Capítulo 19 - Imparável

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Olívia Mikaelson

Aparatamos até os portões do complexo e eu o convido a entrar por puro costume.

- Venha, entre.

Ele pega na minha mão direita e todos me encaram com o ranger dos portões sendo abertos.

- O que aconteceu? Quem me chamou? - pergunto apertando um pouco mais forte a mão de Draco.

- O que ele faz aqui? - meu pai me questiona se levantando e nos encarando.

- Eu estava com ele quando algum de vocês me chamou e ele quis vir junto. Agora, alguém vai me contar o que aconteceu ou eu posso ir embora? - retruco cruzando meus braços a espera de uma resposta.

- Você se lembra quando você baniu eu e aqueles vampiros do complexo? Bom, o feitiço foi quebrado e eles estão vindo para se vingar de nós. - responde Marcel aparecendo no pátio.

- Como esse feitiço foi quebrado? - questiono.

- Quando você morreu... o feitiço morreu com você. Precisamos nos preparar, eles devem estar chegando. - tia Freya responde.


Ela parece preocupada.

- Me deem três minutos e eu estarei pronta, aí mataremos todos. - respondo indo em direção ao meu quarto, mas antes de subir as escadas noto que Hope não está aqui.

- Cadê a Hope? - questiono.

- Ela está em Mystic Falls. - responde tio Elijah.


Ótimo.

Eu vou até meu quarto e levo Draco comigo.

Ele entra no meu quarto e de imediato se senta na minha cama me encarando.

- Você sabe que você não vai lutar, né? - ele pergunta na inocência e eu dou risada.

- Dray, você não vai lutar! Você fica aqui. - retruco enquanto troco de roupa.

- Eu não vou ficar aqui sentado enquanto você corre perigo lá embaixo. Eles são vampiros, Olívia, são perigosos. - exclama num tom quase como se eu estivesse o ofendendo.

- Draco, eu não tenho medo de vampiros. Eu sou o ser sobrenatural mais poderoso do mundo e acha mesmo que tenho medo deles? EU SOU PIOR QUE ELES. - grito deixando minhas veias saltarem e minha face de vampira se revelar.

- Me deixe ir com você então, vou estar seguro ao seu lado. - retruca.

- Eles são vampiros, Draco, enquanto você pensa em um feitiço simples eles podem arrancar a sua cabeça antes mesmo de você apontar a varinha para eles. Eu não posso matá-los se eu estiver preocupada com você. - respondo terminando de me vestir.

- Mas você... - ele começa a falar novamente mas eu me irrito e o encaro.

- Eu não vou te deixar morrer, Malfoy. QUE DROGA. Você vai embora agora. - grito o compelindo sem querer.

- Você não vai me deixar morrer. Eu vou embora agora. - ele resmunga antes de aparatar e ir embora.

- Droga.


Eu saio do quarto e uso minha magia para voar até o pátio. Quanto mais perto do chão eu fico, mais pessoas eu vejo.

- Ótimo, eu estava mesmo procurando alguém para descontar minha raiva. - resmungo inclinando levemente o pescoço.

Eu, meu pai, tio Elijah e Marcel estamos um pouco mais à frente de todos. Tia Freya, tia Rebekah e tio Kol estão cobrindo as laterais.

- Tia Freya! - exclamo assustada ao ver que tem bruxas aqui.

Os inimigos chegam cada vez mais rápidos, se multiplicando em segundos.

Um rosto conhecido se aproxima e me encara com um sorriso.

- Oi, pequena. Você se lembra de mim?

Era o homem que ameaçou me matar e Marcel o impediu.

- Ah, sim, eu me lembro de você, e só para deixar claro... você deveria ter me matado quando teve a oportunidade. Agora vai ser muito mais difícil para você. - respondo em alto e bom tom.


Um deles avança contra mim e eu o paro o segurando pelo pescoço.

- É o melhor que pode fazer? Se está tentando me matar vai precisar fazer muuuito melhor que isso. - debocho levando a mão livre até sua cavidade torácica e arrancando seu coração fora.

- Damas e cavalheiros... podemos? - brinca tio Elijah abrindo seu terno e abrindo seus braços a espera que ataquem.

Marcel rapidamente avança em alguns deles e os mata com facilidade. Eu uso magia para arrancar alguns corações e meus tios avançam contra eles.

Meu pai permanece ao meu lado e cuida de quem se aproxima de mim.

Um grupo de quinze vampiros cerca tio Elijah mas ele os mata sem muito esforço, enquanto isso, eu e tia Freya usamos magia para matar alguns deles arrancando seus corações.

Eu arranco a cabeça de um vampiro que se aproxima de mim quando escuto um grito feminino vindo da entrada do complexo.

AQUELA É A HOPE?

Toda a família fica preocupada.

Um vampiro está segurando pelo pescoço e em seus pulsos tem uma corrente. Eu a reconheço, é a corrente que serve para impedir que uma bruxa faça magia.

Hope não é imortal como o resto de nós, ela ainda não ativou seu lado vampira somente o lobisomem.

- Solte ela agora ou eu juro que eu... - sou interrompida por gritos do meu pai.


Uma bruxa se aproxima dele fazendo um feitiço para lhe causar um aneurisma.

Eu não posso matá-la... ela é um ser mortal e seu matá-la ativarei meu lado lobisomem, mas que escolha eu tenho?

Não posso deixar ela machucar o meu pai.

Eu rapidamente corro até ela e arranco sua cabeça fora.

Quando mato a bruxa vejo que rapidamente o vampiro que antes segurava Hope joga seu corpo sem vida no chão. Ela está morta.

- Tirem a Hope dali, AGORA! Eu vou matar todos eles. - grito tentando me concentrar.

Sinto meus olhos ferverem de raiva e sei exatamente o que quero fazer.

Uso minha magia para colocar um escudo protetor na minha família e protegê-los de mim.

Sinto aos poucos meu corpo ficando mais leve e quando percebo estou flutuando.

Aos poucos sinto meu corpo pegar fogo e já não tenho mais controle disso.

Eu só sinto eles vindo até mim.

Elijah Mikaelson

Olívia nos protege com um escudo mágico e em seguida começa a voar sem nem mesmo precisar usar algum tipo de energia para isso. Seus olhos ficam vermelho escarlate como nunca ficaram antes e por um segundo até eu me assusto com essa demonstração de poder.

Uma luz vermelha começa a sair de cada ser sobrenatural à nossa frente.

- O que ela está fazendo? - pergunta Klaus preocupado.

- Ela está sugando as almas deles. - respondem Freya e Kol incrédulos com tamanho poder.

Em todo o meu tempo na terra nunca vi nenhuma bruxa ser capaz disso. Talvez o que aquela bruxa disse anos atrás seja verdade, não existe ninguém mais poderoso que ela.

Após as suas almas serem sugadas e seus corpos caírem no chão, Olívia também apaga e começa a despencar no chão sem controle algum.

- Freya!!! - grito ao vê-la caindo.

Freya rapidamente quebra o escudo feito por Olívia e eu corro para pegá-la antes que ela colidisse contra o chão.

- Mais uma vez estamos salvos, graças a você, minha pequena. - resmungo deixando um beijo em sua testa.

Mais uma vez ela provou que seu poder não tem começo ou fim.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora