Capítulo 02 - Ela morreu?

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Três anos mais tarde.

Hoje minha irmã, Olívia, completa três anos de idade. Mesmo sendo apenas uma criança, ela me lembra tanto a mãe dela.

Desde o dia em que Wanda desapareceu, papai nos proibiu de sequer mencionar o nome dela na presença de Olívia.

Minha irmãzinha chama pela mãe todas as noites mesmo sem saber que minutos depois de dar a luz a ela, ela sumiu.

Eu amo muito meu pai e minha irmã, mas uma hora ela vai descobrir a verdade sobre a mãe biológica dela e nessa hora eu espero que meu pai escolha sabiamente suas palavras. Uma palavra errada pode mudar a vida dela para sempre.

Klaus Mikaelson

Hoje minha filha mais nova completa três anos de idade.

Eu e minha irmã, Freya, descobrimos há um ano que Olívia é assim como a Hope, uma tribrida. Porém, ela sendo filha de uma bruxa quase mitológica, temo o que seus poderes possam fazer e do quão forte ela poderá ser um dia.

Sem sua mãe aqui para orientá-la e ensiná-la a usar essa magia, não fazemos ideia do caos que isso pode se transformar.

Há meses que estou procurando uma maneira eficiente de mantê-la segura. Tentei de tudo! Pulseiras que impossibilitam a magia, feitiços de restrições, tudo que imaginar, nada funciona nela.

Parece que quanto mais ela cresce, mais a magia cresce com ela e isso está chamando atenção indesejada.

Com apenas três anos ela nos mostrou habilidade que nunca vimos antes.

Milhares de coisas passam pela minha cabeça ao mesmo tempo e uma delas com certeza é a insegurança.

Eu quero ser um pai melhor do que o pai que tive, quero ser um melhor do que já fui, pelas duas.

Os pensamentos fogem da minha mente quando escuto uma doce voz infantil.

- Quem é Mikael, papai?

Vejo à minha direita uma garotinha com olhos escarlate e cabelos loiros segurando um lenço próximo a porta enquanto me encara.

Era o lenço de Wanda.

Quando me aproximo seus olhos retornam a coloração natural.

Eu corro até ela e a pego no colo. Com a minha velocidade de vampiro corremos até a varanda e nos sentamos lá.

Escutar a sua risada genuína toda vez que uso minha velocidade de vampiro é quase impossível não sorrir ao escutá-la.

- Eu vou te contar um segredo, pequena bruxinha, mas precisa prometer que não vai contar a ninguém. - sussurro estendendo meu mindinho para que ela o agarre em sinal de promessa.

Com sua pequena mão, ela estende o mindinho e agarra o meu com um pequeno sorriso no rosto.

- Eu prometo, papai.

- Há muitos séculos atrás, eu morava em um vilarejo com todos os meus irmãos. Nós não tínhamos muita coisa, mas éramos felizes com o que tínhamos. Meu pai, Mikael, não era um homem que aceitava erros e indiscrições e para ele eu era somente um erro. - solto um pequeno suspiro de derrota, mas meus pensamentos são interrompidos por ela mais uma vez.

- Você não parece errado para mim. Eu gosto de você assim, do jeitinho que você é. - ela responde se aconchegando em meu peito e depois de alguns minutos ela acaba adormecendo.

Eu deixo um beijo demorado em sua testa e encosto minha cabeça na sua. Mesmo com tudo que aconteceu, eu tenho sorte por tê-la ao meu lado.

Oito anos mais tarde.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora