Eu Já Estou Morrendo

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Três semanas depois

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Três semanas depois

Ela estava com dor, apesar de fazer o possível para não demonstrar isso. Apesar de terem soltado as amarras de Asterin, ainda assim, aquela sala onde a tinham enfiado, de alguma forma, selava a magia dela. Asterin não conseguia escapar; e, acredite, ela tinha tentado. Várias e várias vezes.

No primeiro dia, quando percebeu que ninguém iria aparecer ali, Asterin socou a porta várias e várias e várias vezes, até seu punho estar completamente ensanguentado e o osso aparecendo. Onde estava Eris? Onde estava Eris? Onde estava Eris?

Ela se recusava a pensar que talvez ele estivesse morto. Não, Beron a mataria primeiro antes de tocar em Eris. Então, o que tinham feito com ele?

Ninguém tinha ido atrás dela; será que sequer sabiam onde Asterin estava? Será que sabiam que ela estava nas garras de Beron? Se soubessem, Rhysand na teria destruído a Corte Outonal. Ela deveria ter dito para onde ia quando saiu de casa; deveria ter falado com Rhys. Agora, talvez fosse tarde demais para isso. Talvez fosse tarde demais para qualquer coisa.

-Come essa merda.- o tratamento era aquele, todos os dias.

No começo, Asterin tentou lutar contra aquilo. Lutou ferozmente, matou cinco guardas no processo. Mas agora ela estava tão, tão cansada. Como se todas as suas forças, toda sua energia, tivessem sido completamente drenadas dela.

As vezes, ela achava que perderia a sanidade, trancada naquela sala vazia, gelada e escura. Ela achava, na maioria dos momentos, que estava a beira de um colapso. O que restaria dela se conseguisse sair? Ela tinha passado pelo pior antes, Beron não a quebraria. Ninguém a quebraria.

"Você é a vadia que matou o Lorde Marlow, não é? Consigo me lembrar agora. A parceira dele." Beron disse em um dos dias que tentava fazer Asterin se curvar a ele, que tentava forçar a rainha a ceder a ele. Ela não cederia; jamais cederia. "Agora percebo que meu filho maldito deve ter ajudado você nisso."

E a dor vinha.

Fogo. Facas. Veneno. Não importava mais o que Beron usava nela, que diferença fazia? Ela nunca, jamais, daria a Beron o que queria.

Eu sou Asterin.

Rainha de Nilfheim.

Ninguém vai me impedir de conquistar o que eu quero. Nem Dalibor, nem Marlow, e muito menos Beron.

E eu vou matá-lo.

Isso, claro, se ela sobrevivesse a noite. Se sobrevivesse ao veneno que havia sido forçada a ingerir. Estava tão, tão frio ali. O que quer que Asterin tinha ingerido certamente a faria morrer daquela forma: tremendo, os dentes se chocando, e nenhum calor ficando em seu corpo que estava magro e frágil pelos dias sem comer, pelas torturas de Beron.

Você não pode me quebrar. Outros tentaram e nenhum conseguiu. Você não vai ganhar.

Asterin trincou o maxilar com força e fechou os olhos, se encolheu o máximo que conseguir, tentando se aquecer, tentando não morrer.

E ela estava preocupada. Eles estavam no meio de uma guerra. Como estaria Nilfheim? A Corte Noturna? O mais importante, como estava Rhys?

Ele provavelmente estava colérico. Asterin apenas rezava para que tivesse mantendo o lar dela, o lar deles, a salvo.

Asterin escutou a porta ser aberta, mas não levantou a cabeça para olhar. Porque o faria, afinal? Para que olhasse naqueles olhos cheios de maldade e percebesse que era o fim para ela?

-Entre ai.- ela escutou a voz daquele macho, o irmão de Eris, com um soprado cruel. Ela sabia que ele estava sorrindo. -Ela vai morrer, de qualquer jeito. E você apenas vai poder assistir, sem poder fazer nada, sua amiguinha morrer. E depois vai ser você.

A porta se fechou novamente, mas ela não estava mais sozinha. Ela sentiu mãos em seu ombro, ouviu um coração bater acelerado.

-Asterin...- Era Eris, a voz rouca rasgando a garganta. -O que fizeram com você?

-Você está vivo.- ela disse, baixinho, a voz saindo por apenas um fiapo. Os olhos dela se encheram de lágrima; Eris estava vivo, estava vivo e estava ali.

Ele a puxou para seus braços, se sentando ao lado de Asterin e a apertando com força. Ela parou de tremer; o frio já não importava mais. Ele estava ali, e ela não estava mais sozinha. Ela provavelmente morreria, mas não importava. Nada mais importava.

-Eu sinto muito, muito.- Eris disse, baixinho, passando a mão pelo cabelo dela. Com a força que ainda restava nela, Asterin apertou Eris contra si.

-Não sinta muito.- ela disse duramente para ele. -Não é você quem tem que sentir muito, Eris.

Ele ficou em silêncio por um tempo, o unico barulho da sala era o da respiração entrecortada de ambos e os corações acelerados; eles sabiam, sabiam que aquele era o fim.

-Nós dois vamos morrer.- Eris murmurou contra o cabelo dela. Asterin passou a mão pelo braço dele com carinho, os olhos queimando.

-Eu sei.- ela disse num sussurro. -Eu já estou morrendo, Eris.

Eris a apertou com força, como se aquilo fosse o suficiente para salvar a vida de Asterin. Ela queria que fosse. Queria desesperadamente que aquele abraço pudesse curar tudo. Queria, com todas as suas forças, que as coisas não acabassem daquela maneira. 

Ela ainda não tinha feito tudo o que queria. E quem mudaria o mundo no lugar dela, afinal? Quem realizaria os sonhos de Asterin, aqueles que ela estava sendo forçada a deixar para trás?

E Rhys... 

Ele a perderia de novo. Dessa vez, para sempre. Pensar no como aquilo o quebraria destruia completamente o que ainda restava de Asterin.

Rhys, não houve um dia sequer que eu não tenha te amado.

-Você não está sozinha.- Eris disse, apertando a mão dela com força na sua. -Eu vou lutar por nós, Asterin.

Ah, Eris. Ao menos se isso pudesse resolver nossos problemas. Ao menos se isso me desse mais tempo. 

Credo, gente, vocês ficaram muito exaltados comigo no capítulo anteriorEu jamais vou conseguir fazer de novo o que fiz com a Alynia KKKKK por isso o sofrimento da Asterin foi menos intenso hmmm

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Credo, gente, vocês ficaram muito exaltados comigo no capítulo anterior
Eu jamais vou conseguir fazer de novo o que fiz com a Alynia KKKKK por isso o sofrimento da Asterin foi menos intenso hmmm

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 22/07/2

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora