Capítulo 67 - Horcrux

143 10 0
                                    

Tom Riddle

Tommy e eu aparatei até o Banco Gringotes no Beco Diagonal. Suponho que seja lá onde encontraremos o que procuramos. Olivia nos deu uma hora para localizar onde está, antes que eu possa entrar. Tommy, com seus olhos verdes cintilando, afirma que pode nos guiar até a Horcrux, já que sua irmã lhe enviou uma imagem do cofre em questão.

- Conheço este cofre. É o cofre da minha mãe, fica bem perto do meu. - sussurro, e então me dirijo ao gerente do banco, que está sentado. Todos os funcionários são duendes, e não são exatamente simpáticos.

- Quero acessar meu cofre. - ordeno ao duende, que mal se mexe.

- E quem é seu acompanhante? - ele pergunta, apontando para Tommy com sua pena.

- Isso não é da sua conta. Leve-me ao meu cofre. - ordeno, encarando-o, e ele volta a escrever.

- Nome? - ele pergunta.

- Tom Marvolo Riddle. - anuncio, e ele chama um outro duende para nos acompanhar.

Mattheo Riddle

Fico de olho no mapa o tempo todo e percebo que uma das Horcrux está se movendo.

- Amor. - eu a sacudo. Seus olhos estão vidrados, então a sacudo com mais força e ela volta ao normal.

- O que foi? Não posso me desconcentrar. - ela resmunga, com as mãos erguidas sobre o mapa.

- Essa movimentação é normal? - pergunto, apontando para uma localização específica.

- É para onde Potter foi. - ela responde, andando de um lado para o outro.

Então, ela diz: - Vou te colocar em um estado não físico. Você vai falar com Malfoy para ver o que ele descobriu. Posso manter você lá por trinta minutos, não mais que isso.

- Você está brincando, certo? Porque só alguém muito tolo tentaria proteger seis pessoas com magia negra e ainda me colocar em um estado não físico, segurando não uma, mas duas almas. Não vou deixar você correr esse risco, Olívia. - eu grito, virando as costas. Ela começa a chorar, e eu não suporto vê-la assim.

Olívia Mikaelson

Entro em uma crise de choro, sem entender o motivo, até que meu pai chega à sala onde estamos. Estou ajoelhada no chão, chorando, com Mattheo me abraçando.

- O que aconteceu com ela? - meu pai pergunta a Mattheo, aproximando-se de mim.
Quando ele me toca, sinto como se fosse explodir, e um peso enorme parece sair de mim. Começo a gritar.Vejo meu pai e Mattheo ficarem sem ar, então os olho e percebo que minha magia está ao redor de seus pescoços, incapaz de ser desfeita, até que ouço Freya gritar: - Phasmatos incendere ad pulvox.

Mattheo Riddle

A magia que me sufocava se dissipa, e eu caio no chão, tentando respirar. Vejo Olívia ajoelhada novamente, gritando e cuspindo sangue.

- Me desculpe, Olívia, foi a única maneira de fazê-la parar. - eu digo.

Seus olhos estão de um vermelho que nunca vi antes. Parece que a dor está passando, e ela fica em meu colo enquanto sua tia assume a magia que ela estava realizando.

- O que aconteceu com ela, Freya? - pergunto, quase ao mesmo tempo que Klaus.

- Ela tem muita magia dentro dela. Absorveu a magia de muitas bruxas ao longo de sua vida, e quando tentou usar essa expressão, a magia das bruxas que está dentro dela rejeitou essa magia negra. As bruxas eram de um coven de magia natural. Foi demais para ela. - Freya responde. Percebo que Olívia está muito quieta.

- Olívia? - chamo, sacudindo-a. Vejo que ela está desacordada.

- O que você fez com ela? - pergunto a Freya, olhando-a com ódio.

- Ela deve estar exausta. Leve-a para o quarto. Consigo continuar seu feitiço daqui. Klaus, cuide dela. Mattheo, procure Hope e peça para ela executar o feitiço que Olívia ia usar em você. - Freya ordena, virando-se e colocando as mãos sobre o mapa.

- Eu assumo daqui. - diz Klaus antes de pegar Olívia no colo e sumir.

Saio da sala enfurecido. Às vezes, acho que ela está tentando se matar. Não posso acreditar que alguém se colocaria tão perto da morte. Vou até o quarto de Hope e bato na porta.

Quem abre é um garoto moreno, com algumas mordidas no pescoço e sangue escorrendo. Entro no quarto e vejo alguns corpos empilhados no chão.

- Está competindo com alguém? - pergunto, apontando para a pilha de corpos. Ela me olha com o mesmo olhar maligno da irmã.

- Você não será a sobremesa, só pelo fato de que Olívia me mataria. Mas você parece uma delícia. - ela sussurra, bebendo de uma mulher vestida de dourado e a soltando no chão.

- Bem, eu sei que sou irresistível, mas não estou aqui para discutir isso. - sorrio, colocando as mãos nos bolsos, um pouco sem graça. Ela se aproxima de mim, limpa a boca e apaga os olhos.

Ela é maior que Olívia, mas ainda é baixinha.

- Então, o que você quer? - ela pergunta, apontando para o carrinho de bebidas.

- Whiskey. - respondo, e ela enche dois copos, me entregando um.

- Assunto de bruxa. Preciso que me coloque em um estado não físico e leve a alma de Malfoy para lá. - eu digo, e ela me olha, tomando um gole de sua bebida.

- Magia difícil, mas posso tentar. Traga algo dele aqui, que eu preparo tudo para o feitiço. - ela afirma com a cabeça. Saio do quarto.
Olívia ainda tem algo dele?

Entro no quarto e vejo Klaus sentado ao lado da filha, fazendo carinho em seus cabelos loiros, e ela está desacordada.

- Nada ainda? - pergunto, e ele balança a cabeça negativamente.

- Sabe se ela tem algo do Malfoy? Preciso para um feitiço. - peço, e ele corre até sua caixa de joias e pega uma corrente com a letra M bem grande.

- Malfoy deu isso a ela quando eram crianças. Diziam que o 'M' era tanto para um Malfoy quanto para um Mikaelson. - ele dá um leve sorriso lembrando disso e me entrega o colar.

Ela guardou isso dele? Mesmo depois de tudo o que ele fez? Isso não importa agora. 
Volto ao quarto de Hope, que já fez um círculo de sal no chão. Quando entro, ela diz:

- Me dê a corrente. Deite dentro do círculo de sal e tente não se mexer. Você terá uma hora.

Faço o que ela pede, e ela começa a recitar o feitiço:

- Vinde val tratunderes. Vinde val tratunderes. Vinde val tratunderes. Vinde val tratunderes.Fecho os olhos, e tudo fica branco.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora