Por Favor, Acredite Em Mim

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As semanas que se seguiram foram tão agitadas que Asterin sequer teve tempo de sentar com Rhys e conversar

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As semanas que se seguiram foram tão agitadas que Asterin sequer teve tempo de sentar com Rhys e conversar. Ela sabia que as coisas na Corte Noturna não estavam diferentes; todos os dias, Rhys a atualizava, a pedia que se envolvesse. Asterin sentia que a qualquer minuto sua cabeça iria explodir em milhares de pedaços.

Feyre e Rhys conversavam muito sobre a guerra. As vezes até mesmo fazia a cabeça de Asterin latejar, porque quando estavam juntos, eles estavam planejando algo. E Asterin queria apenas alguns minutos de paz, de sossego, mesmo sabendo que eles não tinham tempo para isso.

Feyre queria descobrir o que os irmãos de Lucien sabiam sobre ela, mas também não tivera coragem de pedir a Asterin que falasse com Eris. Todos evitavam aquele assunto, na verdade. Quase como se Asterin tivesse cometido um crime horrível e agora todos tentassem apagar da memória aquele infeliz detalhe. Aquilo a irritava e a incomodava, mas Asterin tentava deixar aqueles sentimentos de lado. Tentava se esquecer.

A última notícia que tivera, é que Feyre tinha pensado sobre recrutar o entalhador de ossos para a guerra que certamente travariam. E que Amren estava tentando treinar Nestha, o que talvez não fosse ser uma tarefa fácil. A Archeron era difícil de lidar, mas estava melhor que Elain, que parecia ter entrado em um estado vegetativo. Era difícil de ver.

Cassian e Feyre tinham ido até o entalhador naquela tarde. Asterin ainda não sabia os detalhes daquele encontro, apenas o preço: o entalhador queria que Feyre encontrasse o espelho de Strygga que Keir possuia. O Uróboro. E olhasse para ele. Pelo menos, Cassian e Feyre tinham voltado bem para casa.

Agora, Asterin estava na Corte Noturna, procurando por Rhys. Para discutir com ele. Porque Rhys iria para Corte dos Pesadelos, e Rhys precisava mudar. Precisava retomar o controle daquele lugar. Asterin o ajudaria nisso, apesar de não ir naquele dia com ele. Não era essa a função dela, afinal? Como Senhora da Corte Noturna?

Ela tinha ido as estepes illyrianas alguns dias atrás. Se a mudança não chegava a eles, então Asterin chegaria. Ela tinha feito uma promessa. E era hora de cumpri-la. Foi gratificante ver a fúria nos olhos daqueles machos e, ainda assim, eles terem que seguir os comandos de Asterin. Ela estava no controle dos illyrianos. E eles a respeitariam, gostando disso ou não.

-Porque está com essa cara, Lucien?- Asterin perguntou quando o encontrou na Casa do Vento. Ele não parecia bem, na verdade, parecia querer desaparecer dali. Ele deu um risadinha sarcástica.

-Você se importa?- ele perguntou, o olho de metal a perfurando. Asterin ficou ao lado dele, inclinada sobre a grade, deixando o vento bater em seu rosto. Por um tempo, ela apenas ficou em silêncio.

-Sim. Sim, me importo.- ela disse, por fim. -Me preocupo com você. Te conheço o suficiente pra isso. Sei o que tem aqui dentro.- ela colocou a mão sobre o peito e o olhou. -Sei que seu coração está no lugar certo. Confio em você. Então, por favor, não jogue isso no lixo.

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora