Capítulo 62 - Sangue puro

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Olívia Mikaelson

Depois de algumas horas chorando e adormecendo na cama de Tom, finalmente destranco a porta com magia, permitindo que os traidores entrem no quarto.

Mattheo Riddle

Eu e Malfoy entramos no quarto, e ela está deitada na cama de Tom, com ele fazendo carinho em seus cabelos loiros. Ela se levanta quando me vê e concentra sua magia para colocar uma nova cama entre a de Tom e a de Malfoy.

— Você não vai mais dormir comigo? — pergunto, encarando-a com as mãos nos bolsos.

— Por que dormiria? Não estamos mais juntos. — responde, olhando para mim. Olho para ela, espantado.

— Não terminamos, eu não a beijei. Droga, Olívia. — eu grito.

— Ah, não? Então quem beijou? O Draco? Ah, espera, ele também a beijou. — debocha, levantando as sobrancelhas e dando as costas para mim.

— Não dê as costas para mim, eu sou seu namorado. — grito, pegando em seu braço. Ela pega meu braço, chega perto de torcê-lo, se aproxima de mim e sussurra bem devagar.

— Você não é nada. — ela me solta e entra no banheiro, trancando a porta.

Draco Malfoy

Não consigo dizer absolutamente nada; apenas me aproximo de Mattheo.

— Você não a traiu, né? — ele faz que não com a cabeça.

— Mostre isso a ela, não cometa o mesmo erro que eu. Lute por ela, Riddle. — eu resmungo, virando-me para ir para a minha cama, até que ele segura meu braço e pergunta.

— Por que está me ajudando? Eu sei que você ainda a ama. — pergunta, soltando meu braço.

— Eu a amo, mas não a mereço. Você também não, mas por algum motivo, ela escolheu você. — respondo, olhando-o com desprezo.

— Não posso ser egoísta com ela. — cochicho, sentando-me em minha cama.

O silêncio toma o quarto até que Olívia sai pelada do banheiro. Fico olhando chocado por alguns instantes, assim como todos, até Mattheo cobri-la.

— O que estão olhando? — Mattheo grita, cobrindo-a com seu próprio corpo. Ela ri e sai de trás dele; eu e Tom desviamos o olhar.

— Não é nada que eles nunca tenham visto. — ela provoca, andando em direção ao guarda-roupa. Mattheo está ficando vermelho de raiva.

— Você está maluca, porra? Vai agir como uma vadia novamente? — e, de repente, a preocupação toma a sua voz.

— Você não desligou, né?

— Não, não preciso mais disso. Minha mãe estava certa, isso é para os fracos. Eu consigo muito bem deixar de me importar com você num piscar de olhos.

Mattheo Riddle

— Por favor, vamos conversar. — imploro, enquanto ela coloca suas botas.

Ela se vira para mim e responde. — Você tem trinta minutos, Riddle. — e vai me conduzindo até o banheiro para conversarmos em particular.

— Começando agora. — anuncia ela quando se senta no chão.

— Olívia, eu não a beijei, ela me beijou. Eu não retribuí o beijo, eu a tirei de perto de mim, e então você chegou. Por favor, me perdoe. — imploro, me ajoelhando no chão, pedindo para que ela me perdoe.

— Como posso confiar em você, Mattheo? — pergunta, olhando-me friamente.

— Você pode ver minha mente, me hipnotizar e me obrigar a te dizer o que realmente aconteceu. Qualquer coisa para tê-la de volta. — eu respondo.

— Ótimo, então pense no que quer me mostrar e se prepare, pois isso vai doer. — ela sorri, e eu engulo seco. Mas faria tudo por ela, mesmo que seja aguentar um pouco de dor.

Eu fecho meus olhos e penso em tudo que quero que ela veja, penso em toda a verdade, e abro meus olhos. Então, ela ascende seus olhos dourados, e suas veias pulam para fora. Eu instantaneamente a paro.

— O que porra você ia fazer? — eu pergunto.

— Quando um bruxo quer mostrar alguma coisa em sua mente, existem vários jeitos de ler. Uma delas é tomando o sangue do bruxo, e como estou com fome, podemos unir o útil ao agradável. — ela responde, levantando as sobrancelhas e acendendo os olhos novamente. Então, ela inclina meu pescoço e me morde.

— Caralho. — eu resmungo, fechando os olhos. — Isso dói, porra!

Olívia Mikaelson

Bebi o sangue dele, que como sempre tem um gosto peculiarmente delicioso; deve ser a maconha. Então, flashes aparecem em minha cabeça. Ele realmente não a beijou; a vadia está me testando. A morte dela será espetacular, eu garantirei isso. Solto seu pescoço enquanto apago meus olhos. Ele cobre a ferida, de onde ainda sai um pouco de sangue, enquanto eu limpo minha boca.

— Ah, pare de drama, Mattheo. — retruco, usando magia para curar seu ferimento.

— Você vai me perdoar? — ele pergunta, limpando o sangue da mão na pia.

— Vou, mas você vai me ajudar a me vingar da vadia. — respondo, abrindo a porta.

— Como? — ele pergunta.

— Tirando dela as coisas que ela mais preza. — ele me pega pelo braço e faz um sinal para que eu fale mais.

— Vou tirar a magia dela e, depois, o sangue puro do qual ela tanto se orgulha. E depois disso, eu vou matá-la. — respondo, saindo do banheiro.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora