perguntamos se ela poderia ficar com a gente aqui, mas Dumbledore colocou ela no seu quarto com o seu irmão, então, ajude ela, Riddle. Acredito que nessa situação, somente você poderá ajudá-la. — Billy sussurra levemente cabisbaixo.
Não acredito que o diretor aprovou os quartos mistos e não acredito que ela ficará no meu quarto, com o meu irmão lá.

Olivia Mikaelson

Eu abro meus olhos e estou em um quarto diferente. Estou com uma dor imensa no pescoço; deveria matar Tommy e Billy do mesmo jeito que eles tentaram me matar.

Quando olho para o lado, estou em uma cama de casal com duas camas também de casal de cada lado; do meu lado esquerdo está Mattheo Riddle e do meu lado direito está Tom Riddle.

— Que porra é essa? — grito e acordo os dois.

— Por que você está gritando às duas da manhã? — pergunta Mattheo com a voz rouca, sentando-se na cama dele e me olhando. Tom me encara e volta a dormir.

— Por que estou no quarto de vocês? — pergunto.

— Dumbledore aprovou os quartos mistos, porém não permitiu que você ficasse com os seus irmãos, então ele colocou você aqui comigo e com o meu irmão. — responde.

Seu rosto está levemente inchado. Acredito que estava dormindo há no mínimo uma hora.

— Por qual motivo aquele velho me colocaria no seu dormitório? — pergunto.

— Olha, eu não faço ideia. Mas você pode perguntar a ele pela manhã. Agora cale a boca e vá dormir. — resmunga antes de se deitar e fechar os olhos.

Ótimo.
Dumbledore me colocou no pior quarto possível.