Capítulo 59 - De volta ao passado

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Flashback

*Este flashback ocorre após a invasão de Marcellus e seus vampiros. Klaus aceita ser torturado por alguns anos para que Freya possa encontrar a cura para a mordida de Marcel.*

Niklaus Mikaelson

Marcel me trouxe a julgamento por meus pecados contra vampiros e humanidade até agora; vários inimigos meus estão aqui. Hope e Olívia estão presas com correntes mágicas ao lado de Marcellus, que prometeu não fazer mal a elas se eu me entregasse.

— Como ousa acorrentá-las? — grito enquanto a multidão me joga coisas.

Ele corre até mim e sussurra:

— Não machucarei elas, eu só coloquei algemas para que não possam me impedir. — ele resmunga, encostando em meu peito.

— Você pagará por tudo que fez a todos aqui, Klaus, e vai pagar hoje! — grita.

Sinto alguns homens me levantando até perceber que meus irmãos estão aqui. Eles estão feridos, mas mesmo assim estão aqui.

— Peguem elas e vão embora. — grito sendo levantado.

— Nós não vamos te abandonar, Nik. — chora Rebekah.

— Cuide da nossas filhas, Hayley. — imploro, e ela balança a cabeça afirmando.

(Hayley morreu seis anos depois desse flashback).

— Saiam daqui. — grito implorando.

E então Marcellus diz: — Essa é uma faca especial; ela tortura causando alucinações em quem foi cortado por ela, e essa é sua sentença, Niklaus, tortura até o fim dos tempos. — então ele enfia a faca em mim, e eu grito de dor com ela rasgando a minha pele.

— Não, você não tinha o direito. — escuto Hope gritar e chorar.

— Solte ele Marcel, ele é nosso pai. Não faça isso com ele, ele é seu pai também. — Olívia grita chorando.

— Sinto muito, meninas, mas ele precisa pagar pelo que fez. — ele responde se aproximando delas.

Mesmo morrendo de dor, eu junto minhas forças e corro, colocando-me entre eles.

— Elas não são mais suas irmãs, não chegue perto delas, ou eu te mato, Marcellus.
Isso dá tempo suficiente para Hayley e o restante da família pegá-las e ir embora correndo.

— Não, papai!!! — é a última coisa que escuto Olívia dizer.

Olívia Mikaelson

Marcel veio até o complexo com alguns amigos esta tarde e pediu para conversar comigo e com Hope. No instante que nos aproximamos deles, dois vampiros vieram correndo e prenderam nossas mãos com correntes mágicas; Hope me disse uma vez que essas correntes impedem bruxas de praticarem magia, seja ela magia de coven ou magia negra.

— Eu sinto muito que tenha que ser assim. Mas não se preocupem, eu não deixarei que ninguém as machuque. — Marcel diz se aproximando de nós.

Hope me coloca atrás de seu corpo e usa a si mesma como um escudo.

— Então por que estamos acorrentadas? — ela retruca a ele.

— Vocês jamais entenderiam... Mas eu prometo que sempre estarão seguras comigo. — responde.


— O que você fez, Marcel? — pergunto num pequeno sussurro.

Minutos depois, o pátio do complexo vai aos poucos enchendo de pessoas, e uma na multidão me é familiar. Papai?

— Como ousa acorrentá-las? — ele grita, e a multidão a sua volta joga objetos nele em sinal de reprovação.

— Você pagará por tudo que fez a todos aqui, Klaus, e vai pagar hoje. — Marcel grita.

Alguns homens levantam meu pai, e meus tios e minha mãe aparecem no meio da multidão.

— Peguem elas e vão embora. — meu pai grita enquanto é levado por homens estranhos.

— Nós não vamos te abandonar, Nik. — grita tia Rebekah.

— Cuide de nossas filhas, Hayley. — papai parece desesperado, e minha mãe apenas concorda com a cabeça.

— Saiam daqui. — ele grita implorando.

E então Marcel protesta: — Essa é uma faca especial; ela tortura causando alucinações em quem foi cortado por ela, e essa é sua sentença, Niklaus, tortura até o fim dos tempos. — e então Marcel enfia a faca no abdômen do nosso pai. Os gritos de dor dele são agoniantes.

— Não, você não tinha o direito. — Hope grita e chora.

— Solte ele Marcel, ele é nosso pai. Não faça isso com ele, ele é seu pai também. — grito chorando. Como ele pode?

— Sinto muito, meninas, mas ele precisa pagar pelo que fez. — ele responde se aproximando de nós.

Antes que ele possa chegar perto o suficiente, nosso pai se coloca entre nós.

— Elas não são mais suas irmãs, não chegue perto delas, ou eu te mato, Marcellus. — grita nos protegendo com seus braços. Minha mãe corre e nos tira de perto deles.

— Não, papai!!!! — grito tentando protestar, mas isso não adianta.

Fim do Flashback

Olívia Mikaelson

Eu acordo gritando, o que faz com que todos no quarto acordem assustados.

— O que aconteceu? — eles perguntam ao mesmo tempo.

— D-desculpa, foi um pesadelo, eu não consigo... — antes que eu termine de falar eu começo a chorar.

— Malfoy, pegue um copo de água para ela. — Mattheo pede, e Tom se aproxima da cama e se senta ao nosso lado.

Eu abraço meus joelhos soluçando de chorar e só paro quando Malfoy volta com um copo de água; eu pego o copo e bebo. É estranho os três estarem tão preocupados comigo.

— Desculpem, podem voltar a dormir, não quis acordar vocês. — sussurro limpando meu rosto.

— Está tudo bem? — Malfoy e Tom perguntam praticamente juntos.

— Se precisar de algo me acorde. — pede Tom deitando em sua cama, e Malfoy faz o mesmo.

Mattheo Riddle

Eu a puxo para se deitar em meu peito e faço carinho em seu rosto; pela reação dela não me parece a primeira vez que ela acorda assustada assim.

— Está tudo bem, amor, eu estou aqui com você. — resmungo passando a mão pelo seu rosto molhado.

— Me desculpa por acordar vocês. — diz com uma voz rouca.

— Está tudo bem, quer me contar com o que estava sonhando? — pergunto.

— Posso? — pergunta se sentando ao meu lado.

— Claro que pode, você pode me contar tudo que tiver vontade. — respondo dando um meio sorriso para ela.

— Meu irmão mais velho, Marcel, fez meu pai de prisioneiro por cinco anos. Durante metade desse tempo, fiquei com a minha tia Rebekah; passamos boa parte desse tempo em Paris nos escondendo do meu irmão. E a outra metade passei com a minha mãe e minha irmã. Não foram anos muito gloriosos para a minha família; Marcel tentou matar todos. Meus tios e tias passaram um bom tempo presos em caixões. Eu, Hope e nossa mãe passamos um bom tempo fugindo e usando feitiços super complicados e poderosos para nos escondermos. Já meu pai... bom, ele foi torturado por cinco anos enquanto fugíamos e achávamos um jeito de resgatá-lo. — ela conta

— Isso é péssimo, sinto muito que isso tenha acontecido. — sussurro.

— Aconteceu; meu pai ficou com essa faca dentro dele por cinco anos, enquanto o restante da minha família estava em caixões dissecando até Hayley encontrar a cura para a mordida deles. — diz deixando algumas lágrimas rolarem de seu rosto.

— Eu sinto muito, princesa. — murmuro secando seu rosto e a puxando para um abraço.

— Sinto muito mesmo. — eu a abraço com força.

— Vem, vou te fazer dormir, só vou tirar essa roupa. — eu resmungo tirando o terno e ficando só de cueca; e quando olho pro lado, Malfoy e Tom estão só de cueca também.

Não gosto da ideia dela ver meu irmão e seu ex-namorado dormindo no mesmo quarto que ela de cueca.Eu me deito ao seu lado e faço carinho em sua cabeça até ela adormecer e eu também.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora