Eu Já Sou Muito Mais Que Um Rostinho Bonito

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Asterin não sabia dizer exatamente quanto tempo tinha se passado desde sua visita a Velaris

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Asterin não sabia dizer exatamente quanto tempo tinha se passado desde sua visita a Velaris. Dias. Semanas. Um mês. Ela não era capaz de pensar muito a respeito, principalmente quando a mente estava tão cheia de coisas e o coração tão pesado.

E, apesar de Asterin ter desejado poder deixar tudo de lado e o passado no passado, ela não podia. Na verdade, não conseguia. Porque ter visto Rhys novamente havia partido algo profundo nela, e talvez Asterin não fosse conseguir reparar aquilo. Bem, ao menos, não sem ajuda.

Ela de fato não prestava atenção na discussão acirrada de Conan com Alibia sobre o comando dos exércitos. Aquilo parecia muito trivial para as novas preocupações de Asterin. E ela não falava apenas sobre as preocupações em relação ao próprio coração.

Eram um reino forte que havia permanecido escondido por cinco séculos. E agora, não estavam mais nas sombras. O que por um lado era ótimo, principalmente quando haviam conquistado o respeito de outros reinos. Mas por outro era péssimo. Eles nunca sabiam quando aliados se tornariam inimigos e quando precisariam de novas alianças para se manter.

Comandar um reino não era nada fácil, mas Asterin havia aprendido a como fazê-lo com maestria ao longo dos séculos.

-Odeio admitir, Asterin, mas Conan está certo.- Alibia disse, por fim. Asterin levantou a cabeça para olhar nos olhos da metamorfa que, naquela manhã, estavam azuis. -Precisamos de alianças, principalmente agora que a Rainha de Vallahan está tão incomodada com você. Faça uma forte aliança e esfregue na cara dessa vadia que você é muito mais que um rostinho bonito.

-Eu já sou muito mais que um rostinho bonito.- Asterin disse com deboche. Alibia suspirou.

-Precisa acertar as contas de vez com a Corte Noturna. Você já reapareceu na vida deles. E se eles costumavam ser sua família, consegue traze-los para nosso lado. - Conan disse e Asterin torceu o nariz.

Odiava pensar daquela forma, quase como se estivesse os usando. Mas entendia perfeitamente o que Conan queria dizer, principalmente quando deixava seus sentimentos de lado e passava a pensar como a rainha que era.

-Eles ainda são parte da minha família. E tenho certeza que não preciso convencê-los a me apoiarem em algo. O problema é aquele que precisamos mais. Rhys. Ele não vai me ajudar. Provavelmente nunca.- Asterin disse, se levantando, tentando dar aquele assunto por encerrado. Mas Conan e Alibia não desistiriam tão fácil assim.

-Então, faça uma festa! Os convide para um jantar. Dê seus pulos, Asterin, você é a Rainha.- Conan disse e Asterin cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha para ele.

-E você realmente acha, Conan, que isso funcionaria?- ela disse. O serafim suspirou e deu de ombros.

-Talvez. Talvez, Terin. Talvez Rhysand perceba o porque você teve que partir vendo tudo o que conquistou. Quem sabe não possa entender, te perdoar? Pela Mãe, Asterin. E você também quer isso, eu sei que quer. Eu te conheço.

E ele conhecia mesmo. Tinha razão. Tudo o que ela mais desejava era que Rhys pudesse compreender o porque ela o tinha deixado. O porque havia sido tão essencial para ela fazer aquilo. Sozinha.

Asterin bufou e passou as mãos pelo rosto, pelos cabelos, nervosamente. Era uma terrível ideia e, ainda assim, era a única solução que conseguia pensar no momento. Principalmente com a Rainha maldita de Vallahan enchendo o saco de Asterin, com Conan e Alibia surtando e a pressionando e seu exército sedento por sangue e uma guerra, apesar da Rainha odiar aquela ideia. A Domadora do Vento iria botar cada um deles em seus devidos lugares. Ou não se chamava Asterin.

-Está bem!- ela disse, irritada. -Faça a porra da festa. Mas escute bem, Conan, está tem que ser a melhor festa que já demos, está me ouvindo? Nunca recebemos ninguém de fora, então precisa ser a altura. Apesar de eles terem sido minha família, quero que se choquem quando colocarem os pés aqui. Se vierem, claro. E sem assuntos políticos. Isso é apenas uma festa.

-Com segundas intenções.- Alibia disse. Asterin revirou os olhos.

-Não de mim.- ela murmurou.

Porque, se fosse ser bem honesta, Conan tinha oferecido a ela a oportunidade que Asterin havia tanto esperado: a chance de mostrar a família antiga dela quem havia se tornado.

-E eu irei escrever a carta.

-Oh, não acho que seja uma boa ideia.- Conan cantarolou, jogando fora o ar mandão que assumia nas reuniões. -A última carta sua que o Grão Senhor recebeu foi tomando um fora.

-Conan, juro, vou arrancar cada pena da sua asa e te fazer engolir, sua galinha do caralho. - Asterin rosnou apenas para fazer Conan cair na gargalhada.

-Ah, qual é, minha bela morcega. Tenha senso de humor. Foi um dia longo e tenso para todos nós. Se divertir um pouco, minha Rainha, não vai fazer mal a ninguém.- ele disse indo até ela e apertando o ombro de Asterin em uma massagem. Ela bufou antes de soltar um suspiro.

-Você as vezes é útil, sabe?- ela disse e Conan riu.

-Útil para encher o saco.- Alibia retrucou. Asterin riu e Conan apenas fez um gesto vulgar para Alibia. A metamorfa esticou a mão e segurou a da illyriana. -Vai dar tudo certo, Terin.

E ela sabia que Alibia dizia muito além de terem uma aliança política. Mas sim que Asterin tinha a chance de se acertar com sua família. E que tavez a festa planejada não fosse ser uma completa catástrofe.

 E que tavez a festa planejada não fosse ser uma completa catástrofe

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Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Ver vocês empolgados com a fic e comentando muito me faz ficar com ainda mais vontade de escrever. Então, obrigada a todos que comentam, significa muito pra mim. E espero que estejam gostando!

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 10/06/21

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora