O Que É Que Você Quer?

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Ninguém pode evitar o tapa que Asterin levou quando aqueles três machos partiram

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Ninguém pode evitar o tapa que Asterin levou quando aqueles três machos partiram. A bochecha dela ficou ardendo, mas Asterin já tinha passado por coisas piores na vida para se importar com aquilo.

A tia dela passou a tarde inteira a xingando de todos os nomes e coisas possíveis, mas Asterin apenas ignorou. Ignorar tudo e todos era o que ela fazia de melhor, então não tinha muita importância, afinal.

Ela apenas ficou calada e fez o que lhe era ordenado. Seu corpo inteiro doía, e sua cura estava lenta. Lenta o suficiente para que fizesse sua mão esquerda ser inútil já que Marley havia a quebrado em três pontos diferentes. Mas aquilo não parecia importar muito para sua tia que a havia feito carregar peso a tarde inteira, ignorando completamente as caras de dor que Asterin fazia. E proibindo Sam de ajuda-la.

Está tudo bem. Asterin dizia a sua irmã, mas elas duas sabiam que era mentira. Se Asterin ao menos conseguisse manter a língua dentro da boca e permanecer calada...

Mas ela não era mais esse tipo de fêmea e tampouco acreditava na bondade dos outros. Principalmente depois de descobrir quem Dalibor era de verdade.

Ter fugido daquele casamento havia sido a melhor coisa que Asterin poderia ter feito, mas também a pior. Pois as consequências que vieram graças a isso haviam ameaçado destrui-la por completo.

Dalibor era uma víbora, mas não pior que o próprio pai de Asterin. Ela o odiava, o odiava e o queria morto. Deveria ter aproveitado a chance de fugir quando a teve, mas agora era tarde. E os dias dela estavam contados, pois ela não conseguiria mais evitar sua menstruação, e quando as primeiras gotas de sangue a manchassem... Bem, seria o fim de suas asas negras. Seria o fim de sua liberdade. Ela sabia que era exatamente isso o que seu pai e Dalibor queriam: rasgar as asas de Asterin para que ela jamais pudesse voar novamente.

Ela tinha pesadelos com esse momento e rezava para alguém salva-la, qualquer um. Mas eles nunca vinham. A única coisa que ainda acalentava o coração de Asterin, era o vento e a canção suave que ele trazia para ela.

-Asterin. - a tia dela disse, jogando para ela as duas pesadas sacolas de lixo. -Leve isto para fora, agora. E depois vá até a casa de Martha e pegue o vestido que deixei com ela.

Nem um por favor ou um você poderia fazer isso para mim? Ordens; apenas ordens, era tudo o que Asterin receberia. Não que ela esperasse muito vindo de sua família de merda, de qualquer forma.

Então ela o fez. Pegou os dois sacos e os arrastou para fora, tentando reprimir a careta de dor conforme movimentava a mão machucada.

Pelo menos não era tão longe assim o local onde deixavam o lixo e ela logo se livrou daquilo. A pior parte seria ter que andar naquelas ruas desertas no início da noite até a casa de Martha. Porque se Marley ou Dalibor estivessem por perto... Seria um verdadeiro pesadelo.

Asterin tratou de caminhar rapidamente, o coração trovejando dentro do peito. Ela não queria ter que lidar com mais ferimentos, pois sabia que provavelmente seria fatal, levando em conta o estado deplorável que a fêmea já se encontrava.

Apenas mais alguns minutos e ela estaria de volta ao inferno que chamava de casa, mas pelo menos estaria mais segura dentro de lá do que naquelas ruas geladas que traziam muitos perigos a Asterin.

Ela chegou a porta da casa de Martha e bateu três vezes. Porém, nada; ninguém atendeu, e ela estava bem ciente que Martha não tinha saído de casa, principalmente por estar cuidando do filho mais novo. Asterin bufou, impaciente. Pois bem, ela que não atendesse, então. Asterin não ficaria ali plantada para sempre, principalmente correndo o risco de os filhos mais velhos dela chegarem, ou seja, Dalibor e Hawise. Aquilo sim seria um pesadelo.

Asterin sabia que Martha a odiava desde o dia em que Asterin tinha fugido do casamento com Dalibor.

Ela havia o amado um dia, quando acreditou que ele fosse um macho que não era, um macho bom. Quando ele a ofereceu as estrelas e a fez promessas que jamais cumpriria. Ela o amou com todo o coração, apenas para descobrir que Dalibor não valia a pena. E tudo o que viviam era uma verdadeira mentira.

O que teria acontecido caso ela tivesse se casado com ele? Quanto tempo teria demorado para ele parar de fingir ser amoroso e carinhoso e mostrasse quem era de verdade, o macho desprezível e nojento que era?

Tê-lo visto transando com outra fêmea havia sido tudo o que Asterin precisou para desistir daquela ideia de casamento. E depois disso, ela teve ainda mais certeza. Principalmente quando ele fez questão de mostrar a ela que não valia absolutamente nada.

Irritada e sem nenhuma vontade de permanecer diante daquela casa que a trazia péssimas lembranças, Asterin se virou e caminhou em direção a própria casa.

Atrás de você, cuidado por onde anda. Não está sozinha e ele a observa. A canção suave do vento chegou até ela, fazendo o coração de Asterin trovejar. Se fosse Dalibor atrás dela...

Do que está se escondendo? Uma voz soou em sua mente, quase como um ronronar. Não era o vento conversando com ela; era outra coisa. Mais especificamente, outro alguém.

Ela rosnou irritada e puxou aqueles escudos mentais decrépitos que ela tinha. Asterin estava bem ciente que não tinha conhecimento o suficiente para usar aquele escudo da forma correta e sequer forças para isso, então seria fácil para aquela pessoa destruir sua mente caso desejasse. Uma risada suave ecoou pela mente dela.

Asterin se virou, apenas para já encontra-lo a seu encalço. Não que ela fosse deixar aquele macho intimida-la, não importava que ele fosse o herdeiro da Corte Noturna. Ela inclinou o queixo e arqueou a sobrancelha para ele, vendo as estrelas brilharem naqueles belos olhos violetas. E então, ela disparou:

-O que é que você quer?

Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

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Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Ok, eu ia fazer a fanfic mega curta, mas tive mais ideias. Os acontecimentos não vão ser enrolados, vai ser mais direto, e ela vai ser dividida em duas partes. Espero que gostem!

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 02/05/21

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora