Capítulo 47 - Eu não sinto eles

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Mattheo Riddle

Eu não sei exatamente onde estamos mas sei que estamos em Nova Orleans.

Eu vejo um homem moreno me encarando e quando chego mais perto vejo que é o irmão mais velho dela.

Ele me encara com ódio nos olhos, enquanto corre até mim.

— O que vocês fizeram com a minha irmã? —  esbraveja passando a mão nos cabelos dela.

— Nós não fizemos nada, mas eu preciso levar ela pros pais dela. Precisamos da ajuda deles. 

Ele me encara com suas dúvidas, mas nos guia até a casa dela.

— Estamos perto do complexo, venham, eu os levo lá. — sussurra nos guiando e nós vamos atrás dele.

Elijah Mikaelson

Niklaus e Wanda saíram para dar uma volta na cidade. Rebekah, Kol e eu estamos em casa.
Hope está em algum lugar com Freya, a casa estava silenciosa até eu escutar alguém chamando Klaus no pátio.

Eu saio do meu quarto e olho pela escada para ver quem é. Quando vejo Marcellus e mais dois garotos com uma loira nos braços, rapidamente desço e chamo meus outros irmãos.

Todos chegamos juntos perto do garoto que está sangrando, eu olho para os seus braços e vejo a minha sobrinha ensanguentada.

Eu a pego no colo, corro até o sofá e a coloco deitada, enquanto isso Rebekah e Kol estão gritando com os garotos que a trouxeram.

— Tragam-nos aqui. — ordeno sem tirar os olhos de Olívia.

Quando eles chegam atrás de mim, Rebekah se ajoelha ao lado do sofá e analisa o corpo de Olívia.

Eu me levanto, e os encaro.

— Cavalheiros, vocês poderiam me explicar o que aconteceu com ela? E eu só pedirei uma vez. E obrigado por guiá-los Marcellus, você pode ir agora. 

O garoto que está sangrando me olha com um olhar de culpado.

Mattheo Riddle

Quem diria que a família dela poderia ser tão intimidadora.

— Eu já conheço você, certo garoto? Você esteve com ela aqui há alguns dias atrás, estou correto? — o homem de terno pergunta.

— Sim, sou eu mesmo.

Eu estou em estado de choque.

— E então, você me dirá o que aconteceu com ela ou terei que arrancar de você? — ele me encara e levanta as sobrancelhas.

Eu conto para ele que fomos sequestrados, deixando de lado apenas a parte de que meu irmão ajudou no sequestro.
Disse que Tom estava lá porque foi sequestrado também, por incrível que pareça Tom está quieto.

— Senhor Mikaelson, ela está bem? Eu preciso saber que ela está bem, você não entende. — o encaro com uma expressão de preocupação.

— Porque se preocupa tanto com a minha sobrinha garoto? — me questiona.
Não posso esconder deles por muito tempo.

— Ela está grávida.

Quando solto essas palavras todos olham para mim com espanto.

— Como? — pergunta incrédulo.

Eu me ajoelho ao lado dela e conto tudo para eles, a parte que ela não ligou as emoções ainda, que os bebês tem magia, e eles ficam cada vez mais chocados.

— Muito bem, vamos protegê-los aqui, não se preocupe com isso. — comenta o homem de terno tocando o meu ombro.

Mais tarde nesse mesmo dia

Mattheo Riddle

Agora são três horas da manhã, faz apenas uma hora que chegamos aqui e ela ainda não acordou.
Eu a trouxe para o quarto dela e meu irmão voltou para Hogwarts.

Eu estou deitado do lado dela esperando que ela acorde, até que escuto um gemido de dor.
Eu a encaro e ela está acordando.
Ela abre os olhos e eu a ajudo a se sentar na cama, eu lhe entrego uma bolsa de sangue assim como seu tio me orientou a fazer.

— Você está bem, amor? — pergunto fazendo carinho na sua pele.

Ela está naquele estado de choque novamente, ela coloca a mão na barriga e começa a perder o ar.
Eu me desespero, não entendo o que está acontecendo.

— Olívia? O que houve? 

Ela me encara com os olhos se enchendo de lágrimas, ela está chorando?

Ela começa a soluçar e afunda seu rosto em meu ombro, eu encosto minha cabeça na dela e faço carinho em seu cabelo.

Eu a tiro do meu ombro, coloco as mãos em seu rosto e digo.

— Amor, eu preciso que me diga que porra que tá acontecendo. — ela para por um minuto de soluçar e com as duas mãos na barriga diz.

— Eu não tô sentindo eles. Eu não estou ouvindo o coração deles, Mattheo. — não sei o que fazer, eu fico ali, olhando para a barriga dela.

Algumas lágrimas tomam conta do meu rosto, e então ela me abraça.
Ela se deita na cama e eu deito em cima da barriga dela, e tudo que eu consigo fazer é molhar sua barriga com minhas lágrimas.

Olivia Mikaelson

Eu achei que nada poderia me fazer ligar a humanidade novamente mas quando eu parei de senti-los na minha barriga, a dor tomou conta de mim e eu liguei. Eu venho torturando o Mathheo há dias, sendo grossa com ele, e com as pessoas.

Eu matei uma pessoa que não me faz nada além de me irritar.
Eu desabo de chorar por vinte motivos diferentes, mas o principal é que eu havia perdido eles.


Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora