(I Don't Believe In) Fate • ACOTAR

Não Estou

Ter que deixar seus amigos era uma merda mas, eventualmente, Asterin e Conan tiveram que voltar para Nilfheim. Ela era uma Rainha e não podia, de maneira alguma, dar as costas a seu povo. Ela não o faria, nem em um milhão de anos.

Conan estava menos tenso quando foram embora, alguns dias depois. O que quer que ele tivesse resolvido fazer de sua vida em relação a Tori e seu recém relacionamento com Feyre, parecia ter dado certo. Asterin preferiu não perguntar até que ele estivesse pronto para explicar. De qualquer forma, ela apenas ficava feliz de ver que seu amigo não estava mais tenso da forma que estivera antes.

Mas havia algo incomodando Asterin o dia inteiro. Porque na tarde do dia anterior, antes de voltar a Nilfheim, Asterin estava com Rhysand e Feyre em uma clareira quando soldados enviados pela Corte Primaveril apareceram para buscar a grã feérica. E entre eles, Lucien Vanserra.

Ele olhou para Asterin, cravando aquele olho avermelhado e o de metal nela por tanto tempo que Asterin soube que aquele macho se lembrava dela, não importava que ele fosse apenas uma criança quando a conheceu. E se ele se lembrava dela, então também sabia do segredo que ela ainda mantinha guardado a sete chaves. Ou sabia parte dele.

Por um momento, ela considerou tirar o ar dos pulmões dele e deixa-lo para morrer antes que pudesse abrir a grande boca e dizer algo, mas o interesse dele não era nela. Era em Feyre, apesar de ele ter lançado olhares intrigados a Asterin que ninguém mais pareceu reparar.

Ah, sim. Ele seria um pé no saco, e Asterin apenas torcia para seu caminho não se cruzar novamente com o da raposa da Corte Primaveril. Ela tinha medo de que atitudes tomaria para escoder seus segredos. Não que ela se orgulhasse daquilo, mas as vezes era necessário tomar atitudes que não concordava completamente para o bem de seu próprio povo. As vezes, até para seu próprio bem.

-Está agindo estranho desde ontem.- Conan disse, torcendo o nariz para ela. -Está ansiosa.

-Não estou.- ela mentiu, mas sabia que não poderia esconder as coisas de Conan.

-Ciúmes de Feyre e Rhys treinando sozinhos?- ele perguntou arqueando a sobrancelha. Asterin torceu o nariz.

-Claro que não. - Asterin quase riu. Se aquele fosse o verdadeiro problema, então as coisas estariam ótimas. -Só... Encontrei uma pessoa que fez eu me lembrar de uma história que não sei se me orgulho muito.

-O que você andou aprontando, Asterin?- Conan disse com divertimento, mas ela apenas encarou suas terras pela janela, assombro em seu rosto.

As vezes a vida te coloca em situações péssimas e te mostra aliados improváveis. Asterin apenas passou a mão pelo rosto, afastando aqueles pensamentos.

Ela não tinha o porquê se preocupar com Lucien. Ela duvidava muito que o macho colocaria os pés novamente na Corte Noturna, e ele era esperto o suficiente de guardar para si cada informação que tinha sobre Asterin apenas para usar contra ela futuramente. Lucien era alguém que Asterin sabia de quem deveria manter cuidado. E ficar de olho.

-Não se preocupe, tudo pode estar meio merda, mas tenho bastante certeza que vamos dar um jeito. - Conan disse dando um tapinha no ombro dela.

Era difícil acreditar naquilo. Se tivessem uma guerra contra Hybern, era difícil visualizar sucesso naquilo. Uma guerra era uma merda, e Asterin tinha medo das coisas horríveis que isto resultaria.

Asterin apenas suspirou. Qualquer fosse o jogo que Rhysand estava jogando, ela o apoiaria naquilo. E não porque o amasse, mas porque era o melhor a se fazer. Nunca, nem mesmo em trocentos milhões de anos, Asterin apoiaria Hybern. Não importava em que situação aquilo deixasse seu reino.

E ela tinha que manter as esperanças. Caso contrário, afundaria em uma verdadeira escuridão, e isso... Isso seria a destruição de Asterin, de seus amigos, de seu reino. De sua casa.

-Você está cansada. Deveria descansar, Terin. Consigo ver sua mente fritando ai. - Conan disse com uma risada.

Ela deu um sorriso fraco para ele. Conan, sem sombra de dúvidas, era a pessoa que a conhecia melhor do que ninguém. Séculos de convivência proporcionavam aquilo. Ainda assim, Conan não sabia de tudo. E nem do passado que ameaçava esmagar o coração da illyriana quando parava para pensar a respeito.

-E você está bem? - ela perguntou e Conan riu, se virando para olhar a cidade.

A luz do sol batia no rosto bonito de Conan, o cabelo escuro do serafim brilhando. Os olhos azuis dele pareciam genuinamente alegres, algo que Asterin não via há muito, muito tempo. Talvez jamais tivesse visto, não de verdade. Não quando tudo o que Conan conseguia pensar, durante séculos, havia sido no como a garota mortal tinha o partido.

Mas a illyriana imaginava o quão difícil deveria ser. Ela nunca sofrerá esse tipo de traição antes, mas apenas de ver as marcas que isso havia deixado em Conan, era o suficiente para fazê-la estremecer.

-Eu realmente gosto da Feyre.- ele disse e Asterin sorriu para Conan. Era bom ver o amigo daquela forma, feliz, genuinamente feliz. -E a Tori... Pela Mãe, ela é uma maldita irritante, mas acho que também gosto dela.

Asterin franziu o cenho para ele e Conan riu, balançando a cabeça e se virando para olhar nos olhos de Asterin.

-Eu não faço a menor ideia do que fazer da minha vida, mas eu estou bem, Asterin.- ele disse e ela sorriu para ele. Isso ela podia ver com clareza. Conan segurou a mão dela na sua com força. -Não importa o que vai acontecer amanhã, Aste, vamos dar um jeito de concertar as coisas. E vai ficar tudo bem.

E ela queria muito, muito acreditar nas palavras dele.

Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

É, pois é, não sei o que dizer nas notas KKKK é isso risos, se eu começar a falar vou falar demais rs

Tem muitos segredos dos 5 séculos da Asterin fora risos

Espero que estejam gostando!
Vejovocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 15/06/21