Plantando Flores? Sério?

1.2K 200 105
                                    

Estava tudo uma bela merda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estava tudo uma bela merda. Os dias andando e circulando a Casa da Floresta tentando não serem vistos por Beron eram extremamente entediantes para Asterin. Lucien parecia prestes a explodir, a qualquer momento. Bem, ela entendia. Tinha ficado assim quando passaram perto da casa onde ela tinha sido mantido trancada por tanto, tanto tempo. Até Eris chegar. Até ele tira-lá das garras daquele macho que havia a tomado como sua.

O parceiro de Asterin. Aquele que havia a enjaulado como um bicho, a mantido longe de tudo o que mais estimava por anos.

Ela sabia quem era Eris quando ele apareceu, quando ele percebeu que tinha algo de errado no relacionamento de Asterin com o Lorde Marlow. Que ela tinha marcas pelo corpo, olheiras nos olhos. Pálida, com fome, quebrada e vazia. Ela não achou, nem por um segundo, que Eris a ajudaria. Conhecia a história dele com Morrigan; ele a deixaria para morrer ali também.

Então a surpresa de Asterin foi grande quando Eris a ajudou a escapar daquela casa. Quando a escondeu em uma de suas propriedades, esperou que ela se curasse. A ajudou, mesmo quando Asterin o rejeitou. A deu amor, carinho e amizade e, quando ela melhorou, a ajudou a retaliar. Poderia ter dado errado; Eris poderia se ferrar com aquilo. Mas ele a ajudou e, juntos, Eris e Asterin mataram o parceiro dela. A dor do laço se partindo foi horrível e, ao mesmo tempo, uma libertação. Eris também a ajudou naquele momento. A não morrer. A não se deixar partir.

Tudo tinha dado certo, bem, menos a parte que não estava prevista nos planos: Lucien, no auge de seus dez anos, saindo atrás do irmão mais velho e o vendo ao lado de uma cova e uma illyriana, com uma pá na mão e uma cara de quem tinha feito merda. Asterin quase tinha entregue tudo a aquele garotinho, dito que era uma pessoa terrível, que tinha matado, e agora ela morreria enforcada nas mãos de Beron. Mas Eris, como sempre, tinha lidado com a situação, apesar do coração batendo forte no peito. Quando Lucien saiu, chorando por ter tomado uma patada do irmão, Eris se virou para Asterin, pálido como um fantasma.

-Bem, isso correu perfeitamente como você queria.- Asterin disse, os olhos levemente arregalados. -Plantando flores? Sério?

-Você queria o que, que eu falasse que estávamos enterrando um morto? - Eris sibilou e Asterin rosnou, mas o ajudou a finalizar aquilo. No fim das contas, eles de fato plantaram flores numa tentativa de encobrir o crime deles.

Anos depois, ela se perguntou o porque não tinham simplesmente queimado o corpo de Marlow. O desespero de ambos tinha sido tanto, que sequer tinham pensado direito no que fazer, apenas quiseram se livrar logo daquele corpo, como duas crianças que tinham feito uma grande merda e não soubessem como esconder.

Lembrar de Marlow ainda trazia a ela péssimas lembranças; o como ele tinha descoberto o laço entre eles e a agarrado. A deixado fraca e impotente porque sabia que Asterin era uma guerreira. Ele a tinha deixado para apodrecer aos poucos, na esperança de que ela um dia o aceitasse. Ela nunca cedeu; preferia a morte a estar com aquele macho. Asterin odiava aquelas memórias, as lembranças.

Era difícil não voltar a elas estando naquela Corte, então Asterin apenas prestava atenção nas pequenas discussões de Feyre e Lucien, se concentrava em Lucien falando do como aquele lugar era podre. E era mesmo. Ela podia sentir a dor de Lucien também; diferente da vez que salvara Asterin, Eris não pode salvar Lucien. Ao menos, não da mesma forma. Também não pode fazer nada enquanto Beron matava a amada do macho. Parte de Asterin entendia a lealdade de Lucien a Tamlin. Tamlin o tinha tirado das garras daquela corte. Não tinha ela o mesmo tipo de lealdade a Eris? Eris a tinha salvo de algo tão ruim quanto. Mas a diferença é que Eris jamais seria podre como Tamlin era. Por mais que ele quisesse que acreditassem que era.

Eles entraram em uma caverna quando anoiteceu. Asterin se sentia exausta, então ela se deitou no chão frio e gelado, fazendo apenas uma careta quando uma pontada de dor latejou em sua asa. Pelo menos, estava se curando, apesar de não tão rápido. O vento ajudava da forma que podia.

Asterin dormiu, finalmente. Com o crepitar do fogo a sua volta na mais nova caverna, o calor e o relativo afastamento foram o suficiente para derrubarem a illyriana.

Mas é claro que nem tudo eram flores. Asterin acordou com uma mão pressionada na sua boca e uma lâmina contra a garganta. Ela grunhiu, o coração na garganta e o sangue fervendo. Estava preparada para atacar; a lâmina contra seu pescoço não era nada. Mas Feyre também tinha uma lâmina contra o próprio pescoço.

-Olha o que nós encontramos. - Uma voz masculina fria falou devagar.
Ela conhecia aquele rosto, aquela voz cruel. O cabelo vermelho, a pele pálida, o sorriso afetado. Não seu melhor amigo, mas sim a pior versão dele. Segurando. Uma. Maldita. Adaga. Contra. O. Pescoço. Dela.

Ela também conhecia o rosto dos outros dois machos na caverna, com um Lucien rosnando preso embaixo de um deles e uma Feyre irritada com uma adaga pressionada contra o próprio pescoço.

Os irmãos dele.

Asterin queria gritar. Queria matar todos eles. Bem, quase todos. Eris poderia ser a exceção. Aquilo... Aquilo era uma maldita encenação. Tinha que ser.

Então, Asterin também entraria naquele jogo.

Boa noite meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Boa noite meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Nada a comentar sobre esse capítulo risos
Apenas que o caos bateu na porta

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 16/07/21

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora