Olívia Mikaelson
Após nossa transa, eu e Mattheo adormecemos. Sou surpreendida pelo som da porta se abrindo e minha mãe entrando com uma expressão furiosa.
— Desçam, imediatamente. Seu pai e eu precisamos falar com você. — ela ordena, saindo logo em seguida. Levanto-me para me arrumar e Mattheo se junta a mim.
— Para onde você vai? — ele pergunta, com a voz rouca.
— Falar com meus pais. Quer vir junto? — ele concorda balançando a cabeça.
Vestimos algo e descemos as escadas juntos. Ao chegarmos lá embaixo, meu pai parte para cima de Mattheo, agarrando-o pelo pescoço.
— Você tem a audácia de vir à minha casa e deitar com minha filha? Sabendo que eu posso ouvir tudo? Sua vida está por um fio, garoto. — eu intercedo, empurrando meu pai para longe de Mattheo.
— Você sempre traz várias mulheres para cá e eu não posso? — questiono, desafiando-o.
— Não, não pode. Tenho mil anos. Quando chegar à metade da minha idade, talvez possa reconsiderar. — ele exclama.
Reviro os olhos.
— Volte a gritar comigo e será a última vez que fará isso. — rebato.
Ao olhar para trás, vejo minha mãe, meus irmãos e tio Elijah presentes.
— Estão planejando uma intervenção ou vão me trancar em algum porão e me dissecar até eu completar 300 anos? — pergunto, rindo.
Pego na mão de Mattheo e nos sentamos no sofá diante de todos.
— Vão começar a falar agora? — questiono, servindo um copo de uísque para mim e outro para Mattheo.
— Olívia, Billy e Tommy nos contaram o que aconteceu entre você e aquele garoto desprezível, e estamos preocupados com você, todos nós. — murmura minha mãe, com expressão preocupada.
Dou risada, levantando-me para encará-la.
— Acho que já é um pouco tarde para se preocuparem comigo, não acham? — pergunto, fazendo um biquinho.
— Não pode me culpar pelo que aconteceu, eu... — ela tenta se explicar.
— O quê? Esqueceu que tinha uma filha e foi fazer mais dois? Era isso que ia dizer? — interrompo.
— Não fale assim com sua mãe. — meu pai grita.
— Não grite com ela. — Mattheo responde, levando o copo de uísque à boca.
Vejo meu pai se aproximando de Mattheo.
— Toque nele e isso vai ficar muito feio muito rápido. — ameaço.
Elijah corre até meu pai e o acalma.
— Você está quieto, Marcel. Hoje não vai me desafiar, querido irmão? — provoco, sentando-me ao lado de Mattheo, que me abraça.
— Olívia, você está agindo como uma vadia. — Hope cospe as palavras.
— Ah, Hope, não se atreva a me insultar, quando você mal consegue cuidar da própria bagunça que causa. Sempre alguém tem que limpar o que você quebra. — provoco, rindo.
— A criança milagrosa que nunca quis nascer. Você, Hope, age como uma vadia mimada desde o dia em que nasceu. Quando fez aquilo para atrair eu e o papai para a cidade... ah, querida, você precisa aprender a se controlar. — continuo, com deboche.
— Não se atreva a mencionar a minha mãe. — grita, soltando uma lágrima.
— Ah, Hope, por quê? Não aguenta a culpa, não é? Ela era minha mãe também até você tirá-la de mim. — jogo a culpa da morte de minha mãe nos ombros da minha irmã.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bloodline (livro um)
FanfictionOs Originais vivem suas vidas normalmente após o nascimento de Hope, até uma ruiva vinda de outra dimensão aparecer e mudar tudo. Deixando para trás uma criança extremamente poderosa, e para sua segurança, a família original decide enviá-la pra Hog...