Capítulo 68 - Protetor

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Espaço Não Físico

Draco Malfoy

— O que diabos está acontecendo? — resmungo, assustado. Estava em meu dormitório em um momento e, no outro, acordo em um lugar bizarro. Isso parece coisa de bruxa. Será que Olívia está aqui?

— Olívia? — grito, caminhando por esse lugar estranho até ver alguém vindo em minha direção.

— Riddle? Onde ela está? — pergunto, mas antes que eu possa dizer mais alguma coisa, ele tenta me socar e acaba caindo no chão.

— Parece que não posso te atacar neste espaço. Sorte a sua, Malfoy. Continue presenteando minha noiva, porque em breve você estará morto — ele grita, apontando o dedo para mim.

— Sua o quê? — pergunto, incrédulo.

— Minha noiva. Ouviu direito. Ela disse sim — ele provoca, com um sorriso no rosto. Parece que ela realmente o escolheu.

— O que estou fazendo aqui? — pergunto, desanimado.

— Olívia quer saber o que você descobriu e como ela está. Como ela está impossibilitada, vim em seu lugar — ele resmunga, e meu coração dispara na mesma hora.

— O que aconteceu com ela? — pergunto, aproximando-me.

— Ela desmaiou. Abusou da sua magia e ainda não acordou — ele responde.

Sinto-me tão impotente. Não pude ajudá-la no passado e não posso ajudá-la agora.

— Muito bem, Potter é uma Horcrux. Quando Voldemort lançou o feitiço nele, uma parte da alma dele acidentalmente se prendeu a Potter. Quando chegar a hora, ele terá que morrer pelas mãos de Voldemort — exclamo, e ele leva as mãos à nuca.

— Ela fez um feitiço hoje para rastrear as Horcrux usando meu sangue, e uma se movia. Achávamos que alguém tinha pego, mas era Potter. Agora faz sentido — ele murmura, olhando para mim.

— Avise Snape que, assim que tivermos todas as Horcrux, vamos para Hogwarts. Só faltam encontrar duas Horcrux, uma em Hogwarts e a cobra dele. A guerra está chegando, Malfoy — é a última coisa que ouço antes de acordar em meu dormitório novamente.

Hope Mikaelson

Eu o trago de volta, e quando ele se levanta, ouvimos gritos vindo do quarto de Olívia. Então, nós dois corremos para ver o que está acontecendo.

— Pai? O que houve? — pergunto, abrindo a porta, e ele me encara com um olhar preocupado. Ele sai do quarto e fecha a porta.

— Há algo muito errado acontecendo com ela. Não sei se é magia demais nela, não faço ideia. Mas precisamos ajudá-la — ele exclama, e eu entro no quarto.

— Hope, não entre aí!! — meu pai grita, tentando me impedir.Entro no quarto e vejo as coisas ao redor dela voando, enquanto ela flutua.

Chego perto dela e invoco as correntes que impossibilitam a magia. Então, ela cai em meus braços, e eu a coloco na cama.

— Podem entrar agora — grito, sentando-me ao lado dela.

— O que você fez? — Mattheo pergunta, colocando a cabeça dela em seu colo e alisando seus cabelos loiros.

— Coloquei as algemas mágicas nela. Isso impede a magia. Significa que algo relacionado à magia dela está acontecendo de forma extremamente intensa — eu respondo e saio do quarto.

— Onde você vai, Hope? — meu pai pergunta, antes que eu possa cruzar a porta.

— Matar alguém.

Mattheo Riddle

— Ela está brincando, né? — pergunto, rindo e encarando Klaus.

— Acho que não. Essa família me dá desejos assassinos. Cuide da minha caçula. Preciso cuidar da mais velha agora. A propósito, seus amigos chegaram — ele some do quarto.

Saio do quarto dela e vou até a sala, onde a tia dela está finalizando o feitiço. Digo a todos que me encontrem no quarto dela em uma hora. Nesse tempo, resolvo dar um banho nela, já que está coberta de sangue.

Encho a banheira, tiro sua roupa na cama mesmo, pego-a no colo e entro com ela na banheira. Esfrego seu corpo, que tem alguns hematomas, e lavo seus cabelos.

Quando termino, uso um feitiço para que ela flutue e a seco com uma toalha. Coloco nela um vestido amarelo e a deito na cama.Termino de me trocar e escuto alguém bater na porta.

— Entrem — sussurro, abrindo a porta com magia para todos. Peço que se sentem no chão para conversar, e então Billy e Tommy se aproximam da irmã.

— O que aconteceu com ela? Por que ela está acorrentada? — pergunta Tommy.

— Ela está desmaiada — respondo, dando de ombros.

— Isso eu estou vendo. Não me faça de idiota.

— Vocês conseguiram as Horcrux? Todas elas? — pergunto a todos que estão aqui, e eles afirmam com a cabeça.

— Faltam somente a que está em Hogwarts e a que está com ele — responde Tom, olhando para mim.

— Billy e Tommy, acredito que a magia de vocês seja forte o suficiente para destruí-las. Assim que ela acordar, vamos para Hogwarts. Agora podem sair — ordeno, e eles saem do quarto, deixando-me sozinho com ela.

— Por que guardou o colar que ele te deu? — grito, jogando o colar na parede. Sei que ela não pode me ouvir, muito menos responder, mas não acredito que, depois de tudo o que ele fez, ela guardou essa maldita lembrança.

— Droga, Olívia, eu... — coloco as mãos no rosto e me sento na beirada da cama, algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

— Eu não sou capaz de te proteger. Não sou forte nem poderoso como você. Por conta da minha incapacidade, perdemos nossos filhos. Por conta da minha incapacidade, quase perdi você hoje — só consigo chorar. Ela é a melhor pessoa que já conheci, nunca me julgou por ser filho de alguém como meu pai.

Uma vez, ela me disse que isso é sempre um ponto de vista. A família dela é dita como os vilões das histórias que conhecemos sobre vampiros, bruxas e híbridos. Mas, conhecendo-os, percebi que eles têm apenas um propósito: proteger a família. E eu quero isso para ela, protegê-la.

Quero poder cuidar dela para sempre.

Deito ao seu lado e pego no sono.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora