Sem Misericórdia, Lembra?

603 100 63
                                    

Conan parecia à beira de um ataque enquanto Asterin, lentamente, se preparava para aquela batalha, enfaixando suas mãos com precisão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Conan parecia à beira de um ataque enquanto Asterin, lentamente, se preparava para aquela batalha, enfaixando suas mãos com precisão. Conan enfiou as mãos nos cabelos escuros, os puxando com força e chutando a primeira coisa que viu na frente. Asterin revirou os olhos com intensidade. Talvez ela devesse dar um surra nele também, para aquecer, já que Conan parecia doido para apanhar como os outros cinco machos illyrianos olhando para Asterin com sorrisos maliciosos, entre eles Dalibor, Hawise e Marley. Mesmo depois de tanto séculos, ali estavam eles, vivos e sedentos para acabarem de vez com Asterin.

Quando fechava os olhos, ela ainda sentia a dor de cada soco, cada chute, cada corte. Toda a dor que eles causaram a Asterin, e ela provaria que nada daquilo a tinha quebrado, mas sim, a feito mais forte. Bem, bem mais forte. 

Naquele dia, ela colocaria, para sempre, um ponto final naquela história manchada de sangue e dor. Por tudo o que tinham feito com ela, por cada humilhação gerada, Asterin destruiria aqueles três. E nem mesmo a própria Mãe seria capaz de parar aquela Rainha no instante em que sua espada cortasse o vento na direção deles. 

-Caralho, Asterin! Caralho! - Conan estava sibilando com irritação, andando de um lado para o outro, fedendo a ansiedade e fazendo Asterin torcer o nariz. -Isso foi tão burro e egoísta! Não pensa na sua família, na porra do seu povo?

Asterin se irritou dessa vez. Agarrou Conan pelas roupas, o puxando com força, o rosto ficando tão próximo do dele que ela era capaz de sentir a respiração entre cortada do serafim contra seu rosto. Os olhos de Asterin faiscavam de uma fúria gélida que nem mesmo Conan era capaz de entender completamente de onde vinha e o que resultaria, mas Asterin sabia; sabia muito, muito bem. 

-É justamente por pensar no meu povo, Conan, que estou fazendo isso. - ela rosnou, os olhos cravados nos dele. -E você não tem o menor direito de me julgar por fazer o que eu acho melhor. Como meu amigo e braço direito e alma gêmea, deveria me apoiar, não ficar contra mim. 

-Não estou contra você!- ele rosnou com irritação. -Mas é justamente por eu te amar que essa merda não me agrada em nada. É uma batalha até a morte! Como pode ser tão estúpida ao ponto de concordar com isso, Asterin?

-Precisamos deles.- ela disse, simplesmente, largando Conan. -E eu não tenho tempo para gastar com tentativas falhas de os persuadir. Isso, pelo menos, eu sei que funciona. Eles apenas respondem a violência. Então, use violência. 

-Asterin, você realmente acha que...- Conan começou, mas se calou assim que os olhos de Asterin se fixaram nos olhos dele com ainda mais intensidade. Conan estremeceu ao ver o que tinha ali dentro: um fogo que destruiria tudo o que tocasse, que seria capaz de dizimar toda aquela Corte se Asterin assim desejasse. -Tome cuidado, Asterin. 

Mas ela não precisava que Conan dissesse isso para ela. Asterin era um illyriana; ela sabia como lutavam, sabia quais táticas usavam, mas muito mais que isso: ela conhecia Dalibor, e conhecia Marley, e conhecia Hawise. E sabia exatamente o como eles lutavam. 

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora