Capítulo 72 - A batalha final (parte 2)

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Olivia Mikaelson

Os gritos de ataque dos seguidores de Voldemort ecoam pelos corredores de Hogwarts, e sabemos que precisamos proteger o castelo o máximo possível para que Hermione e Rony tenham tempo de destruir a Horcrux que está aqui.

Ao olhar para o desfiladeiro, todos ficam apavorados.

— Santo Deus! — sussurro, deixando todos boquiabertos com o que vemos.

O maldito recrutou gigantes para o seu exército. Eles estão derrubando os guardas de pedra de Hogwarts e se aproximando cada vez mais de nós.

Decido tomar a frente e, com minha magia, corto a cabeça de um deles. É preciso muito esforço para matá-los, e quando finalmente consigo me concentrar em enfrentar o próximo, vejo duas figuras chegando ao meu lado. Ao olhá-las, não consigo evitar um sorriso.

Meus irmãos, Billy e Tommy, ascendem seus olhos e se juntam a mim para enfrentar os gigantes. Juntos, somos invencíveis.

Percebemos que alguns comensais já conseguiram passar por nós e, nas nossas costas, uma luta está acontecendo. Decido criar um escudo para nos proteger, pois não podemos cuidar de tudo ao mesmo tempo.

Após executarmos todos os gigantes que estavam no desfiladeiro, Billy voa com magia e captura um comensal no ar, desaparecendo dali voando. Eu e Tommy nos olhamos e continuamos a atacar. Voldemort ainda não apareceu, Potter sumiu da minha vista, e não consigo encontrar Mattheo.

Consigo facilmente me livrar de dois comensais e tento entrar no castelo quando sou atingida por um feixe de luz vermelha. Olho para ver quem me atacou e vejo um homem encapuzado.

— Olá, querida. Sentiu saudades? — pergunta, com aquele sorriso horrível.

— Nenhuma. — respondo, lançando uma bola de energia contra ele. Tento voar para sair dali, mas sou impedida por uma corda que me puxa para baixo, fazendo-me cair de cara no chão e quebrando o nariz. Levanto-me, colocando o nariz no lugar, e o encaro.

— Você realmente não se cansa de tentar me matar? — debocho, enquanto limpo o sangue do meu nariz. Ele grita e lança o feitiço Crucio em mim, fazendo-me cair no chão, agonizando de dor, até que uma luz vermelha se aproxima.

Alguém pousa no chão e, ao me virar, vejo minha mãe. Ela sorri para mim e ascende seus olhos.

— Por que não briga com alguém do seu tamanho? — pergunta ao homem, e antes que ele possa responder, ela o levita no ar e o espreme. Os gritos dele são música para meus ouvidos.

Levanto-me e a abraço.

— Oi, mamãe. — solto-a rapidamente e ela pergunta como estou.

— Estou bem, estão todos aqui? — pergunto e ela confirma com a cabeça.

— Marcel trouxe o exército de vampiros dele. Fique tranquila, vamos te proteger. Agora você deve ir, eu vou ajudar aqui. — murmura, e então eu ascendo minhas mãos e levanto voo.

Chego ao grande salão, onde vejo muitos comensais atacando os alunos. Sob meus pés, vejo alguns corpos, alguns dos quais são muito familiares para mim. Vejo Fred caído no chão e vou até ele.

— Fred, está tudo bem. — sussurro, passando a mão em seu rosto, e ele sorri.

— Você ainda está viva. Eu posso ajudar, eu posso... — antes que possa terminar a frase, ele leva o dedo indicador à minha boca e sussurra.

— Estou em paz, Liv. Cuide do George por mim. — peço, e sua mão desliza pelo meu rosto até cair sem vida em meu colo. Choro pela perda.

Fred sempre foi uma pessoa muito boa e um grande amigo. Dou um beijo em sua testa, fecho seus olhos e saio dali. Corro e encontro Tom lutando com um comensal. Corro até eles, arranco o coração do comensal e o corpo sem vida cai no chão. Tom agradece com um aceno de cabeça e volta a lutar.

Corro até a outra entrada do castelo, onde vejo a ponte de madeira quebrada e alguns alunos me olhando, incluindo Potter.

— Vocês estão bem? — pergunto, e antes que possam responder, um feixe de luz se aproxima. Protejo-os com um escudo de magia pura e ordeno que saiam dali. Ao ver quem atirou contra crianças desarmadas, reconheço Lucius Malfoy.

Voo até ele, o pego pelo colarinho e o prenso contra uma árvore.

— Você precisa sair daqui, e precisa sair agora. — ordeno, e ele me olha confuso.

— Por que está me ajudando? — questiona.

— Você é o pior pai do mundo, Malfoy, mas Draco te ama, e eu nunca magoaria ele dessa forma. Dê o mínimo de dignidade à sua família, pegue sua mulher e suma daqui. Na próxima vez que te encontrar, não serei tão piedosa. — respondo e saio correndo.

Chego ao grande salão e vejo que os ataques pararam. Vejo várias pessoas juntando os mortos e vou até a pilha de corpos, procurando por rostos familiares.

Alguém coloca a mão no meu ombro, e me preparo para atacar, mas ao me virar vejo meu pai.

— Ele não está aqui, querida. — sussurra, me puxando para um abraço.

— Perdemos alguém, pai? — pergunto ao soltá-lo.

— Alguns bruxos e alguns vampiros, ninguém extremamente importante. — responde, e eu lhe dou um tapa no ombro, sorrindo.Vejo os Weasleys de longe e vou até eles. George corre para me abraçar, e choro em seu abraço.

— Sinto muito, George. — resmungo, apertando-o.

— Como ele morreu, você sabe? — pergunta, me soltando e secando as lágrimas. Todos os Weasleys olham para mim.

— Quando o vi, ele ainda estava vivo. Ofereci-me para ajudá-lo, mas ele me pediu para não fazê-lo, disse que estava em paz e que eu deveria cuidar de você. — sussurro, apontando para George, que está boquiaberto.

— Eu realmente sinto muito, senhor e senhora Weasley. — resmungo, me afastando e secando as lágrimas do rosto.Vejo alguém se aproximando e sinto seu caloroso abraço. Quando me solta, vejo Draco, com meus irmãos e Tom atrás dele.

Pego em suas mãos e sorrio para todos.

— Vocês estão bem? — todos estão sujos e com algumas manchas de sangue, mas aparentemente estão bem.

— Alguns cortes aqui e ali, nada que não possamos superar. — responde Tommy, fazendo-me sorrir.

Olho para Tom e abro a boca para falar, mas antes que eu possa dizer algo, ele se adianta.

— Também não o encontrei. — murmura, negando com a cabeça.Algumas lágrimas escapam dos meus olhos, e Draco me envolve em um abraço.

Quando tudo o que podemos ouvir são os choros das pessoas lamentando as perdas, uma voz ecoa pelo salão.

— Vocês lutaram bravamente, meus caros, mas lutaram em vão. Potter e Mikaelson, me encontrem na floresta proibida e aceitem seus destinos, ou então todos que estão lutando pagarão com a própria vida. Vocês têm uma hora. E, querida Olivia, caso queira uma motivação para me encontrar, seu querido Mattheo sofrerá as consequências a cada minuto que vocês demorarem. — é Voldemort, e ele está com Mattheo. Algumas lágrimas escorrem dos meus olhos, e eu me dirijo à porta, mas alguém me puxa para trás.

— Não vá ainda, precisamos pensar em algo, não podemos simplesmente ir lá. — resmunga Potter, e então nos sentamos para discutir as possibilidades.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora