Capítulo 27 - Mamãe?

374 30 11
                                    

Wanda Maximoff

Estou entrando em casa após um dia cansativo e ao abrir a porta vejo Billy e Tommy sentados no sofá jogando vídeo game.

- Olá, meninos. - sussurro me aproximando deles.

Eles se levantam para me cumprimentar mas caem no chão desmaiados.

Meu Deus.

- Meninos, o que houve? - grito desesperada ao tentar me aproximar.

Antes de alcançá-los eu caio no chão e minha visão escurece.

Espaço não físico

Wanda Maximoff

Quando abro meus olhos novamente estou num local totalmente branco e vazio. Sem teto ou paredes, apenas um infinito branco.

Onde eu estou?

ONDE EU ESTOU? CADÊ OS GAROTOS?

Eu olho para todos os cantos e finalmente vejo três pessoas mais à frente e voo até lá.

Por algum motivo meus poderes não funcionam aqui, mas eu ainda consigo voar.

Eu me aproximo dos garotos e avisto uma garota loira de costas.

- Quem é você e o que você fez com a gente? - pergunto irritada.

Aparentemente os poderes deles não funcionam aqui nessa... onde é aqui? Ou o que é aqui?

A garota se vira e seus olhos brilham quando ela olha para mim.

Olívia Mikaelson

Ela é tão bonita e continua idêntica a visão de Hope.

Ela não aparenta ter mais de vinte anos e está muito bem conservada, mas estou com dúvidas, quem são esses ao seu lado?

Eles aparentam ter a minha idade.

- Você nos dirá quem é ou teremos que arrancar isso de você? - pergunta o garoto de cabelos mais escuros.

As sardas em seu rosto o fazem ficar mais atraente.

- Ora, por favor, não seja dramático. Meu nome é Olívia, Olívia Mikaelson e eu procuro por Wanda Maximoff. - respondo.

- Eu sou Wanda, o que você quer comigo? - esbraveja.

Que gente temperamental, credo.

- Quem são esses com você? - pergunto cruzando os braços.

- São meus filhos. Esse é o Billy. - responde apontando para o garoto de cabelos escuros.

- E esse é o Tommy. - ela aponta para um garoto de cabelos mais claros.

- Agora me diga o que quer com a gente. - exige.

Eu os encaro e eles são incrivelmente altos.

- Eu sou filha de Niklaus Mikaelson. - resmungo.

- Esse nome deveria significar alguma coisa para mim? - pergunta rudemente.

- Como pode não se lembrar dele? Ou de mim? Você escolheu o meu nome. - sussurro soltando algumas lágrimas.

- Do que você está falando? - pergunta se aproximando de mim.

- Você realmente me abandonou e fez uma nova família ou apenas não se lembra de mim? - pergunto aos berros.

Wanda Maximoff

Quem é essa garota? Como eu teria escolhido seu nome se nem a conheço? Eu nunca ouvi o nome Mikaelson em toda a minha vida.

- Você é minha mãe, Wanda, mas acho que você se esqueceu de mim. - sussurra a loira levando a mão ao rosto para secar suas lágrimas.

Ela se aproxima de mim lentamente.

- Eu posso te fazer lembrar, só preciso que você me deixe te tocar. Por favor. - implora.

- Não, eu não te conheço e certamente me lembraria se eu tivesse uma filha. Agora nos deixe ir embora daqui. - peço.

- Você só vai embora depois de saber a verdade. - responde ascendendo seus olhos.

São iguais aos meus...

Os garotos estão tão confusos quanto eu.

Tommy finalmente resolve falar algo.

- E por qual motivo nós poderíamos confiar em você? - questiona.

- Simples, eu os trouxe aqui com magia de sangue. Eu usei o meu próprio sangue para atrair vocês aqui nesse espaço não físico, então junte dois mais dois. Se eu usei o meu sangue e vocês estão aqui... - ela responde e é interrompida por Billy que completa sua fala.

- Temos o mesmo sangue! Isso faz sentido para mim. - responde me encarando.

Olívia Mikaelson

- Por favor, eu imploro. Não me rejeite de novo. - imploro.

- Está bem, mas se algo acontecer comigo eles vão atrás de você. - ela responde com naturalidade.

Eu me aproximo dela, pego em suas mãos e nós duas fechamos os olhos.

Wanda Maximoff

Assim que vejo as lembranças voltando, a primeira coisa que consigo fazer é abraçá-la e chorar em seus ombros.

- Oh, Liv... eu sinto muito. Eu sinto muito querida, eu nunca quis te deixar.

A pequena loira a minha frente se entrega em meus braços e chora junto comigo.

- Mamãe? - ela sussurra.

- Sim, querida. É a mamãe. - sussurro deixando seus cabelos molhados com minhas lágrimas.

- Eu sempre sonhei com o dia que eu iria te conhecer, mãe. - exclama nos separando.

- Ah filha, eu sinto muito. -  peço perdão chorando.

Só de pensar que eu perdi tudo... as primeiras palavras dela, os primeiros passos, eu perdi tudo.

Agora isso não importa, agora finalmente estou com ela.

Não consigo parar de chorar. Ela cresceu sem uma mãe porque depois que eu passei pelo portal do Strange eu não me lembrava dela.

Como eu pude não me lembrar da minha própria filha?

- Me perdoe, minha pequena bruxinha. Eu nunca quis esquecer de você, Olívia, nunca. Me perdoe! - suplico beijando o topo da sua cabeça e molhando seu cabelo com as minhas lágrimas.

- Querida, está tudo bem agora. Eu estou com você. - sussurro sem soltá-la.

Eu não consigo soltar, como eu pude ficar tanto tempo longe dela?

- Meninos, venham até aqui. Essa é a irmã de vocês, Olívia.

Os dois a acolhem e a abraçam.

- Bem vinda a família Maximoff.

Bloodline (livro um)Onde histórias criam vida. Descubra agora