Asterin tinha nascido com um karma, mas ela supunha que toda fêmea illyriana tinha nascido com ele. Para ela, não era nada diferente.
Asterin deveria estar acostumada com o machismo, a maldade e as agressões, mas a verdade é que aquilo apenas alimen...
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-Eu acho incrível que é só eu ficar fora uns dias que puta que pariu...- Asterin disse, esfregando o rosto com força para não surtar. Ela lançou um olhar para Feyre, tão duro que fez a grã feérica se encolher. -Primeiro, você faz um acordo com o Entalhador de Ossos, algo que já tinha te avisado que era merda. Ai você vai lá e faz outro acordo com Bryaxis? Feyre, qual o seu problema?
Feyre cruzou os braços, encarando Asterin de uma forma desafiadora. A Rainha apenas arqueou a sobrancelha.
-Asterin, entendo você ser Grã Senhora e te respeito, mas a Corte Noturna é minha casa e vou fazer de tudo para protegê-la. - Feyre disse firmemente, fazendo Asterin piscar os olhos.
-Até mesmo acordos completamente estúpidos?- Asterin falou e Feyre assentiu com convicção antes de abrir um sorrisinho.
-Sim, principalmente esses.
Asterin suspirou e segurou a mão de Feyre na sua em um agradecimento silencioso. Em guerras, sacrifícios precisavam ser feitos, e Asterin entendia muito deles. Não tinha o direito de julgar Feyre por ter feito o que achava melhor, por mais idiota que fosse.
-Bem...- Asterin disse, olhando de Feyre para Conan e, então, para Rhys. -Vocês deveriam ir para as Terras Mortais, então. Cuidar da situação com o noivo da Elain, seja lá o que vão fazer. Eu dou um jeito nos illyrianos.
-Asterin, tem certeza que...- Rhys começou, mas ela apenas assentiu em concordância.
-Eu sei lidar com eles, Rhysand. - ela suspirou. -E eu sou a Grã Senhora deles, quer eles queiram, quer não.
Rhysand, mesmo que muito a contra gosto, apenas assentiu, se aproximando dela e beijando suavemente o rosto de Asterin. Ela sorriu para Rhys antes de se levantar e estender a mão na direção de Conan.
-Quando nos vermos de novo, espero que me tragam notícias boas.- Asterin disse com um sorriso antes de deixar que o vento os cercasse e desaparecer dali.
Mesmo no auge do verão, o acampamento illyriano estava úmido, refrescante, quando Asterin e Conan chegaram ali. Conan balançou suas asas inquieto e desconfortável, e era nítido para qualquer um o quanto o Serafim odiava aquele lugar. Por vários motivos, mas em principal por tudo o que Asterin e Tori tinham passado ali.
-Se acalme, Con, pela Mãe. - Asterin murmurou, caminhando pelo cascalho, suas botas de couro fazendo barulho enquanto ela andava.
Devlon já estava esperando por eles quando Asterin se aproximou, mesmo que em suas feições estivesse nítido que, na verdade, não era exatamente Asterin que ele queria ver. O sorriso estava em seu rosto, mesmo que ainda tivesse um pouco de desprezo ali, não tanto como nas características dos demais illyrianos.
Os machos reunidos apenas olhavam para Asterin, como se ela fosse nada além de uma fêmea illyriana desprezada, sem valor e sem respeito. Não que ela se importasse com a opinião daqueles machos de merda.
Havia apenas algumas lutadoras na legião, mas Asterin sabia que agora não era o momento de testar a tolerância dos illyrianos, não quando eles precisavam que esses machos lutassem por Prythian. Mas se sobrevivessem... Ah, sim. Asterin faria da vida daqueles illyrianos um inferno. Ela cumpriria com sua promessa; ou eles mudavam, ou ela os reduziria a nada além de cinzas.
-É verdade, então. A Muralha caiu. - Devlon falou e Asterin abriu para ele um sorriso puramente lupino.
-Um fracasso temporário, nada que deva se preocupar. - Asterin cantarolou. Ela vestia couro illyriano, suas lâminas presas na lateral de seu corpo, uma forma de deixar bem claro que ela era uma deles e muito mais do que isso: uma guerreira, uma Rainha e uma Grã Senhora. E que eles deviam respeito a ela. -Mas isso não é exatamente da sua conta, Devlon.
Ela pode escutar rosnados, mas nada disso a abalava. Devlon apenas abriu um sorriso para Asterin, um desafio silencioso.
-Sabe porque estou aqui, não?- Asterin disse, estalando a língua. Devlon riu.
-Eu devo satisfações apenas ao Grão Senhor. Você não é digna de respeito.- Devlon cuspiu. Asterin deu risada.
-Vocês, machos illyrianos, são tão previsíveis. - ela suspirou. -Eu sou sua Grã Senhora, sabia?
-Grande merda.- aquela voz, ah, sim, Asterin conhecia bem aquela voz. Os olhos dela se encontraram com os de Dalibor, toda a raiva presente dentro deles. -Você ainda assim não vale nada. É só uma cadela fraca.
Cadela fraca.
As palavras de Dalibor não podiam significar menos para Asterin, mas deixar que ele a insultasse dava força para que os outros machos fizessem o mesmo.
Então, a mente de Asterin começou a trabalhar. Não era fácil ganhar respeito daqueles machos desgraçados, e ela não tinha tempo para isso, precisava deles. Então...
-Vou propor uma barganha. - ela disse abrindo um sorriso. Por um instante, aqueles machos pareceram parar até mesmo de respirar. Asterin sorriu e cravou os olhos em Devlon, que pela primeira vez a analisou de verdade. -Aqui vai minha oferta, Devlon: escolha três dos seus melhores guerreiros illyrianos, e eu lutarei com eles até a morte. Se eles vencerem, bem, então eu estarei morta e vocês não precisam lutar por nós. Mas se eu ganhar... Vão seguir minhas ordem. Vão se ajoelhar para mim, e não vão me contestar.
-Asterin. - Conan sibilou, mas ela o ignorou, ainda olhando para Devlon.
O caos irrompeu no acampamento no segundo seguinte, machos gritando, machos a xingando, machos rindo dela. Mas os olhos de Asterin estavam fixos apenas em Devlon, esperando por uma resposta dele.
-Ela é fraca!- Dalibor gritou. -Nunca vai vencer, Devlon!
Devlon olhou nos olhos de Asterin e abriu um sorriso maldoso, quase como se já fosse capaz de sentir aquela vitória. O coração de Asterin acelerou por um instante, algo que fez Devlon sorrir ainda mais.
Pois caía no meu jogo, seu imbecil.
-Cinco.- Devlon disse e Asterin arqueou a sobrancelha. -Vai lutar com cinco dos meus melhores guerreiros, ao mesmo tempo. E não vai ter pausa, e muito menos misericórdia. Nenhum deles vai usar os sifões, então você também não vai usar essa sua magia torta. É uma luta até a morte, Grã Senhora, e vai começar agora.
Asterin apenas sorriu para ele.
-Então, temos um acordo?- ela cantarolou. Devlon assentiu.
-Temos um acordo.
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Boa tarde povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Pois é, como eu amo um caos, resolvi foder com a vida da Asterin e tá tudo bem!!!! Enfim, vou tentar acabar logo a fic <3
Espero que estejam gostando! Vejo vocês no próximo capítulo! ~Ana
