Preciso Fazer Algo

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A cabeça de Asterin latejava depois de toda aquela confusão com as rainhas mortais

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A cabeça de Asterin latejava depois de toda aquela confusão com as rainhas mortais. Ela queria ter esmurrado a cara da velha, mas pelo menos no final tinham conseguido o Livro maldito. O que Rhys, Feyre e Amren pretendiam fazer com aquilo não importava para Asterin, contanto que dessem um jeito naquela história toda. O mais rápido possível, de preferência.

Asterin tinha mais uma preocupação rodando sua mente desde que tivera a conversa com sua tia, algo que ela sequer tinha reparado ou parado para pensar antes.

Faziam longos cinquenta anos que ela não conversava ou via o maldito macho da outonal de quem era amiga, e ela tinha suposto que a falta de resposta dele tinha sido graças a uma discussão acirrada que ambos tiveram. Ela não tinha parado para considerar que ele talvez... Talvez tivesse sofrido nas garras de Amarantha também.

No fundo, ela rezava para que não. Rezava para que ele apenas estivesse com tanta raiva de Asterin que a tivesse evitado por aqueles anos todos. Se ela fosse ser bem honesta, já sequer se lembrava do motivo para terem brigado.

Ela tinha passado aquela tarde tentando visualizar possíveis cenários de guerra e como tomar boas atitudes se isso chegasse a ocorrer. Mas sua mente sempre acaba indo parar em outro lugar, o que fazia com que os planos de Asterin não saíssem lá muito bons. No fim das contas, ela apenas empurrou os mapas e papéis e bufou de raiva.

Asterin queria ir até a Corte Outonal, mas era arriscado ir até lá. Principalmente quando aquele lugar trazia péssimas lembranças a ela, dos doze meses em que fora mantida como prisioneira nas garras de um imbecil. Ela estremeceu lembrando daquilo e levou a mão ao estômago, acima da maior cicatriz em seu corpo.

Rhys tinha perguntado sobre ela após observar por um longo tempo, mas Asterin não fora capaz de contar aquela história, ainda não. O desconforto dela com aquela pergunta havia sido tanto e tão óbvio que Rhysand mudou de assunto imediatamente. Ela tinha ficado grata por ele não insistir em saber, não perguntar demais. Asterin não sabia se conseguiria dizer tudo a ele, reviver de novo e de novo aqueles dias.

O pior não tinha sido a lâmina que a atravessara. Aquilo havia sido uma dádiva, porque ela finalmente teria a chance de morrer e ser livre. Era aquele pensamento que rondava sua mente enquanto ela sangrava na grama. Mas o macho não a queria morta, a queria em suas garras para toda a eternidade. E ela podia lutar contra aquilo, gritar, xingar, morder, cuspir, nada funcionava. Ele tinha métodos de mante-la sobre controle.

Foram os meses mais infernais da vida de Asterin, e ela havia até desejado estar nas mãos de Dalibor á aquilo. Lembrar de tudo o que tinha passado apenas fazia ela estremecer e sua garganta secar. Então, novamente, ela enfiou aquelas malditas memórias no fundo de sua mente. E tentou apaga-las, como havia feito com muita coisa.

Ela agradeceu pelas batidas na porta da sala de guerra e apenas ergueu a cabeça, vendo Alibia entrar acompanhada de Travis.

Asterin franziu o cenho quando os dois suspiraram e se sentaram diante da mesa redonda, observando os mapas que minutos atrás Asterin observava sem enxerga-los de fato.

-O que aconteceu?- ela perguntou, se sentindo ansiosa de repente. Travis fez um biquinho.

-Alibia acabou com o vinho que trouxemos de Velaris.- ele disse e Alibia suspirou.

-Foi sem querer.- ela murmurou. Asterin revirou os olhos e passou as mãos pelo cabelo escuro.

-Sério que vocês vieram aqui pra me dizer isso?- ela disse irritada. Alibia deu uma risada.

-Viemos pedir permissão para ir até a Corte Noturna.- ela esclareceu e Asterin franziu o cenho. -Mor me chamou para sair. E Travis conheceu uma garota e está dando cantadas nela.

-O nome dela é Adry e ela realmente é uma jóia rara.- Travis disse com um sorriso. Asterin apenas balançou a cabeça, segurando a risada.

-Claro que podem ir, pela Mãe. Apenas tomem cuidado. Apesar de Velaris ser segura e eu confiar nos meus amigos, não abaixem a guarda. - ela disse e eles assentiram para ela.

-Sim, senhora.- Alibia disse sorrindo. -Tem certeza que não quer vir junto? Rhysand ia ficar bem feliz.

-Ah, eu sei.- Asterin disse, rindo. Mas seu sorriso sumiu tão rápido quanto veio. -Mas preciso fazer algo e não posso adiar mais.

-Tem haver com o motivo para você estar tão aérea ultimamente?- perguntou Travis, delicadamente. Asterin suspirou e assentiu.

-E se tudo der certo, vou resolver de uma vez por todas essa história e tirar o peso do meu coração.- ela resmungou, se para eles ou para si mesma, Asterin não sabia.

-Tome cuidado com seja lá o que for fazer, Terin. - Travis disse, sem fazer questão de esconder a preocupação com sua Rainha na voz. Ela sorriu e segurou com carinho a mão dele.

-Eu vou tomar, fique tranquilo.

Quando Travis e Alibia saíram rumo a Corte Noturna, Asterin respirou fundo, pegando suas armas. Ela sentiu o vento se agitar ao seu redor e resmungou.

-Nem mesmo comece a cantar em alegria.- ela alertou. -Já sei que você ama ele.

Era quase como se o vento tivesse rindo enquanto beijava suavemente o rosto da illyriana. E então, ele a envolveu por completo, a levando para o lugar que ela queria.

Os pés de Asterin tocaram as folhas da floresta da Corte Outonal e ela torceu o nariz, caminhando de forma silenciosa até a caverna que não visitava há bons cinquenta anos. Tudo o que ela menos precisava, era Beron descobrindo que a Rainha de Nilfheim estava em suas terras.

Ela esperou por alguns minutos, a mão pousada casualmente na faca presa em seu cinto. Se ele não aparecesse, bem, então ela saberia que ainda estava irritado com ela. Talvez fosse melhor assim, de qualquer forma.

Ele saberia que Asterin estava ali, afinal, sempre sabia. A illyriana se mexeu, inquieta. Estava demorando demais. Talvez o mais sensato fosse ir embora.

Mas ela ouviu a leve risada e escutou os passos inconfundíveis dele enquanto se aproximava da entrada da caverna. Quando ele apareceu, os olhos avermelhados brilhavam de divertimento e o cabelo ruivo estava bagunçado, diferente das vestes que estavam em perfeito estado.

-Oi, morceguinha. Estava me perguntando quando você ia aparecer.- ele disse com um sorriso divertido. Asterin apenas sorriu para ele.

-Oi, Eris.

Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

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Boa tarde meu povo! Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Muitos já sabiam que era o Eris, a questão é, como a Asterin se aproximou dele sabendo o que ele tinha feito com a Mor? HMMMM só deixo ai no ar

E quem me conhece sabe a paixão que tenho por esse babaca, então óbvio que ia ter Eris aqui também KKK

Espero que estejam gostando!
~Ana

Data: 17/06/21

(I Don't Believe In) Fate • ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora