Capítulo 52 - Dando o troco (parte 1)

262 18 3
                                    

Olívia Mikaelson

Aparatamos em nosso dormitório e, para surpresa de Mattheo, Tom estava lá, levantando-se quando chegamos.

— O que fazem aqui, seus tolos? Ele os encontrará aqui. — retruca, até que cai no chão após um soco de Mattheo, que se lança sobre ele.

— Como pôde fazer isso com ela, comigo? — grita Mattheo, socando o irmão.

— Você não vai impedi-lo? — pergunta Tom, tentando se proteger dos golpes.

— Você merece toda a raiva que ele está sentindo. — resmungo, separando os dois. Tom se levanta, tropeçando para trás.

— Achei que agradeceriam por eu tê-los ajudado. — responde ele, passando a mão no rosto, agora marcado pelas mãos de Mattheo.

Corro até ele e o encosto na parede, segurando-o pelo pescoço.

— Acha que eu deveria te agradecer por ajudar a matar meus bebês? — pergunto, deixando as veias saltarem.

— Eles não sobreviveram? Eu... sinto muito, irmão. — sussurra ele, quase sem ar, e então o solto, vendo-o cair no chão, tossindo.

Me agacho perto dele e sussurro.

— Você só está vivo porque será útil para mim. Caso contrário, eu o mataria agora mesmo e dormiria como um bebê. Entende, não é, Tom? — levanto-me e saio de perto dele.

Mattheo está com as mãos sangrando. Sento-me ao seu lado em nossa cama.

— Daqui a uma hora, quero que me encontre na Sala Comunal da Sonserina com Malfoy, Blasio, Billy, Tommy e Potter. — ordeno a Tom.

Ele apenas afirma com a cabeça e saímos do quarto.

Mattheo Riddle

Caminhamos pelos corredores do castelo. Os alunos ainda não começaram a chegar; estarão aqui dentro de trinta minutos. Me pergunto para onde ela está indo.

— Para onde estamos indo? — pergunto.

— Fumar um baseado.

Por que iríamos fazer isso?

— Qual o motivo? 

— Preciso ficar chapada antes de pensar em falar com aqueles idiotas. Você vem comigo ou não? — pergunta, parando no meio do corredor.

Afirmo com a cabeça e a acompanho até a Torre de Astronomia.

Sento-me no chão, e ela se acomoda ao meu lado, apoiando a cabeça em meu ombro.

— Senti falta de vir aqui. — sussurra ela, dando um trago no baseado.

— Eu também. — respondo, olhando para a vista que temos de cima do castelo.

Ficamos lá sentados, fumando por aproximadamente uma hora. Não conversamos, apenas apreciamos a vista.

Olívia se levanta, termina nosso terceiro baseado e estende o braço para me puxar para cima. Começa a descer as escadas, indo em direção à Sala Comunal da Sonserina, onde disse que Tom deveria nos encontrar.

Quando entramos, estão sentados em um sofá Malfoy, Blasio e Tom, no outro, Potter, Billy e Tommy. Ao nos aproximarmos, eles se levantam, perguntando o motivo dela tê-los chamado ali.

É engraçado ver como uma garota tão baixinha intimida um monte de garotos. Solto uma risada e me sento na poltrona, enquanto ela se acomoda em meu colo e manda todos se sentarem.

— Sentem-se. — ordena, apontando para os sofás vazios, e eles obedecem.

— Bom, devem estar se perguntando por que os chamei aqui, e como sei que não há mais ninguém na escola a essa hora... — ela faz magia e tranca a porta, e eles arregalam os olhos.

— Vamos lá, primeiro, Malfoy, o que você lembra de mim? — pergunta, e todos os olhos se voltam para ele.

— Lembro do dia em que nos conhecemos, só. — diz, encarando-a.

— Cara, você era apaixonado por ela, lembra? — Blasio pergunta.

— Nunca fui apaixonado por essa sangue-ruim. — responde, olhando-a com desprezo.

Eu me levanto e chego perto de Malfoy, segurando-o pela gola e apontando o dedo para ele.

— Escolha bem as palavras, Malfoy. Ainda posso te matar.
Ela nos afasta.
— Precisamos dele vivo, Theo. — ela interrompe, e eu me sento novamente na poltrona.

— Billy, poderia me ajudar a ver o que há na mente de Malfoy? Quero saber como ele esqueceu de mim. — pede, e ele afirma com a cabeça.

— Mattheo, não deixe ninguém sair daqui.

Nós nos aproximamos de Malfoy, e ele se mexe no sofá, tentando nos evitar. Dou um soco em seu rosto, e ele para quieto. Ascendemos nossos olhos e começamos a entrar em sua mente.

Mente de Malfoy

— Você vai esquecer dela, quer queira, quer não. — diz Lucius Malfoy.

— Obliviate.

Tudo o que Malfoy lembrava de Olívia se tornou um buraco em suas memórias.

Saímos de sua mente.

— Maldito Lucius Malfoy. — resmunga, andando de um lado para o outro.

— O que é o feitiço Obliviate? — Billy pergunta, e todos o olham chocados com sua ignorância.

— É um feitiço para fazer a pessoa esquecer de certas coisas ou pessoas. — responde Potter.

— Aquele filho da mãe. — grito, chutando uma mesa atrás deles, fazendo-os olhar para mim.

— O que estão olhando? — pergunto.

— Ainda não entendi o que estou fazendo aqui. — resmunga Potter, levantando-se e vindo até mim. Nunca havia percebido como ele é alto.

— Billy e Tommy, revertam o feitiço na cabeça do Draco. Levem-no para o dormitório, eu, Potter e os outros vamos conversar. — completo a frase, e todos concordam, exceto Tom, que permanece.

Olívia Mikaelson

— Certo, eu vou explicar o que vai acontecer. Sexta-feira, vamos dar uma festa. Alguns alunos desta escola são os olhos de Voldemort, e, como precisam fingir, não deixariam de comparecer a uma festa de alguém que estão seguindo. — comenta, sorrindo.

— Tom e Mattheo irão até Voldemort avisá-lo de que seu pior inimigo está caçando-o, apenas para deixá-lo intrigado. — continuo, conjurando uma bebida e começando a dar pequenos goles.

— E faremos tudo isso sozinhos? Não somos fortes o suficiente. — questiona Blasio.

— Vocês não tanto, eu sou. 

— Como assim? — pergunta Potter, cruzando as pernas.

— Eu não sou uma simples bruxa como vocês. Sou uma Tribrida. Sou vampira, lobisomem e bruxa. — revelo meu segredo.

Potter se levanta e vem até mim, apontando o dedo para o meu rosto.

Mattheo Riddle

Eu me levanto e fico entre os dois.
Ela me olha de lado e diz que está tudo bem. Eu me sento novamente e observo.

— Eu tinha certeza de que você não pertencia a este lugar. Seu sangue não é bruxo, você não deveria estudar em Hogwarts. — grita.

— Ah, Potter, vai expulsar também sua amiga nascida trouxa? O sangue dela não é inteiramente bruxo, ela é como eu. Então, quando você expulsar todos os nascidos trouxas da escola, podemos voltar a esse assunto. — respondo, surpreso com minha própria ousadia.

— Mais alguma dúvida? — pergunta.

— O que você pode fazer? — pergunta Tom.

— Posso hipnotizar, entrar na mente, voar, te matar, coisas desse tipo. — sorri e se senta novamente no meu colo.

— Estão todos comigo? — pergunta, e todos afirmam com a cabeça.

Ela continua falando.

— Eu protejo os meus, e juntos mataremos esse filho da puta. — sorri e manda todos embora, exceto Tom.

Continuamos a conversar sobre os próximos passos, enquanto ela mantém o controle da situação. Estou impressionado com sua determinação e inteligência. Estou ao lado dela, não importa o que aconteça.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora