Bloodline (livro um)

Capítulo 23 - Você é tão cheia de si

Olívia Mikaelson

Quando eu abro meus olhos eu me permito apreciar esse momento, minha cabeça está debruçada no abdômen sarado de Draco mas ao me lembrar da noite anterior a raiva volta a mim e eu o sacudo bruscamente para acordá-lo me saio da cama.

- Acorde, eu quero ir embora! - exclama trocando de roupa.

- Bom dia para você também! Que horas são? - escuto sua voz rouca se aproximar cada vez mais de mim.

Eu nem olhei que horas são, apenas me levantei querendo ir embora.

- Não importa, quero que me leve de volta para Hogwarts. - respondo em tom seco.

- Por que quer ir embora? Acabamos de acordar, vamos pelo menos ficar para o café da manhã. - pede se aproximando e agarrando minha cintura deixando pequenos beijos no meu pescoço.

Mesmo estando brava com ele, não posso resistir a ele.

- Tá bem, ficaremos para o café da manhã contanto que não demore muito eu tenho que me encontrar com uma pessoa ainda hoje. - provoco.

- Posso saber com quem? - ele questiona me soltando e finalmente colocando uma roupa.

- Mattheo Riddle, você deve conhecê-lo, até onde sei vocês são parentes. - debocho com um riso ladino.

No mesmo instante ele me encara com raiva.

- Por que você se encontraria com aquele patife? - pergunta me encarando.

- Caso tenha se esquecido, eu e ele estamos representando Hogwarts na competição. Temos que montar estratégias se quisermos ganhar. - respondo o óbvio.

- Eu não te quero perto dele. - ele resmunga segurando meu rosto.

- Oh, Draco, não sei se você percebeu mas eu não pedi a sua opinião e se você pensa que tem algum poder sobre mim, apenas saiba que você está errado. - respondo tirando sua mão do meu rosto.

- É o que veremos. - responde sorrindo e sumindo de vista.

Termino de me trocar e coloco uma jaqueta bege por cima do vestido azul de mangas cumpridas com pequenas bolinhas brancas.

Para a minha surpresa eu coloco uma meia branca e um tênis da mesma cor e antes mesmo que eu termine de amarrar os cadarços, escuto uma risada atrás de mim.

- Você quer me dizer algo? - pergunto me virando para ele e cruzando os braços.

- Você fica tão linda com esse vestido que nem parece ser capaz de matar alguém. - resmunga rindo.

- Eu sugiro que pare de rir antes que eu arranque esse sorrisinho da sua cara. - respondo levantando uma sobrancelha e lhe entrego um sorriso irônico.

Minutos depois um empregado entra no quarto com o nosso café da manhã servido em bandejas.

Assim que o empregado fecha a porta atrás dele eu uso minha velocidade de vampira e corro até ele o hipnotizando.

- Você não vai fazer nenhum pio. - afirmo olhando profundamente em seus olhos.

Ele não me responde, apenas concorda com o que eu disse.

No segundo seguinte sinto minhas presas saírem, minhas veias pulam para fora e eu rapidamente mordo seu pescoço sentindo o delicioso gosto do seu sangue.

ISSO É BOM DEMAIS.

Quando me sinto satisfeita, curo o local da mordida e o hipnotizo novamente para ter certeza que ele não se lembrará de nada disso e em seguida eu solto seu corpo mole no chão.

Draco revira os olhos e me encara.

- Precisava matá-lo? - esbraveja.

- Não seja dramático, ele não está morto, só está desacordado. Ele vai ficar bem. - respondo.

Ele revira os olhos e finalmente pega nossas malas para irmos embora.

Eu lhe estendo minha mão direita e nos aparatamos para os portões do castelo onde para a minha surpresa, Riddle já estava lá.

Mattheo Riddle

Olho para os portões do castelo e vejo de relance uma loira com um belo vestido azul e com um idiota loiro ao seu lado.

Quando os meus olhos encontram os olhos azuis esverdeados dela tudo para por alguns instantes. Ela não faz ideia do quanto eu quero rasgar aquele vestido.

Eu jogo o baseado finalizando no chão e me levanto à sua espera.

Não posso evitar uma risadinha, é ridículo a forma como esse idiota a segue para todo canto.

- Algum problema, Riddle? - ela pergunta cruzando os braços.

Eu a encaro de cima com um sorriso ladino.

- Sabe, você fica bem menos intimidadora sem seus saltos. - comento com um sorriso sarcástico.

- Vai se foder, Riddle. - ela retruca sorrindo de maneira malvada.

- Você vai comigo? - provoco e aos poucos Malfoy se coloca entre nós.

- Algum problema, primo? - provoco.

- Tenha respeito pela minha namorada, seu idiota. - esbraveja me encarando.

- Respeito? Olha só, não vamos entrar em detalhes sobre o que eu tenho pela sua... namorada. - respondo levantando a sobrancelha.

Olívia não diz nada, apenas passa entre nós e começa a caminhar na nossa frente.

Nós nos encaramos e em seguida seguimos. É engraçado como dois caras extremamente altos e fortes seguem uma tampinha magrela pelo castelo.

No caminho até a comunal da nossa casa eu escuto vozes. Diversas vezes olho para os lados à procura da voz mas não encontro nada.

Malfoy está com as mãos no bolso e Olívia está caminhando à nossa frente.

Por um instante pensei estar ficando louco, mas então percebi que são os pensamentos dele.

Maldito, seus pensamentos impuros sobre essa garota me irritam, o que ela tem afinal?

Ela não passa de uma sonserina arrogante como todas as outras no castelo.

- Quem ele pensa que é? Não pedi para ele me achar extraordinária! - a voz suave de Olívia ecoa pela minha cabeça.

- Espera, como você sabe o que eu estava pensando? Saí da minha cabeça. - ordeno

- Eu poderia dizer o mesmo para você, Riddle. Meus pensamentos não estão mais disponíveis para você! - ela responde deixando tudo silencioso.

Ela me expulsou.

Depois de alguns minutos finalmente chegamos na comunal da sonserina.

- Bom, Draco, guarde as malas e Riddle, você vem comigo. - ordena apontando para o corredor.

- Quem disse que você está no comando? - pergunto me aproximando, mas ela me empurra.

- Eu sou mais rápida que você, mais forte que você, mais inteligente e mais bonita que você. Não sejamos bobos, o comando é meu. - responde me enviando uma piscada com um sorriso malvado.

- Mexam-se. - ela ordena.

Draco rapidamente entra na comunal e eu a sigo pelo corredor com as mãos no bolso.

- Você é tão cheia de si. - reclamo

- Você é tão chato, mas eu não estou reclamando. - retruca.