Ela Se Foi

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Era apenas tempo emprestado, de qualquer forma

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Era apenas tempo emprestado, de qualquer forma.

Asterin sempre soubera disso, desde o momento em que seus olhos tinham batido em Rhysand. Ela sabia que o destino jamais os deixaria juntos por tempo o suficiente e, ainda assim, ela se viu tentada a pelo menos tentar. E se viu no desejo de aproveitar com Rhysand o tempo que teriam juntos um com o outro.

E foi isso que ela fez, mesmo que não tivesse sido o suficiente.

Amou Rhysand com todo o seu coração.

E agora, era a hora de partir. Para onde, ela não sabia, mas sabia que era seu fim e nada poderia ser feito quanto a isso.

Nem mesmo o vento, a segurando e a mantendo ali com eles, poderia fazer isso para sempre. Ela já estava morta; nada a traria de volta.

Ela escutou o grito de Rhysand quando a viu; e aquilo doeu de uma forma que Asterin sequer era capaz de explicar.

Ela queria estar ali, queria poder toca-lo e dizer que tudo ficaria bem, mas tudo o que ela podia fazer era observar o macho que amava de joelhos diante dela, implorando para que ela ficasse.

E Asterin queria ficar.

Pelo maldito Caldeirão, tudo o que ela mais queria era ficar ali, com eles, com sua família.

Mas ela não podia. E sabia disso.

Era tudo tempo emprestado, e o tempo de Asterin tinha se esgotado.

E Rhys continuou gritando.

Gritando, gritando e gritando.

Ele tremia, gritava o nome de Asterin, a balançava em uma esperança tola de que ela apenas estivesse dormindo, mesmo que todos soubessem que a Rainha já havia partido para sempre.

E Rhys não conseguia parar de chorar e implorar e gritar. Ainda estava assim quando Mor chegou até eles, caindo de joelhos. E Azriel, balançando em seus pés, um braço enganchado ao redor de Cassian, sangrento e mal, de pé graças aos curativos azuis do Sifão que se mantinham em cima dele. Sobre os dois.

Mor estava tentando o puxar para longe dela, e Rhys deixou escapar um som que poderia ter sido um grunhido ou outro grito, então eles o deixaram ali.

Ela sabia que Rhys não poderia viver com aquilo, jamais suportaria mais aquela perda. E doía nela também, porque ela sequer teve chance de dizer adeus. De dizer a ele mais uma vez o quanto o amava. Com todo o seu coração. O como o tinha amado, por todos aqueles séculos, e nunca havia o esquecido, nem mesmo por um maldito dia.

-Ele está vendo se há algo a ser feito. - Disse Mor, com a voz firme para Rhys quando Thesan tocou o pescoço de Asterin. Mas ele sacudiu a cabeça.

Não para Mor. Para os outros. Tarquin estava lá. Helion. Ofegante e machucado.

-Ela... - Helion murmurou, depois sacudiu a cabeça, fechando os olhos. -Claro que ela fez. - Disse ele, mais para si mesmo do que ninguém.

-Por favor. - Rhys disse, segurando o rosto de Asterin em suas mãos, o rosto da fêmea que amava, sua esposa. Que tinha partido para sempre agora.

Tarquin se ajoelhou ao lado de Rhys e disse com pesar:

-Sinto muito.

Foram essas duas palavras que terminaram de quebraram Rhysand. Pois era a comprovação final: Asterin não voltaria para casa. Ela nunca mais voltaria para casa.

Rhysand olhou para Tarquin, lábio curvando sobre meus dentes. Olhou para Helion. E Thesan. E Eris chorando, Kallias, Viviane chorando ao seu lado.

-Tragam ela de volta.- Feyre gritou para todos os Grão Senhores. -Façam o que fizeram comigo!

Rostos em branco.

Ela gritou com eles:

-Tragam ela de volta!

Nada.

-Vocês fizeram isso por mim, - Feyre disse, respirando com dificuldade - agora façam isso por ela.

-Você era um ser humano. - Helion disse cuidadosamente. -Não é o mesmo-

-Eu não me importo. Façam-o. Ela deu tudo de si, isso não é justo! - Feyre gritou, implorou.

-Eles não podem.- Aleyenor disse, os olhos fixos em Asterin, no corpo de sua Rainha nos braços do Grão Senhor. A dor era nítida em seu olhar, apesar de não possuírem lágrimas em seus olhos.

Aleyenor não choraria, Asterin sabia disso, por mais que estivesse sofrendo. Aleyenor se manteria forte, porque alguém precisava fazer esse papel. E, por tudo o que já tinha passado ao longo de sua vida, ela havia aprendido, da pior maneira possível, o como fazer exatamente isso.

-O que quer dizer?- Feyre disse, exasperada. -Como não? Claro que podem, podem sim!

Aleyenor apenas olhou Rhysand com tristeza, e aquilo era o suficiente para acabar com todas as esperanças que ainda pudessem exisrir dentro do macho.

-Sinto muito. Mas o poder deles não vai ter efeito em Asterin. - Aleyenor disse baixinho. Feyre parecia colérica.

-Eles podem tentar! Pelo menos podem tentar, certo? Então, façam algo!- ela gritou.

Eris foi o primeiro a se aproximar, deixando uma semente de seu poder cair sobre sua carranam.

E depois, Helion, uma expressão triste no rosto bonito que agora estava coberto de sangue.

E Tarquin.

E então, Kallias.

E Thesan.

Tamlin parou diante de Rhysand, o olhando e olhando.

-Eu sinto muito. - Tamlin murmurou, deixando que aquela semente de seu poder caísse sobre Asterin. Rhysand sequer o escutou, ainda tremendo conforme deixava uma parte de seu próprio poder cair sobre Asterin.

E eles esperaram.

Esperaram e esperaram.

Mas a Rainha de Nilfheim ainda estava morta.

Aleyenor fechou os olhos com força quando Feyre voltou a gritar. Mas Rhysand apenas olhou para a bruxa, desolado.

-Ela se foi.- Aleyenor sussurrou. -Asterin está morta. E nada do que fizer pode mudar isso.

E, mesmo que fosse seu fim...

Ela não se arrependia de nada. Nem por um maldito segundo.

Não me odeiem que ainda falta dois capítulo k~AnaData: 22/12/21

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Não me odeiem que ainda falta dois capítulo k
~Ana
Data: 22/12/21

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora