Asterin tinha nascido com um karma, mas ela supunha que toda fêmea illyriana tinha nascido com ele. Para ela, não era nada diferente.
Asterin deveria estar acostumada com o machismo, a maldade e as agressões, mas a verdade é que aquilo apenas alimen...
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Fazia muito, muito tempo que Asterin não dormia bem daquela forma. Que não acordava bem daquela forma. Se fosse ser bem honesta, ela não tinha interesse algum de sair daquela cama, de sair daquele quarto, de sair dos braços de Rhys. Talvez tenha sido por isso que permaneceu de olhos fechados, por mais acordada que estivesse, apenas aproveitando o calor do corpo de Rhysand contra o dela, aproveitando a carícia suave dele em suas costas.
-Poderia ficar aqui pelo resto do dia. Talvez até mesmo pelo resto da eternidade.- ela murmurou, estremecendo quando Rhys desceu a mão pela coluna dela. Ele apenas riu, uma risada leve e linda que Asterin amava.
-Eu não reclamaria disso.- els falou se inclinando para morder o pescoço de Asterin com delicadeza.
Ela apertou Rhys com força contra si conforme ele distribuia beijos pela pele quente de Asterin, fazendo o sangue da illyriana ferver com o toque dos lábios de Rhys.
-Muito cedo para isso, não acha não?- ela disse arqueando o pescoço para ele. Rhysand riu.
-Nunca é muito cedo para ter você. E acho que seu corpo concorda.- ele provocou e Asterin revirou os olhos. No fundo, ele estava certo e não havia como negar.
-Preciso voltar para casa.- ela disse, segurando um suspiro quando Rhys passou a língua pela clavícula dela. -Ou pelo menos descobrir se meus amigos disfuncionais sobreviveram a noitada na Corte Noturna.
Rhysand deu uma gargalhada e olhou para Asterin, os olhos brilhando. Há quanto tempo ela não tinha visto aquele brilho nos olhos de Rhys? A quanto tempo ela não tinha tido o mesmo brilho nos próprios olhos?
-Gosto de te ver assim.- ela disse baixinho, passando a mão pela bochecha dele e Rhys inclinou a cabeça na direção do toque de Asterin.
-Assim como?- ele perguntou e Asterin sorriu para ele.
-Parecendo feliz. Feliz de verdade.- ela falou e Rhys sorriu para ela.
-Eu estou feliz, Teri. Como eu poderia não estar feliz se você está ao meu lado?- ele disse, roçando os lábios contra os dela.
-Rhys.- ela disse e ele a olhou, já sabendo o que Asterin queria dizer sem que ela precisasse. No fundo, ele ainda a conhecia bem demais.
-Eu sei.- ela disse passando a mão pela bochecha dela. -Você ainda é a mesma Asterin de antes, sabia? Talvez um pouco mais chata.
Asterin revirou os olho e deu um beliscão forte no braço de Rhysand, o fazendo sibilar. Ela arqueou a sobrancelha para ele.
-E você ficou ainda mais babaca. Talvez devesse aprender um pouco comigo sobre como comandar um reino, idiota.- ela disse e Rhys apenas riu, balançando a cabeça.
-Tudo bem, talvez você tenha razão. Talvez eu não esteja sendo um Grão Senhor tão bom assim.- ele disse e ela arqueou a sobrancelha.
-Eu sei apenas o que você me contou.- ela disse e Rhysand suspirou.
-Deixei a Cidade Escavada nas mãos do Keir.- ele murmurou e Asterin engasgou com a própria saliva. Ela olhou para Rhysand, verdadeiramente incrédula.
-Você ficou maluco, foi? Ele é tipo o cara mais otário do universo e você... Rhysand!
-Eu tive meus motivos.- ele disse e suspirou. -Eu ainda vou lá, mas... É complicado. Toda vez que vou lá, tenho que parecer tão perverso quanto eles. É exaustivo.
-Eles querem roubar seu trono, isso sim.- ela resmungou. -Eles são o tipo de povo que você precisa mudar. Não apenas manter sobre controle, mas mudar.
-Como você muda um povo que não quer ser mudado, Asterin?- ele disse, verdadeiramente perdido. Ela olhou nos olhos de Rhysand, e sabia que ele não tinha a resposta para aquilo.
-Insistindo. Não desistindo. Vai ter sempre alguém que vai te seguir se você se mostrar digno disso.- ela disse e Rhys assentiu. -E eu tenho até medo de perguntar, mas... E as estepes?
-Odeio aquele lugar.- ele disse baixinho e Asterin assentiu. Ela também odiava. Odiava cada memória que aquele lugar trazia a ela. -Continua a mesma merda que era quando você partiu. Talvez tenha mudado algumas coisas porque Cassian... Bem, você sabe como Cassian é. Devlon é melhor que os outros, ainda permite que algumas das fêmeas treinem por um determinado tempo. Mas não vou mentir, Asterin, não é bom. Por mais que eu tenha proibido que cortem as asas das fêmeas, eles ainda fazem isso, mas agora de um jeito ainda pior porque fazem eles mesmos. Honestamente? É ainda pior lidar com os illyrianos do que com a Cidade Escavada.
Asterin sabia. Se as coisas não tinham mudado muito em quinhentos anos, então talvez alguém precisasse ir até lá e chutar todas aquelas bundas illyrianas. E esse alguém seria ela.
-Me leve até lá.- ela pediu e Rhys apenas se inclinou para olha-la nos olhos, sabendo exatamente o que ela faria.
-Teri...- ele começou, mas ela o cortou antes mesmo que Rhysand pudesse começar seu discurso.
-Eu fiz uma promessa. Prometi algo no dia que Sam... - dizer o nome da irmã que ela tinha perdido ainda doía. E talvez fosse sempre doer, como ainda doía lembrar de Amália e de Zya. E de tudo o que tinha sido tirado dela. -No dia que Sam morreu, no dia que matei meu pai, prometi algo e depois fui embora. Eu fui a esperança daquelas illyrianas por um tempo e depois simplesmente sumi para sempre. Mas eu voltei agora, Rhysand, e não vou deixar que existam mais Samanthas morrendo por conta de grandes machos imbecis com pensamentos de merda.
Rhys não disse nada. Apenas segurou a mão de Asterin e assentiu. E ela sabia que não importava o que pedisse a ele, Rhysand o faria.
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Pois é, voltei rsrsrsrs Nada a dizer sobre, apenas que o Rhysand só fala assim com a Asterin: au au au au au
