Sou Aleyenor Do Clã Da Lua Crescente

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Aleyenor respirou fundo, se concentrando nos sons ao seu redor; deixou que suas mãos deslizassem pela terra, sentindo a grama contra seus dedos, tentando se conectar com o ambiente em que se encontrava

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Aleyenor respirou fundo, se concentrando nos sons ao seu redor; deixou que suas mãos deslizassem pela terra, sentindo a grama contra seus dedos, tentando se conectar com o ambiente em que se encontrava. A bruxa era capaz de escutar os pássaros ao seu redor, mas precisava ir além; precisava focar em algo maior que isso para conseguir visualizar algo, o que quer que fosse, da rainha mortal perdida. Ela conseguia ver uma pena vermelha caindo, mas Aleyenor não conseguia entender onde ou o que aquilo significava. Uma maldição, isso era certo, ela conseguia escutar um grito desesperado rasgando o ar.

Um pigarrear fez toda a concentração de Aleyenor ir embora, e a bruxa abriu apenas um olho para fitar Lucien, que a encarava com a sobrancelha arqueada. Aleyenor não demonstrou nenhuma emoção, mesmo com a vontade de esganá-lo por ter a interrompido naquele momento, quando ela tinha deixado claro como a luz do dia para ele que precisaria de silêncio para tentar encontrar a sexta rainha.

-Você conseguiu alguma coisa? - ele perguntou, e ela era capaz de sentir sua ansiedade. Aleyenor não era estúpida; sabia que Lucien tinha decidido ir atrás da rainha mortal não só para fugir, mas também para provar algo.

A bruxa suspirou antes de balançar a cabeça em negação. Era frustrante; por mais que sentisse que estavam perto, parecia que uma cortina cobria todos os sentidos de Aleyenor, e nem mesmo quando usou seu Caldeirão para amplificar seus poderes ela tinha sido capaz de tirar aquela cortina e descobrir onde diabos estava aquela rainha.

Lucien bufou, claramente desapontado, e grunhiu antes de se deitar contra a grama, encarando o céu escuro diante deles.

-Talvez ela esteja morta.- Lucien disse e Aleyenor revirou os olhos, se deitando ao lado do macho para olhar o céu.

-Ela não está morta.- Aleyenor disse e Lucien deu a ela um sorrisinho puramente lupino.

-E como você sabe disso, bruxinha?- ele soltou, fazendo Aleyenor arquear uma sobrancelha para ele. Ela poderia apenas responder "porque eu sei" e mandar que Lucien calasse a maldita boca, como faria normalmente, mas Aleyenor se sentia exausta até mesmo para suas respostas afiadas ou inteligentes. Ela apenas direcionou os olhos azuis para o céu, fitando as estrelas que brilhavam diferente ali.

-Consigo escutá-la gritar. - Aleyenor disse, a voz baixa. Ela sabia que qualquer clima de diversão que pudesse existir dentro de Lucien tinha evaporado naquele exato instante. -Como se ela estivesse presa dentro de si mesma, em uma maldição que não é capaz de quebrar.

Por um tempo, o macho apenas ficou em silêncio, as sobrancelhas franzidas enquanto Lucien pensava sobre o que Aleyenor tinha acabado de revelar.

-Acha que é por isso que não conseguimos encontrar ela?- ele perguntou, os olhos cravados em Aleyenor. A bruxa apenas deu de ombros e Lucien bufou, os olhos se revirando. Ele abriu um meio sorriso para Aleyenor. -Adoro o jeito que você é super esclarecedora e comunicativa.

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora