Asterin tinha nascido com um karma, mas ela supunha que toda fêmea illyriana tinha nascido com ele. Para ela, não era nada diferente.
Asterin deveria estar acostumada com o machismo, a maldade e as agressões, mas a verdade é que aquilo apenas alimen...
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Asterin sentiu seu corpo todo dolorido quando abriu os olhos. Não sabia quanto tempo tinha ficado apagada, mas seu coração bateu acelerado contra o peito quando acordou. Suas asas...
Ela se sentou e a primeira coisa que fez antes mesmo de tentar entender onde estava e o que tinha acontecido foi tentar movimenta-las. E uma onda de alívio imensa a percorreu quando ela conseguiu faze-lo.
Então ela percebeu que, de fato, não estava em sua casa. Tampouco estaria nas estepes illyrianas. E se o cheiro naquela cama indicava algo, então Asterin estava no quarto de Rhysand.
Ela tentou se levantar, mas estava muito dolorida para fazê-lo, então permaneceu quieta naquela cama confortável.
Sua roupa tinha sido trocada e boa parte dos seus ferimentos tinha sido curada, ela percebeu.
Rhys tinha salvo não só as asas de Asterin, mas também sua vida. E ela seria eternamente grata a ele por isso.
Ainda assim, ela estava preocupada. Com o que tinha acontecido após ela ter apagado, mais especificamente, estava preocupada com Samantha.
Mas Asterin não teve muito tempo para preocupações quando a porta do quarto foi aberta e Zya entrou. Quando viu Asterin acordada, ela deu um suspiro aliviado e se aproximou da illyriana.
-Como está se sentindo, Aste?- ela perguntou e Asterin fez uma careta.
-Não tão bem.- ela admitiu com um meio sorriso sarcástico que fez Zya suspirar. -Cadê o Rhys?
Zya deu um sorriso a Asterin e a illyriana sabia que a fêmea tinha notado o leve tom de preocupação na voz dela. Ela apenas bufou, mas até mesmo fazer aquilo doía.
-Ele está bem. - Zya disse, segurando com carinho a mão de Asterin. -Ele foi até as estepes novamente para se certificar que sua irmã está bem.
Asterin se sentiu ainda mais grata a Rhysand do que já era. Ele a conhecia tão bem que já sabia exatamente quais eram as principais preocupações de Asterin. E mostrava que se importava de verdade com aquilo.
-Eu não queria incomodar vocês ou ser um estorvo.- Asterin disse e Zya abriu a boca para retrucar, mas foi outra voz que disse:
-Não diga besteiras e não diga isso! - Amália respondeu entrando no quarto e indo até Asterin, a analisando como se em busca por algo fora do lugar. -Você jamais vai ser um incômodo, está me ouvindo?
Asterin apenas assentiu, os olhos arregalados. Amália tinha aquele poder em qualquer um: era impossível contraria-la e ainda mais impossível fazer ela desistir de algo quando tinha o botado na cabeça. Asterin já tinha notado isso. E queria, de verdade, ter a força de Amália.
-Como está se sentindo, minha querida?- a illyriana mais velha perguntou a Asterin, colocando a mão na testa da fêmea. -Sua febre passou.
-Eu me sinto melhor.- Asterin disse. Até porque, dizer que se sentia bem depois de tudo o que tinha ocorrido seria uma grande mentira. -Não queria ter causado tantos problemas a vocês.
